Algo que foi muito presente ao longo deste ano, foi o facto
de que cada dia pode (e deve ser) o melhor dia da minha vida.
Isto é algo que eu tenho vindo a pôr em prática desde o início da minha jornada de mudança e tenho visto os resultados ao longo de todo este tempo. Cada ano é melhor que o anterior, cada dia é mais fantástico que o anterior e sinto-me cada vez melhor com o que a vida me traz.
É fácil “cair na asneira” de pensar que é que o que acontece
que me faz sentir isto ou aquilo, mas na verdade aquilo que eu sinto em relação
ao que acontece é o que dita os resultados.
Todos os dias existem situações a trabalhar, seja uma conta
para pagar, um telefonema a fazer, um compromisso marcado. Dentro dessas situações,
que podem ser ou não planeadas, a postura de aceitação deve estar sempre
presente.
Se isto não acontecer, tornamo-nos vítimas dos
acontecimentos e ainda que o que está a acontecer seja melhor do que aquilo que
queríamos, tudo fica transformado em algo cada vez pior.
É por isso que aceitar o que acontece no dia-a-dia, sabendo que o que acontece tem sempre um propósito, faz com que cada momento flua e que cada dia seja cada vez melhor.
Os planos e o controlo só servem para estragar aquilo que a
vida tem melhor para me dar.
Encontro-me neste momento num lugar maravilhoso na minha
vida. Sinto-me realizada com aquilo que faço e satisfeita com as minhas
decisões.
Se há 8 anos me tivessem dito que estaria nesta posição
provavelmente chamaria louco a quem me dissesse isso, porque nunca poderia
imaginar que isto seria possível.
Mas aqui estou eu hoje, maravilhada com tudo o que me rodeia. E quanto mais maravilhada fico, mais maravilhas tenho para observar e agradecer.
“Um jovem aprendiz empurrou uma pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para se acostumar os olhos à pouca luminosidade do local de estudo. Finalmente, ele localizou um ancião sentado atrás de uma enorme escrivaninha. De forma estranha e apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.
O discípulo aproximou-se com respeito e perguntou, ansioso pela resposta :
“Mestre, qual o sentido da vida? “
O idoso monge permaneceu em silêncio. Apontou para um pedaço de pano, um trapo grosseiro, que estava no chão junto à parede. Depois apontou o seu indicador magro para o alto. Mais do que depressa, o discípulo percebeu que ele apontava para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha. Pegou o pano e subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros.
Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência. O sol inundou o aposento e iluminou com a sua luz estranhos objetos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.
Cheio de alegria, o jovem declarou :
“Entendi Mestre! Devemo-nos livrar de tudo aquilo que não permita a nossa aprendizagem. Buscar retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos ver as coisas com mais nitidez”.
Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera. Vendo o discípulo se afastando, o mestre sorriu levemente e falou para si mesmo:
“Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro vê. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde ele havia caído.”
Pense em como aquilo que você faz todos os dias influencia os outros.
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