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A ilusão das aparências – 177 de 365

ilusão das aparências

Estou tão habituada a julgar as coisas por aquilo que parecem. Esqueço-me muitas vezes do quão limitada é a minha consciência. Esqueço-me também de confiar e de sair do meu próprio caminho.

Nunca sei o que poderá estar por detrás de um acontecimento e nem interessa. Não sei o que é melhor para mim… Estou constantemente a ser surpreendida pelos “milagres” da vida e pela forma fluída como as coisas acontecem.

Não estará na altura de me libertar da ilusão das aparências?

Tem sido uma prática diária não me deixar levar por aquilo que parece, porque eu sei que isso é apenas uma ilusão da minha mente.

Quanto menos pensar e julgar, melhor será a minha vida, porque em vez de analisar irei usufruir.

Quantos mal-entendidos criei pelo julgamento? Quantas vezes reagi àquilo que parecia em vez de agir consoante aquilo que era necessário?

Sempre que entro em jogos mentais e tento resolver problemas ou criar situações através deles, já me envolvi na teia e tudo aquilo que eu possa fazer já está “infetado” com a dúvida.

O “segredo” para isto é confiar e estar atenta a qualquer tipo de julgamento. Quanto mais cedo o fizer, mais cedo poderei usufruir realmente da vida.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Viver de aparências – 110 de 365

aparências

Desde pequena que via as pessoas a viverem de aparências e máscaras. Fingiam gostar umas das outras e depois criticavam-se; escondiam aquilo que sentiam para não mostrarem fraqueza; viviam na ilusão que tudo estava bem.

Passei muitos momentos de medo, insegurança, dúvida e escondia-os para que não percebessem que eu estava a ser “fraca”. Escondi muitas vezes a minha alegria (ou euforia) para que os outros não estragassem.

Relacionava-me com as pessoas, mas era como se houvesse uma barreira entre mim e o mundo e essa barreira não podia ser atravessada. Essa barreira era tão grande que até me afastava de mim mesma, mergulhando-me numa ilusão.

Não há nada melhor do que deixar cair as máscaras e deixar de fingir. Aliás, para poder sentir realmente a vida tenho que fazer isso mesmo.

Muitas vezes senti que estava a expor-me, por exemplo, ao escrever estas reflexões diárias, onde partilhava aspetos que não gostava em mim. Mas ao fazê-lo deixei de ter algo a esconder. Mostrei quem eu era naquele momento.

Não faz sentido tentar enganar os outros, porque no fundo isso é apenas tentar enganar-me a mim própria.

Se me sinto mal posso mudar esse estado e tenho plena consciência que o caminho para o bem-estar é escolher estar bem, independentemente do que esteja a acontecer.

Fingir sentir algo que não sinto, impede que eu possa sentir aquilo que quero sentir. Tenho que ser verdadeira, honesta para comigo mesma e nesse momento as coisas mudam.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Tim Foster on Unsplash

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