by Ângela Barnabé | Jan 3, 2019 | 2019, Confiar
Por muito que eu pense que tenho uma ideia do que é bom para mim, a verdade é que a minha consciência ainda se encontra limitada e que não é possível, neste momento, ter uma visão ampla das coisas que me trarão benefício.
Se analisar a forma como ajo, o que penso diariamente e aquilo que vou sentindo, consigo identificar diversos momentos em que não me encontro em sintonia com o processo e fluxo da vida.
Procuro adiar passos fundamentais para o meu crescimento; alimento medos e inseguranças e ainda dou espaço à dúvida; e uma parte de mim ainda procura realização em coisas exterior.
Ao enumerar tudo isto não me sinto mal com estes comportamentos, porque sei que a mudança ocorre através de um processo e é preciso treinar no dia-a-dia a criação de novos comportamentos, mas não posso negar que tudo isto afeta as minhas escolhas e o meu discernimento.
Então como é que eu posso guiar a minha vida se não estou na condição de escolher o que é melhor para mim?
A resposta para esta pergunta é confiar. Confiar que aquilo que vem até mim é aquilo que eu realmente preciso.
Algo que preciso para melhorar algum aspeto em mim, para aprender alguma lição ou até mesmo para aprimorar o meu estado de forma a poder usufruir ao máximo daquilo que são os meus objetivos.
Não é importante buscar o motivo pelo qual as coisas acontecem na minha vida, nem procurar qual é o benefício que posso tirar da situação. Isso é voltar ao ponto de partida.
Tem que haver uma entrega e uma certeza de que o que acontece é o melhor para mim e ainda que eu não saiba muito bem o que algo me está a trazer, agir em sintonia com a realidade que quero experienciar.
Se me quero sentir mais segura, devo agir com segurança. Se quero criar um mundo de amor, tenho que ter o amor em conta quando ajo. Se quero ser uma pessoa melhor, tenho que procurar permitir a melhoria em cada momento, em cada situação.
Grata por mais um dia repleto do que preciso,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Mai 2, 2018 | 2018
Eu acho que já escrevi várias vezes sobre este tema, mas cada vez mais expando a minha consciência para a importância de decidir no momento certo.
E qual é o momento certo para decidir? É o agora.
Eu tenho a mania de decidir antes do momento da decisão. Por exemplo, tenho que decidir algo e tenho que comunicar essa decisão dentro de um prazo.
Ao invés de decidir apenas quando tenho que decidir e depois de reunir as informações que preciso para tomar uma decisão responsável e consciente, ocupo todo o meu tempo a pensar naquilo que vou escolher.
No meio de tanto pensar, repensar, analisar o resultado da minha decisão e pensar nos “comos e porquês” fico tão baralhada que nem me sinto capaz de escolher nenhuma possibilidade.
Quanto mais penso mais estrago. O analisar uma situação nem sempre é a melhor coisa a fazer. Claro que não devo tomar decisões de forma leviana, mas também não devo tentar controlar o que vai acontecer.
Ao olhar para trás vejo que deixei de fazer muitas coisas por pensar muito e fazer pouco.
Se a vida me traz uma oportunidade, se eu tenho vontade de a aproveitar, só tenho que pôr ação e logo se verá.
Agora decido estar bem e isso é decisão suficiente para garantir que usufruo da vida e daquilo que ela tem para mim.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Matt Howard on Unsplash
by Ângela Barnabé | Abr 17, 2018 | 2018, Desafios
Muitas vezes usei diversas desculpas para fazer ou não fazer algo. Tentava enganar-me de tal forma, que acreditava mesmo que o que me impedia de dar um passo em frente era a dificuldade que eu apresentava.
Por exemplo, sentia-me insegura, principalmente quando falava com pessoas que não conhecia bem. Então, sempre que pensava em dar palestras, em assumir algum serviço que me “obrigasse” a interagir com pessoas ou quando era necessário que eu lidasse com isso, punha como obstáculo a minha insegurança.
Será que o problema era a insegurança ou eu não querer passar pelo processo? Ou será que eu usava a insegurança como desculpa para evitar fazer algo que não queria fazer?
No momento que decidi que apesar da minha insegurança, medo ou qualquer outra emoção eu iria fazer o que fosse preciso e decidir com base naquilo que eu queria fazer, as coisas mudaram.
Não digo que estou sempre disponível para ultrapassar limites que eu própria impus ou que deixei de dar desculpas, mas estou sempre atenta para que isso não aconteça.
A escolha é sempre minha. O António sempre me disse que quem quer faz, quem não quer arranja desculpas.
Até há pouco tempo muitas coisas eu considerei limitações. Mas hoje sei que essas características podem ser o que eu quiser.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Minh Bách Trương on Unsplash