by Ângela Barnabé | Out 5, 2017 | As Aventuras de uma Míope
15º Artigo da série “As Aventuras de uma Míope“
Olá! Já passou algum tempo desde que escrevi sobre a minha melhoria de visão. Não porque não tenho trabalhado nela, mas sim, por querer deixar as coisas fluírem de uma forma diferente.
Mas hoje, após ver uma fotografia minha, tirada em 2011, e de me ver a usar os meus óculos, lembrei-me que eu sou míope.
Começar a escrever as Aventuras de uma Míope foi um grande passo na melhoria de visão e na recuperação da clareza, e abriu as portas para outra forma de ver a vida.
Nas reflexões diárias que tenho escrito, respondi a uma pergunta que me tenho feito ultimamente e que é a resposta, tanto para o problema da miopia, como para qualquer “problema” na minha vida.
Essa resposta é CONFIAR. Não posso deixar de frisar o quão importante e vital é confiar na vida.
Tomei consciência ao longo destes meses que a única forma de expandir o campo de visão é expandir a consciência.
E expandir a consciência é abrir-me à vida, confiar nela e permitir que tudo aquilo que eu preciso trabalhar venha até mim. Sem medo, sem controlo e sem dúvida. Com confiança, segurança e entrega.
Não posso de todo afirmar que já domino o que disse acima; mas posso afirmar que quanto mais confio, mais a minha consciência se expande e melhor é a minha visão do mundo e de mim mesma.
Apesar da miopia ter um componente físico, que é a rigidez dos músculos oculares, não nos podemos esquecer que a miopia tem uma causa “mental” e que ainda que os sintomas da miopia sejam bastante reais, tudo não passa de uma ilusão causada pela nossa visão do mundo.
É uma questão de escolha: ver o mundo de uma forma distorcida ou expandir o campo de visão e passar a ver a vida em HD.
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Mai 13, 2017 | As Aventuras de uma Míope
12º Artigo da série “As Aventuras de uma Míope“
Quando conheci o António, ele dizia-me frequentemente que todas as doenças tinham recuperação. Lembro-me algumas vezes das conversas que tínhamos e principalmente da minha resistência a novos conceitos e a uma forma diferente de ver a vida. Acho que só tivemos uma conversa “séria” acerca da miopia, quando eu própria admiti esta minha limitação.
Não é que eu não estive ciente da minha falta de visão; bastava tentar ver algo ao longe que via bem o problema. A questão estava no facto de eu não admitir que eu era responsável pelo meu problema de visão.
Comecei a ler o livro “Melhore a sua Visão”, achei muito interessante, mas depressa desisti de aprofundar o assunto.
Posso dizer-vos que me “agarrei” ao processo de melhoria de visão, não porque estava decidida a mudar, mas porque necessitava de ver bem sem óculos para realizar as tarefas do dia-a-dia, tais como conduzir, orientar-me numa multidão estando sozinha, orientar-me no supermercado, etc… O tomar consciência do papel que eu desempenho na minha falta de clareza veio um pouco mais tarde.
Fazer exercícios oculares, relaxamentos, etc, ajudou-me muito, mas a visão turva começou a clarear quando comecei a ligar a forma como via a vida e a forma como a minha visão melhorava ou piorava. Por exemplo, ao acordar a minha visão estava mais clara do que quando me ia deitar, à noite.
À medida que avanço no programa de melhoria de visão conheço-me melhor e de certa forma compreendo melhor os meus processos mentais. Enquanto puder remediar, enquanto avistar um atalho, nunca vou realmente à raiz do problema.
A miopia não é uma doença fatal e uns simples óculos resolvem o problema, não é? Uns relaxamentos oculares melhoram a visão, não é?
Mas e a verdadeira causa da miopia? E todos os conceitos que causaram a miopia e que me impedem de viver a vida ao máximo?
Se uma área da minha vida não flui, não estou bem. A miopia não é diferente da diabetes, do cancro, nem de uma adição. É uma “doença” e só depois de a ver como tal fui capaz de decidir que queria resolver o problema. Se calhar essa decisão ainda não foi tomada, pois ainda não vejo claramente, mas com todo este processo também aprendi que apenas vemos aquilo que conseguimos conceber e a partir do momento que tomamos ação os véus começam a cair e a visão a clarear.
Ângela Barnabé