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Mergulhar no caos – 7 de 365

Durante muito tempo acreditei que a vida era um caos. Tudo acontecia por acaso, uns tinham sorte e outros azar e por isso se tivesse uma má vida, tinha que “aceitar” esse meu destino e contentar-me com o que havia.

Quando me comecei a responsabilizar pela minha vida, comecei a ver que as coisas não eram bem assim, e que se algo estava a acontecer, tinha sido eu criadora dessa situação.

Apesar de saber, neste momento, que o caos que eu anteriormente via era na verdade a ignorância sobre o processo da vida e uma forma de justificar os resultados insatisfatórios que tinha, por vezes ainda é necessário mergulhar no caos.

Tudo acontece por um motivo. Não é necessário procurar qual a causa de determinado efeito, mas quando estou rodeada pelo caos, quando tudo aquilo que tentei evitar durante muito tempo vem ter comigo, aí a tendência para perceber é grande.

Mas nesses momentos é preciso fechar os olhos e entrar no caos. Deixar de resistir a tudo, ir de encontro àquilo que tentei evitar, deixar que venham à tona os medos e as inseguranças e aceitar que aquilo que está a acontecer é o melhor.

Passei muito tempo a ver a vida de uma forma negativa e depois, mais tarde, decidi ver a vida com uma consciência mais expandida. Isso “obrigou-me” a abrir a porta do armário onde acumulei tudo aquilo que queria afastar da minha vida.

Deixei cair máscaras que criei durante muito tempo, assumi o meu vitimismo e, ao contrário do que eu pensava, fui envolvida por uma onda de paz e serenidade.

Toda a ansiedade causada pela possibilidade de ter que lidar com determinadas experiências desapareceu no momento em que baixei os braços.

Ainda existem momentos em que me sinto no meio do caos. Mas depois lembro-me que todo esse turbilhão de pensamentos é criado por mim e então baixo os braços, respiro fundo e deixo a vida fazer o seu perfeito trabalho!

Obrigado por este maravilhoso dia!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

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