Fui ensinada a pensar no futuro, a planear e prever aquilo que poderia acontecer. Durante algum tempo isso pareceu resultar, mas depressa os resultados desses comportamentos surgiram e a ansiedade aumentava cada vez mais.
Comecei então a estabelecer objetivos, permitindo (mais ou menos) que a vida me fosse guiando até àquilo que eu buscava, tentando aproveitar o percurso que me levava ao meu destino. Mas isso também não foi a melhor opção porque a partir do momento em que as coisas aparentemente não me levassem para onde eu queria ir a ansiedade entrava outra vez.
E porque é que a ansiedade entrava?
Mesmo tentando
deixar fluir, mesmo aparentemente permitindo que a vida me levasse para os melhores
lugares possíveis, havia sempre controlo da minha parte. Os objetivos levam a um
apego ao resultado; as metas, as datas e tudo o que limite o que vai acontecer
é tentar controlar.
Aquilo que eu buscava nem sempre era aquilo que eu precisava. A vida, com toda a sua sabedoria, trazia até mim aquilo que eu precisava e eu, com toda a minha ignorância, focava-me apenas naquilo que queria, sem ver o plano maior por detrás de tudo.
Uma vida feliz não é uma constante conquista de objetivos. É o saborear de momentos, o aproveitar oportunidades e o saber que tudo aquilo que vem ter comigo é aquilo que eu preciso.
Aquilo que busco irá vir até mim, se for preciso, no momento certo, da melhor maneira possível.
Pelos muitos conceitos errados acerca da vida e do seu fluxo que eu fui criando ao longo da minha vida, tornei-me uma pessoa ansiosa. Eu estava sempre num estado tal de ansiedade que no momento em que consegui ficar serena, senti-me estranha.
(É muito “interessante” o facto de eu, no passado, considerar normal o estado de ansiedade e não o estado de serenidade.)
Queria controlar a forma como as coisas se desenrolavam, a forma como os outros se comportavam… Tinha medo que as coisas não corressem bem e por isso achava que tinha que estar sempre em cima do acontecimento.
Mas estava a fazer tudo ao contrário. Ao manipular, controlar e tentar prever o que ia acontecer, acabava por complicar e por criar situações que não queria experienciar. E mais; no final, depois de ter aquilo que queria ( e muitas vezes algo ainda melhor), não conseguia apreciar as coisas devido a estar ansiosa.
Estava sempre esmagada pelo medo e pela culpa e quanto mais me deixava levar por isto, pior me sentia.
Se eu tiver como foco estar bem e de isso for a minha prioridade em todos os momentos da minha vida, estarei sempre no lugar certo, na hora certa, a fazer a coisa certa.
Hoje ainda tenho momentos em que sinto ansiosa. Mas sei que isso tem uma solução: confiar.
Confiar em mim, na vida, no mundo e sentir-me bem com aquilo que sou. Se eu fizer isso de certeza que a ansiedade se vai embora e é substituída por serenidade.
A minha ansiedade sempre foi causada pela falta de confiança na vida. Desde que comecei a ver a vida de uma outra maneira que me foi dito que o melhor era deixar que fosse feita a vontade do todo.
Mas eu não queria. Não porque não achasse que fosse o melhor, mas porque a vontade do todo poderia não ser a minha vontade e aí as coisas iriam sair do meu controlo.
É incrível que mesmo vendo que o tentar controlar me levava sempre a mais ansiedade e que me impedia de experienciar a vida na sua essência, eu acabava sempre por impedir que as coisas fluíssem.
Hoje ainda me deparo com momentos em que tento controlar, mas cada vez mais vou perdendo esta tendência. Seria bastante estúpido se não o fizesse, pois manter algo que apenas me prejudica é andar atrás de estar mal.
Basta um pequeno pensamento para alterar todo o estado de espírito. Ainda que eu não consiga definir que tipo de pensamentos aparecem na minha mente, quem decide os que são alimentados sou eu.
Enquanto não consigo alcançar uma mente calma e sossegada, vou dando mais atenção àqueles pensamentos que me transportam para um estado de harmonia com a vida.
Em muitas alturas da minha vida senti-me presa a situações, pessoas e emoções. Para onde quer que eu fosse, havia sempre um elo entre mim e algo tipo de mal estar ou incómodo.
Quando não estava presente essa situação, era quase como se eu forçasse algum tipo de preocupação, para me sentir ocupada.
É complicado viver a vida assim, quando aquilo que me move é o foco no estar mal.
Desde que comecei a escrever as reflexões, tenho estado mais atenta à tendência para não estar presente e para estar lá, no lugar daquilo que me preocupa, que me causa ansiedade.
As coisas não se resolvem por me focar constantemente nelas. É ao entregar, colocando ação na mudança que os nós se desatam, e que magicamente tudo cai no seu lugar.
Hoje fui passear e pensei no quantas coisas eu tenho em cada segundo para viver, e no como eu posso escolher sentir e usufruir de cada momento.
Não sei quanto tempo terei para viver determinada situação, nem como e onde estarei amanhã. E isso não importa.
Importa é como eu escolho viver o hoje, o agora.
Os momentos que eu usufruí até hoje ninguém me os pode tirar e quanto melhor estarei hoje, melhor poderei estar amanhã.
Muitas vezes digo para mim mesma “Entrega e usufrui.” Nada pode ser mais importante do que viver o agora, pois é agora que posso decidir o que fazer com aquilo que me é apresentado.
Devido ao sistema educacional vigente neste momento e a todos os conceitos passados diariamente a jovens de todo o mundo, cada vez mais aumenta o número de ansiosos e deprimidos.
Já fui uma jovem bastante ansiosa. Aos 17 anos sentia-me sem propósito na vida. Buscava preenchimento constante e sentia-me cada vez mais só, mais ansiosa e mais infeliz com a vida que vivia.
Quando me foi apresentada uma nova forma de ver a vida, e quando comecei a expandir a minha consciência, cheguei à conclusão que a solução para os meus problemas esteve sempre bastante perto de mim.
Hoje aos 22 anos a minha postura em relação à vida é bastante diferente do que era no passado. Mas o que é que mudou?
A minha consciência.
A nossa consciência cria a nossa realidade. Uma consciência fechada e limitada impede-nos de ver mais além e também de ver todas as bênçãos que estão bem perto de nós. Mas uma mente aberta e em constante crescimento, guia-nos para uma vida cada vez melhor, mais feliz e de certeza com um maior sentimento de realização.
Aos poucos, com o expandir da minha consciência vejo grandes mudanças acontecerem e vejo como tudo se torna mais simples.
O que antes era um problema, agora é uma oportunidade de crescimento. Vida é isso: crescimento.
Basta abrirmo-nos a isso que tudo começa a fluir e os milagres começam a acontecer.
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