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A vida é demasiado curta – 49 de 365

a vida é demasiado curta

Hoje refleti na efemeridade da vida. Não há forma de prever quanto durará a minha vida, durante quanto tempo uma situação se prolongará ou qual será o resultado de uma ação.

No meio de tantas bênçãos, de tantos motivos para me sentir cada vez melhor cada segundo é uma oportunidade para usufruir da vida e do que ela me traz.

Se eu alterasse sequer um pequeno acontecimento que ocorreu nos meus 22 anos de vida, não seria quem sou hoje e nem podia afirmar que aceito e respeito o fluxo e processo da vida.

O tempo que eu passo fazendo suposições sobre o que seria melhor e a pré-ocupar-me com a forma como as coisas poderão acontecer, podia ser investido e usufruir de todos os momentos que tenho oportunidade de experienciar.

Se não praticar a valorização, a gratidão e o viver o momento presente, do que é que me serve ter objetivos?

Já me aconteceu ter o que sempre quis nas minhas mãos e simplesmente não conseguir absorver a magnitude disso mesmo. Há que celebrar o alcançar de objetivos e todo o percurso que me leva até lá.

A vida é demasiado curta para perder tempo ansiosa, pré-ocupada ou em negação. Já vivi muito tempo assim, e apesar de saber que isso faz parte do percurso que me trouxe até onde estou hoje, interrogo-me como é que eu poderia gastar tanto tempo me sentindo mal e também porque é que ainda transporto esse estado de espírito comigo.

Aquilo que é encarado como um obstáculo, pode ser usado como um trampolim. Aquilo que considerei um pesadelo transformou-se numa bênção.

A vida é demasiado curta para não usufruir de cada momento, de cada inspiração, de cada bênção que vem até mim…

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Ales Krivec on Unsplash

Todas as possibilidades estão no mesmo lugar – 16 de 365

Tenho pensado naquilo que neguei no passado. Nas coisas que resisti e nos momentos em que me deixei cegar por ideias pré-concebidas em relação aos outros, à vida e em relação a mim.

Tive muitos momentos em que me senti sozinha, abandonada, sem esperança no futuro. Mas será que isso correspondia à realidade? Será que naqueles momentos eu estava realmente sozinha, ou apenas me recusava a abrir os meus olhos para aquilo que estava disponível para mim?

Pergunto-me tudo isto ao observar a realidade que vivo hoje. Nos poucos momentos em que resisto à vida, sinto novamente toda aquela onda de “negativismo” a inundar-me. Mas, se mudar a minha postura, tudo aquilo desaparece, e só consigo observar beleza.

Afinal quem é que impede que tudo flua? Toda aquela ideia que a vida não é boa para mim não é verdadeira, porque mesmo nos momentos em que neguei o processo das coisas, nos momentos em que resisti firmemente à mudança, ainda assim fui encaminhada para o melhor possível.

Sou realmente abençoada, mas no fundo sempre fui. Tive sempre aquilo que precisei, as ferramentas que conseguia conceber e as pessoas certas apareceram sempre no momento certo.

Todo o sofrimento não foi causado por aquilo que acontecia, mas sim pela minha postura e por aquilo que eu escolhia perante as situações com que me deparava.

Tudo é um treino, uma aprendizagem e uma oportunidade de crescer e de ser uma pessoa melhor.

Se vejo oportunidades de melhoria em todo o meu percurso de vida? Vejo sim, mas isso não significa que eu cometi erros. Apenas fiz o melhor que sabia num dado momento, consoante a minha consciência da altura.

Cada vez mais sinto-me “crescer” e isso apenas acontece porque me permiti melhorar e me abri ao fluxo e ao processo da vida!

Obrigado por este dia repleto de bênçãos!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Oscar Nord on Unsplash

Coisas que aprendi nos 20 anos da minha vida #4 – As minhas limitações são as minhas bênçãos

limitações

Desde que criei as “As Aventuras de uma Míope” com o intuito de partilhar a minha experiência de melhoria de visão, pensei muitas vezes se devia estar a publicar coisas tão pessoais e principalmente coisas que considerava fraquezas e limitações.

Sempre me foi dito que não me devia expor, que devia apenas mostrar aquilo que queria que fosse visto e nada mais. Os meus medos, inseguranças, os meus pensamentos e os meus momentos “menos bons” deviam ser guardados e só partilhados com alguém íntimo.

Mas comecei a ver que não podia ser íntima com ninguém. Partilhava a casa com outras pessoas que eu considerava próximas, mas mesmo assim filtrava aquilo que partilhava com elas, comportava-me da mesma maneira que com as pessoas que não me eram próximas.

Então decidi começar a partilhar um pouco mais de mim com os que me rodeiam e mais tarde com todos os que queriam ler os meus artigos.

Foi uma decisão muito importante e com ela aprendi que:

A melhor coisa que eu posso partilhar com o mundo é a minha experiência. Eu sei muitas coisas, tenho muito conhecimento e praticamente todas as pessoas com as quais eu me relaciono e que estão dentro do projecto sabem aquilo que eu sei. Mas a minha experiência ninguém tem. Podemos partilhar os mesmos problemas, mas a forma como eu me sinto, penso e faço relativamente a uma determinada experiência é sempre diferente. Quando eu partilho a minha experiência com o mundo eu estou a dar uma parte de mim.

Admitir as nossas fraquezas e rirmo-nos delas é muito importante. Durante muito tempo criei a imagem de menina perfeita, de alguém que nunca erra. E isso era tão doloroso. Eu tenho os meus momentos menos felizes. Quero as coisas à minha maneira. Por vezes comporto-me como uma criança imatura. É tão libertador deixar cair as máscaras, deixar-me de fingimentos e ser quem eu sou.

Se há traços em mim que quero melhorar? Claro, melhorar a cada dia que passa é um dos meus objectivos. Mas penso que a melhor forma de melhorar é aceitar aquilo que eu sou. Agradecer todas as partes de mim que não gosto é a melhor forma de passar a amá-las.

As minhas limitações são as minhas bênçãos: já escrevi um pouco sobre esse tema, focando especialmente a miopia. No fundo aquilo que eu achava melhor em mim só me trouxe deceções e ilusões; o que eu achava pior em mim trouxe-me crescimento e principalmente realização.

Não estamos aqui para ser perfeitos. Todos temos as nossas limitações, os nossos medos.

Em vez de investir energia a esconder as minhas limitações, escolho cada vez mais utilizá-la na realização dos meus sonhos.

Ângela Barnabé

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