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A criança dentro de mim – 290 de 365

a criança dentro de mim

Em criança eu era extrovertida e apaixonada pela vida, assim como a maioria das crianças o são. Adorava desafios, coisas novas e havia uma satisfação em ultrapassar os limites a que me ia propondo.

À medida que fui crescendo, criei conceitos em relação à vida e fui-me fechando ao mundo, perdendo aquela alegria de viver.

Mas será que perdi essa alegria? Ou será que ela estava adormecida debaixo dos medos e inseguranças, criados pelos conceitos em relação à vida?

Se eu era tão confiante em mim, se gostava tanto de coisas novas e apreciava o fluxo da vida, será que não posso voltar a sentir tudo isso?

Aquela criança entusiasmada pela vida ainda está dentro de mim. Aquele ser que acordava todos os dias na expectativa do que poderia acontecer ainda cá está.

Manter viva a criança dentro de mim não significa ser imatura, como eu pensava. Significa levar a vida com leveza, sem preocupações. Significa sonhar e arriscar, sem medo.

A criança dentro de mim está aqui, à espera para brilhar, livre de conceitos, de medos, de inseguranças e de dúvidas.

A cada dia que passar fico cada vez mais maravilhada pela forma perfeita como as coisas acontecem. Fico também admirada com a minha insistência em querer que as coisas aconteçam à minha maneira, mesmo vendo a perfeição do fluxo natural das coisas.

Eu não tenho que tentar controlar; tenho que usufruir. Eu não tenho que ter medo; tenho que confiar. Eu não tenho que sobreviver mais um dia; tenho que viver plenamente cada segundo.

Obrigado!

Ângela Barnabé

A criança e o sábio – Augusto Cury

sábio

Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe: “Que tamanho tem o universo?” Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu: “O universo tem o tamanho do seu mundo.” Perturbada, ela novamente indagou: “Que tamanho tem o meu mundo?” O pensador respondeu: “Tem o tamanho dos seus sonhos.”

Se os seus sonhos são pequenos, a sua visão será pequena, as suas metas serão limitadas, os seus alvos serão diminutos, a sua estrada será estreita, a sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.

Shakespeare disse que “quando se avistam nuvens, os sábios vestem os seus mantos”. Sim! A vida tem inevitáveis tempestades. Quando elas sobrevêm, os sábios preparam os seus mantos invisíveis: protegem a sua emoção usando a sua inteligência como paredes e os seus sonhos como teto.

Os sonhos regam a existência com sentido. Se os seus sonhos são frágeis, a sua comida não terá sabor, as suas primaveras não terão flores, as suas manhãs não terão orvalho, a sua emoção não terá romances.

A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e a ausência dos sonhos transforma milionários em mendigos. A presença de sonhos faz de idosos, jovens, e a ausência de sonhos faz dos jovens, idosos.

A juventude mundial está perdendo a capacidade de sonhar. Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos. Desejos não resistem às dificuldades da vida, sonhos são projetos de vida, sobrevivem ao caos.

A culpa, porém, não é dos jovens. Os adultos criaram uma estufa intelectual que lhes destruiu a capacidade de sonhar. Eles estão adoecendo coletivamente: são agressivos, mas introvertidos; querem muito, mas se satisfazem pouco.

Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.

(…)

Uma mente saudável deveria ser uma usina de sonhos. Pois os sonhos oxigenam a inteligência e irrigam a vida de prazer e sentido.

Excerto do livro Nunca desista dos seus sonhos de Augusto Cury

Composto e postado por Ângela Barnabé

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