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Fechar-me ao mundo -181 de 365

fechar-me ao mundo

Cada vez mais me apercebo do quanto eu me fechei às pessoas e ao mundo. Vejo o quanto eu me fecho dentro de barreiras, que eu própria criei para não sofrer, mas que apenas me fizeram sofrer mais.

Sempre olhei para as pessoas que agiam de forma espontânea com muita admiração. Questionava a facilidade com que algumas pessoas que eu conhecia lidavam com imprevistos.

Parecia um mundo à parte, mundo do qual eu muito dificilmente eu seria um membro.

Comecei a ver que era eu quem me separava dessas pessoas, porque eu preferia ter razão e viver segundo o meu controlo do que me entregar à vida e ser realmente feliz.

Nos momentos em que se “faz luz” ( e esses momentos são cada vez mais) consigo sentir-me a fazer parte deste maravilhoso universo e sou mais uma dessas pessoas que dança com a vida, em vez de lutar contra ela.

Ainda resisto e ainda me tento proteger dentro da minha muralha, mas lá fico eu sozinha, ansiosa e a deixar passar a vida ao lado.

A única coisa que eu devo “temer” sou eu mesma: a minha tendência para querer as coisas à minha maneira, a minha vontade de querer ter razão ainda que isso me leve à destruição; é isso que eu devo temer.

Quanto à vida a única coisa que devo fazer é abraçá-la e agradecer-lhe…

Obrigado!

Ângela Barnabé

Limites e barreiras – 50 de 365

limites

Como é que eu posso ter melhor se não usufruo e agradeço aquilo que tenho?

Como é que eu posso querer chegar a algum lado sem passar pelo percurso?

Como é que eu posso ser realmente livre se continuo a criar barreiras e limites?

A única pessoa que pode impedir o fluxo na minha vida sou eu própria. Fui eu quem criei todos aqueles limites e barreiras. Fui eu quem acreditei que não era capaz.

Mas assim como os criei posso destruí-los e permitir que eu faça parte da vida novamente.

É isso que tenho estado a fazer todos os dias.

Libertar-me das máscaras, dos medos e das inseguranças e rodear-me de gratidão, de certeza e de confiança.

A vida é tão simples quanto eu permita que o seja.

Cada momento é precioso e quanto mais usufruir e valorizar aquilo que tenho, mais irei permitir que melhores coisas fluam e que as coisas fluam de melhor forma.

Não poderia conceber a quantidade de bênçãos que iriam jorrar na minha vida, mas também elas não poderiam acontecer se eu não abrisse espaço para elas acontecerem.

A vida é bela basta aproveitá-la!

Obrigado!

Ângela Barnabé

 

Foto original por Sergei Akulich on Unsplash

O derrubar de barreiras – 10 de 365

Fui ensinada a confiar, desconfiando. A dar de mim, mas não tudo para que, se algo acontecesse, ainda ficasse com algo. Por todo o lado via pessoas a enganarem os outros, pensando poder tirar daí algum benefício.

Eu era aquela pessoa que punha sempre barreiras quando conhecia novas pessoas e mantinha uma postura de desconfiança em relação aos outros, com medo de ser prejudicada. Até mesmo com as pessoas próximas de mim havia um fosso, pois nunca ninguém podia saber quem eu realmente era.

Partilhar aquilo que realmente sentia era expor-me e colocar as minhas fraquezas à mercê de todos. Por isso quanto mais “fechada” eu fosse, melhor me podia proteger do mundo.

Acreditei que um dia alguém viria ter comigo e ia derrubar todas aquelas barreiras. A tão esperada alma gémea ia ser tudo aquilo que eu sempre sonhei e aí eu poderia sentir-me a pertencer ao mundo e não isolada dele.

Cada vez me sentia mais separada do mundo. Nada era genuíno, nem a alegria, nem a tristeza, nem o sorriso, nem as lágrimas; tudo era uma encenação, pois nada podia entrar ou sair daquela espessa bolha que me protegia do mundo.

Até que um dia se tornou urgente “despejar” aquilo que sentia. Ou me libertava do que sentia ou ia rebentar de uma vez e tudo aquilo ia provocar um estrago ainda maior.

Comecei a escrever estas reflexões diárias como meio de libertação de medos e limitações e também com o intuito de derrubar barreiras. Portas bem pesadas que só podiam ser abertas por dentro e nem mesmo a “alma gémea” ia ter acesso à pessoa que eu realmente era.

Hoje sinto-me cada vez melhor comigo mesma e à medida que derrubo barreiras sinto-me mais una com aquilo que me rodeia. Ainda sinto alguma dificuldade em lidar com algumas situações, com pessoas novas e às vezes com pessoas conhecidas, mas sei de certeza que da mesma maneira que construí esta separação do mundo, posso voltar a viver sem prisões.

“Viver é seguro” digo eu a mim mesma, cada vez mais confiante no fluxo e processo da vida!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Rob Morton on Unsplash

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