Muitas vezes na minha vida ando à procura de formas de não passar pelas situações. Procuro atalhos, tentando convencer-me que estou à procura de um caminho mais fácil e rápido, quando na verdade estou com a intenção de adiar mais um pouco, de fugir a passar pelos processos.
Há sempre uma
maneira simples de resolver uma situação (a complicação normalmente está na
minha cabeça), mas mais simples não significa que irá condizer com a minha
vontade.
Nem sempre o caminho que parece mais curto é mais rápido. Nem sempre uma “solução” que apenas serve de remedeio me leva a um lugar tão bonito como eu estava a imaginar ou a prever.
Às vezes é preciso remexer naqueles aspetos que quero deixar quietos; é preciso admitir a mim mesma traços que tenho e que não queria assumir; é preciso desmanchar toda a estrutura para se voltar a construir.
Esse processo, que
muitas vezes pode ser demorado e um pouco doloroso, não pode ser feito por
atalhos. Tem que se seguir o caminho e o fluxo da vida e deixar que tudo, a seu
tempo, aconteça da melhor maneira.
Mesmo tendo seguido muitas vezes por atalhos, encontrei-me, mais à frente no caminho, com uma nova oportunidade de trabalhar aquilo que foi evitado e adiado.
Com o tempo os atalhos vão sendo cada vez menos, mas também toda a mudança feita até aqui possibilita uma nova consciência, que permite lidar cada vez melhor com tudo aquilo que acontece.
Todos os dias, enquanto trabalho procuro maneiras mais simples de fazer aquilo que tenho que fazer. Até mesmo nas tarefas da casa, a procura de simplificar os afazeres está presente.
Mas e quando a procura de tornar as coisas mais simples se transforma na procura de atalhos?
Há de facto uma grande diferença entre fácil e simples; e procurar um atalho não é a mesma coisa que procurar uma forma de simplificar uma tarefa.
Atalho é querer fazer uma coisa sem ter que passar pelo processo de fazer algo acontecer; simplificar é encontrar uma forma mais simples de passar por determinado processo.
No fundo, procurar um atalho é não querer fazer o que é preciso.
E em que é que isso se traduz? Na maior parte das vezes, apercebo-me que o atalho levou-me a um beco sem saída e lá vou eu ter que voltar atrás, e recomeçar tudo de novo. E por vezes, a “estupidez” é tanta que tento fazer as coisas por um atalho diferente e adivinhem o que acontece? Tenho que começar de novo!
Voltando à pergunta que me fiz hoje, “porque é que os atalhos não resultam?”, cheguei à conclusão que se estamos a passar por uma determinada experiência, foi porque a escolhemos.
Se a escolhemos a única forma de a resolver é passando por todos os passos que a compõem. Podemos mudar a forma como vemos a experiência, seja ela uma tarefa ou a resolução de uma situação com alguém, mas não podemos “fugir” àquilo que temos que vivenciar.
Se não estamos satisfeitos com a experiência, podemos, de forma a “eliminá-la” da nossa vida, responsabilizarmo-nos a 100%.
A vida não tem atalhos; tem ferramentas para aprendermos a lidar com aquilo que vivenciamos.
Afinal, que piada tem ganharmos o jogo sem percorrermos todos os desafios de cada nível?
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Cookie
Duração
Descrição
test_cookie
15 minutes
doubleclick.net sets this cookie to determine if the user's browser supports cookies.