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Libertar-me do controlo – Diários de Mudança

Sinto que uma das coisas que mais me separa da vida é o controlo. Seja a nível profissional, pessoal, emocional; as minhas tentativas para que as coisas corram dentro daquilo que eu considero correto apenas impedem que tudo flua de uma forma perfeita.

Portanto tenho colocado como intenção urgente e prioritária não me deixar levar pelas tendências para controlar. É um dos trabalhos que eu considero mais difíceis até hoje a nível emocional, porque ele está sempre lá à espreita.

Seja na organização do meu dia, na criação de conteúdo, na forma como lido com as pessoas; existe sempre um impulso para deixar uma impressão, para moldar um pouco o que está a acontecer para que tudo seja mais confortável para mim.

Se as coisas não acontecem como espero, ou me apanho e uso truques para não me deixar levar pela resistência, ou então resisto e entro num ciclo de vitimização e de culpa. Se as coisas acontecem como quero fico sempre com a sensação que mexi onde não devia, ou seja, que interferi na ordem natural das coisas.

Resumindo, o melhor mesmo é libertar-me do controlo, usando truques como afirmar “Se isto está a acontecer é o melhor para mim”, ou então sair do meu próprio caminho e não me permitir tentar planear nem esquematizar.

Vou continuar neste percurso de libertação e vou partilhando aqui no blog como é que as coisas vão correndo.

Gostariam que eu deixasse mais ferramentas que uso para me ajudar neste processo? Também sentem que o controlo vos impede de viver plenamente?

Obrigado!

Ângela Barnabé

As coisas acontecem de forma inesperada – 87 de 365

inesperada

Quanto mais me foco numa limitação, mais difícil torno o processo de mudança. É importante reconhecer e expandir a minha consciência para aspetos que precisam ser mudados, mas na verdade o que faz o milagre acontecer é o largar.

As coisas acontecem de uma forma inesperada e sempre que eu largo e deixo fluir, as oportunidades para mudar e crescer aparecem.

Coisas que parecem “bichos-de-sete-cabeças” tornam-se em cachorros carinhosos num estalar de dedos. Basta muitas vezes sair do meu próprio caminho e desligar o “complicómetro”.

Se eu me focar em evoluir tudo o que acontece é uma oportunidade para isso mesmo e terei ao meu dispor todas as ferramentas para que isso aconteça.

Tudo é tão perfeito e só me dou conta disso quando deixo de controlar e passo a usufruir; quando me foco na gratidão e permito que tudo se desenrole da melhor forma possível.

Tenho visto um grande crescimento da minha parte e uma grande melhoria na minha visão. Não só na visão física, mas principalmente na forma como me vejo, como vejo o mundo e a vida.

Estou muito grata por me permitir viver uma vida cada vez mais satisfatória e sei que tudo depende de mim.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Sentir a vida – 83 de 365

sentir a vida

Uma vez li uma frase que dizia “A vida começa fora da zona de conforto”. Essa frase fez-me pensar na minha conduta e no quanto eu dependia da zona que eu conhecia para me sentir segura.

Se realmente pensar nisso, a zona de conforto não é nada confortável. Pode ser uma zona conhecida, mas no fundo ninguém se sente verdadeiramente bem lá.

Quanto mais medo e ansiedade fui sentindo ao longo dos tempos, mais me fechei numa bolha. Precisava de fugir à vida, pois ela era ( e é) bastante imprevisível.

Talvez se eu me fechar àquilo que não consigo controlar, me possa sentir bem, pensei eu muitas vezes.

Mas a verdade é que, quanto mais fugi da vida, quanto mais me afastei dos acontecimentos, pior me senti, e mais problemas fui criando.

Hoje, consigo identificar uma “incapacidade” de sentir a vida. Parece que não sei viver. De tanto me fechar, de tantas barreiras que criei desaprendi a viver.

A zona de conforto foi sempre uma prisão. Tudo aquilo que eu queria estava fora da zona que eu conhecia.

Como é que eu podia esperar que as coisas viessem até mim, se eu me fechava a essa hipótese?

Eu não queria coisas que eu não pudesse controlar, e hoje sei perfeitamente que eu não posso controlar nada, muito menos o fluxo e processo da vida.

Por um lado queria sentir a vida e por outro fechava-me a “sete chaves” e ignorava as bênçãos que se encontravam lá fora à minha espera.

Todos os dias têm sido novas descobertas e aprendizagens.

A vida está fora do meu controlo e estará lá sempre para me trazer tudo o que é melhor para mim.

Basta permitir que isso aconteça!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Alysa Bajenaru on Unsplash

 

Será que é o melhor? – 80 de 365

melhor

Muitas vezes me interroguei se aquilo que eu estava a fazer era certo; se estava a seguir o melhor rumo e se iria receber o melhor resultado possível.

Perdia muito tempo nessas interrogações, nos dilemas e indecisões e no fundo acabava por não receber nada, porque não fazia nada.

Não há forma de saber qual será o resultado de uma ação (ainda bem), mas há forma de garantir que será o melhor possível.

E não é pensando e repensando no certo ou errado.

É fazendo, pondo ação, entregando-me àquilo que estou a fazer, com amor, aceitação e gratidão.

Um resultado bom ou mau acaba por ser uma perceção da realidade.

Quando confio acontece sempre o melhor, porque abro a mão do controlo e permito que as coisas aconteçam, não sendo limitadas pela minha consciência.

O melhor é sentir-me bem sempre. O melhor é confiar, viver serena, realizada e grata pela vida que tenho.

Sempre que me foquei “no melhor” estava na verdade focada na minha vontade. Esperava que tudo acontecesse como eu quisesse, pois eu é que sabia.

Mas não sabia nada e a prova disso era a forma como me sentia.

Hoje sei que o melhor sempre acontece, basta que eu saia do meu próprio caminho e permita que tudo flua.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Ryan Booth on Unsplash

Quem complica a vida sou eu… – 55 de 365

complica

A vida acontece sempre da forma mais simples. As melhores oportunidades surgem sempre na melhor altura; as situações desenrolam-se sempre de uma maneira perfeita. Mas isto apenas acontece quando eu permito.

Sempre que eu penso numa melhor maneira de algo ter acontecido ou que tento manipular as situações, estou a desrespeitar o fluxo e processo da vida e o resultado nunca é o melhor que poderia alcançar.

Olhando para trás, consigo ver inúmeros momentos, em que devido a tentar ter as coisas à minha maneira, acabei metida em confusões, ou melhor, criei situações menos agradáveis que poderiam ter sido evitadas se eu não tivesse interferido.

Pensar em possíveis cenários e naquilo que eu deveria agir quando eles acontecessem; remexer em coisas que disse ou fiz no passado que acabaram por me trazer sofrimento; tudo isto apenas me afasta mais da vida.

Se já está feito não posso desfazer. Se ainda não aconteceu não posso planear.

Mas, posso confiar na vida e focar-me em sentir-me bem comigo mesma, e aí tenho a certeza que nem o que fiz no passado, nem o que vou fazer no futuro, serão motivos de ansiedade ou de culpa.

Se mesmo manipulando, resistindo e controlando fui sempre encaminhada para resultados excelente, imagino se eu deixasse simplesmente flui.

A vida é simples… Quem a complica sou eu…

Ter consciência disto já é o primeiro passo para a mudança e para permitir que a minha vida se torne cada vez mais um paraíso.

Agora basta treinar e sempre que me vejo complicar parar para pensar na perfeição das coisas e na importância do confiar!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Autumn Mott on Unsplash

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