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O mundo nas minhas mãos – Reflexões Diárias

Lembro-me de em pequena sonhar com um mundo onde eu era confiante e segura. Um mundo em que eu, aos 18 anos, me iria sentir adulta e que já teria “conquistado” o mundo com as minhas ideias, com os meus sonhos e objetivos.

Os anos foram passando, e ao contrário do que eu pensava, não me estava a tornar naquilo que realmente sonhei. Aliás, estava a afastar-me muito daquilo que queria ser.

Passava-se alguma coisa, eu sentia, mas se calhar os 18 anos iam trazer-me a segurança que eu queria. Mas chegaram os 18 e aquela magia do “Bem-vinda ao mundo dos adultos” não me fez sentir uma adulta.

Nada me fazia sentir aquilo que eu achava vir a sentir quando crescesse. Por muito que eu lesse, pensasse e me esforçasse para sentir a “responsabilidade”, esta parecia desvanecer-se das minhas mãos.

Aprendi a conduzir um carro, mas ninguém me disse que também tinha que aprender a conduzir a vida. Pelo menos até há uns anos atrás.

Conduzir não no sentido de controlo, é claro. Mas no sentido de agarrar o volante e de forma consciente deixar-me guiar pelas estradas da vida.

Aquela sensação que eu tanto buscava não tinha a ver com estudos, relacionamentos, trabalho ou com a idade. Tinha a ver com o assumir o comando da minha vida.

Deixava-me influenciar pelos outros, comprava as ideias que eles me vendiam, porque eu própria não criava as minhas próprias ideias.

Sentava-me no banco do pendura e deixava-me levar, apercebendo-me mais tarde que estava a ser levada por caminhos que não queria percorrer.

Ninguém abriu a porta do carro e me obrigou a desistir do volante. Fui eu que, esperando sentada que a vida me levasse para onde eu queria ir, permiti que fosse levada para onde não queria estar.

E sabem porquê? Porque eu não sabia onde queria ir. Nem onde estava. Nem quem eu era. Esperava que uns pós de magia caíssem sobre mim e que eu subitamente ficasse com a minha vida orientada.

Esqueci-me no entanto que o meu mundo estava nas minhas mãos e que só precisava de permitir que ele rodasse e concretizasse os meus sonhos e que eu saísse do meu próprio caminho para poder voar.

Obrigado por este dia repleto de alegria.

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Assumir o comando? – Reflexões Diárias

comando

Quanto mais você racionaliza, menos você cria.

Raymond Chandler

Hoje, decidi fazer algumas coisas que tinha medo de fazer. E sabem que mais? Sinto-me muito mais realizada e satisfeita do que estaria se as tivesse evitado fazer.

Tomei consciência que ao evitar fazer coisas porque tenho medo, abdico do comando da minha vida.

Quando fujo a tarefas de mais responsabilidade, com medo de falhar (sendo que falhar não existe), boicoto o meu próprio crescimento.

O mundo não está a olhar para mim à espera que eu falhe.

Só posso saber fazer se fizer.

Aquela minha tentativa de resolver os meus problemas pensando neles, não resulta.

Se o problema é ter medo de fazer algo; tenho que o fazer para me libertar do medo…

Talvez a solução definitiva seria confiar a 100% na vida. Isso pode acontecer daqui a 20 anos, amanhã, ou mesmo enquanto escrevo este texto. Mas enquanto isso não acontece, vou treinando…

Todos os dias trabalho para ser uma pessoa melhor, construindo um mundo melhor.

Enquanto os momentos de iluminação não acontecem vou trilhando o caminho; pois a vida é uma viagem e eu crio o meu próprio rumo.

Ângela Barnabé

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