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Jogar pelo seguro – Reflexões Diárias

Lembro-me de ser mais pequena e de arriscar sempre. Desafiava-me a participar em atividades em público, arriscava mesmo quando tinha medo.

Mas ao longo dos anos fui perdendo essa postura.

Foi entrando a ansiedade, o medo de cometer algum erro em público, de ser julgada e comecei a fechar-me.

Passei a jogar pelo seguro e a procurar sempre o conhecido.

A vida passava-me ao lado, com todas as oportunidades de usufruir de todas as maravilhas destinadas a mim.

Fui tomando consciência de tudo aquilo que estava a perder. Para o recuperar teria que largar tudo o que era conhecido, abrir mão da zona de conforto e deixar de jogar pelo seguro.

Comecei aos poucos, após alguma resistência, a aproximar-me de todas as barreiras que tinha construído e fui destruindo aquilo que me protegia do desconhecido.

Pensava que me ia sentir indefesa, que todo o “mal” do mundo ia cair sobre mim e que as coisas iam começar a correr mal.

Mas não foi isso que aconteceu.

Pensava que me estava a proteger, mas estava na verdade a trancar-me com o meu pior inimigo: os meus pensamentos.

Toda aquela imagem que eu tinha do mundo era uma ilusão criada por todos os meus medos. O jogar pelo seguro era na verdade fugir daquilo que eu mais queria: viver.

Os melhores momentos na minha vida foram  aqueles em que arrisquei e todo o sofrimento de alguns momentos “arriscados” foi causado pelo facto de pensar em vez de agir, controlar em vez de viver.

Todas as possibilidades estão no mesmo lugar.

Posso escolher o “de sempre” e viver todos os dias o mesmo, sem crescimento, apenas com estagnação, ou então escolher o novo e ter a certeza que irei ter sempre o melhor possível à minha disposição.

É só dar o primeiro passo que a vida encarrega-se do resto.

Obrigado por este dia repleto de vida!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

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O momento de arriscar – Reflexões Diárias

Já falei bastantes vezes do facto de deixar que o medo tomasse conta de mim, o que me impediu, de certa forma, de fazer diversas coisas ao longo dos anos.

Nas últimas semanas, tenho feito um “esforço” para usar a energia do medo para “ultrapassar” aquilo que me amedronta. Não posso dizer que seja fácil, mas é um processo bastante simples. Ao invés de deixar que pensamentos de dúvida e medo tomem conta de mim, decido não lhes dar atenção e procuro confiar na vida.

Hoje disseram-me o seguinte: “És jovem e está na altura de arriscares!”

Isso fez-me pensar naquilo que arriscar realmente significa. Porque muitas vezes se fala que quem não arrisca, não petisca e no fundo arriscar é algo que muito poucos fazem.

Pensando bem, o que é a vida senão um constante arriscar? Arriscar não significa fazer e largar, sem expectativa no resultado? Arriscar não é entregar todo o meu ser a uma tarefa e esperar sem ansiedade pelo que virá?

Isso é na realidade em que se baseia a vida. Um arriscar contínuo a todos os momentos. Ninguém sabe o que vai acontecer. Ninguém sabe durante quanto tempo irá viver. No entanto, projetos são criados. Sonhos são sonhados. Viagens são planeadas.

Claro que podemos sempre sobreviver em vez de viver. Podemos “viver” na ilusão que somos nós que fazemos o mundo girar e que tudo vai sempre acontecer como nós queremos, porque nós sabemos o que é melhor. Mas isso não durará muito tempo.

É verdade que muito poucos arriscam, começando por mim. Nunca fiz nada, pelo menos até à pouco tempo, sem ter a garantia do resultado esperado.

Queria ganhar asas ao saltar do abismo, mas punha uma rede de segurança para me precaver de uma possível queda e  era a própria rede que me impedia de voar.

Obrigado por este dia repleto de oportunidades para arriscar.

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

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