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Amar não é tentar mudar!

“Se queres mudar o que recebes, tens que mudar o que dás” António Fernandes

Quantas vezes olhamos para alguém e pensamos:” Eu gostava mais desta pessoa se ela se vestisse de outra maneira…”; “Se fizesse isto”, “se fizesse aquilo” , “se deixasse de fumar”,” se pensasse de outra forma…” 

Achamos amar alguém e temos esse raciocínio, sendo que ao mesmo tempo pensamos que o nosso amor vai mudar essa pessoa e fazê-la uma pessoa melhor, isto é, a nossa pessoa ideal?

Isto não é amor.

Amar é aceitar a pessoa incondicionalmente, independentemente do que ela diz, faz…

Quando pensamos em mudar alguma coisa, significa que nós não amamos, mas sim gostamos da ideia do que essa pessoa pode vir a ser.

 O facto de gostarmos de alguém não significa que temos que ter uma relação com essa pessoa, uma vez que uma relação saudável deve ser baseada no amor incondicional e no facto de se ter os mesmos objectivos.

E a primeira relação saudável que devemos ter é connosco mesmos.

Sempre que gostaríamos de mudar algo em nós e pensamos “se eu fosse assim, gostava mais de mim”, não estamos a amarmo-nos incondicionalmente, estamos sim a praticar violência contra nós. Sim, violência.

Quando alguém nos diz que nos odeia, quando alguém nos chama nomes, isso é violência.

Quando pensamos coisas negativas acerca de nós, isso é violência.

Porque amar é sentirmo-nos bem. Independentemente de tudo o resto.

Quem ama, ama. Ponto Final.

Ângela Barnabé

Amar-se

“Se você não se ama nunca poderá amar mais ninguém. Se você não se consegue tratar amorosamente não pode tratar amorosamente aos demais. É psicologicamente impossível.

Qualquer que seja a forma com que se comporta consigo mesmo, assim você se comportará com os outros. Esta é uma ideia básica, aceite-a. Se você se odeia, odiará os outros; e ensinaram-lhe a se odiar. Nunca alguém disse, “Ame-se!” A mesma ideia parece absurda: amar-me? A mesma ideia não tem sentido: amar-me? Sempre pensamos que para amar precisamos de alguém mais. Mas se não o aprende consigo mesmo não poderá praticá-lo com outros.

Disseram-lhe, condicionando-lhe constantemente, que você não tem nenhum valor. De todas as maneiras possíveis lhe disseram, lhe demonstraram, que você é indigno, que não é o que deveria ser, que não é aceite assim como é. Há muitos “você deveria” que pesam sobre a sua cabeça, e esses “deveria” são quase impossíveis de satisfazer. E quando você não pode satisfazê-los, quando você não cumpre esses objetivos, você se sente condenado. Um ódio profundo surge em você.

O primeiro passo é: Aceite-se como você é; solte todos os “deverias”.

Não leve nenhum “deveria” no seu coração! Você não deve ser alguém diferente; não se espera que você faça algo que não é próprio de você. Você só deve ser você mesmo. Relaxe-se e só seja você mesmo. Seja respeitoso com a sua individualidade, e tenha o valor de criar sua própria assinatura. Não continue copiando as assinaturas dos outros.

Quando você não está tentando se converter em alguém mais, então, simplesmente você relaxa; então surge a graça. Então você se preenche de grandeza, esplendor, harmonia… porque então não há conflito! Nenhum lugar aonde ir, nada porque lutar, nada que forçar, que impor sobre você violentamente. Você se torna inocente.

Nessa inocência sentirá compaixão e amor por você. Você se sentirá tão feliz com você mesmo que inclusive se Deus vem e bate na sua porta e diz: “Você gostaria de se converter em alguém diferente?”, você dirá: “Ficou louco? Sou perfeito! Obrigada, mas não mude nada em mim; sou perfeito como sou.”

Se você vai ver uma pintura de Picasso e você diz: “Isto está mal e isso está mal, e esta cor deveria estar desta maneira”, você está negando Picasso. Quando diz: “Eu deveria ser assim”, você está tentando aperfeiçoar Deus. Está dizendo: “Você se enganou; eu deveria ter sido assim, e você me fez assim?” Você está tentando aperfeiçoar Deus. Não é possível. Sua luta é inútil, você está condenado ao fracasso.

E quanto mais você falha, mais odeia. Quanto mais você falha, se sente mais condenado. Quanto mais você falha, mais se sente impotente. E deste ódio, impotência, como pode aparecer a compaixão? A compaixão surge quando você está perfeitamente centrado em seu ser. Você diz: “Sim, assim é como sou”. Não tem ideais que satisfazer. E de imediato a plenitude começa!

As rosas florescem tão maravilhosamente porque não estão tentando se converter em lótus. E os lótus florescem tão maravilhosamente porque não ouviram histórias de outras flores. Tudo na natureza anda tão maravilhosamente em harmonia, porque ninguém está tentando competir com alguém mais, ninguém está tentando se converter em outro. Tudo é como deve ser.

Só compreenda este ponto! Só seja você mesmo e lembre que você não pode ser nada mais, por mais que o tente. Todo esforço é em vão. Só tem que ser você mesmo.

Existem somente dois caminhos. Um é se rejeitando, mas você continuará sendo o mesmo; ou se condenando, mas você continuará sendo o mesmo. O outro é se aceitando, se entregando, gozando, deleitando-se, mas você também continuará sendo o mesmo. A sua atitude pode ser diferente, mas você sempre será a pessoa que é. Mas uma vez que você se aceita, surge a plenitude.

Osho

Adaptado

Fonte: http://ame-se-web.com/osho-e-a-autoestima/

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