Cada dia que começa pode ser aquilo que eu quiser. Pode ser um fluxo de oportunidades para estar bem e usufruir da vida ou pode ser uma corrente sucessiva de justificações para estar mal.
Posso acordar na expectativa do que me trará este dia, pronta a absorver tudo aquilo que a vida me dá (e que é o que eu preciso) ou então posso escolher entrar em negação àquilo que me vai sendo apresentado, criando ansiedade e perpetuando situações das quais me quero libertar.
A escolha é sempre minha. Parece-me bem óbvio qual é a melhor decisão a tomar.
E penso que, principalmente no momento em que me encontro em que nada é certo, ou melhor, numa altura em que vou sendo relembrada com mais frequência que tudo muda a todo o instante, é realmente muito importante aproveitar cada dia e não desperdiçar nenhum momento focada naquilo que não quero ou preocupada no que poderá vir a acontecer.
Muitas vezes me deparo com situações aparentemente caóticas. Coisas que não me parecem levar a lado nenhum e muitas vezes parecem mesmo atrapalhar.
A pergunta que surge é “Porquê?” e é logo seguida por “E agora?”. Nesses momentos em que a tentação é julgar e tentar perceber o motivo pelo qual as coisas aconteceram, ao mesmo tempo que se tenta manipular o que irá acontecer, é preciso parar.
O porquê não interessa. As coisas acontecem sempre por um motivo, claro, mas a única coisa que eu preciso saber é que sou 100% responsável pela minha realidade. Não importa se aquilo que está a acontecer é resultado de uma crença, de uma ação ou de uma decisão; isso não vai resolver nada.
Com o tempo talvez possa vir a saber, mas se tentar perceber o motivo estarei a julgar e a racionalizar com base em conceitos que não abrangem toda a realidade e acabarei por apenas enganar-me a mim mesma.
E o que irá acontecer? Essa parte depende de mim. Não posso propriamente escolher o que vai acontecer e como se irão desenrolar os acontecimentos, mas posso decidir qual vai ser a minha postura.
Vou ficar revoltada e zangada e criar sofrimento? Vou tropeçar na situação e fingir que nada aconteceu? Ou vou responsabilizar-me e aceitar o que quer que seja que a situação me tenha a mostrar?
Não posso decidir o que vai acontecer, mas tenho o poder de escolha no que toca à forma como ajo em relação à situação.
Sei que tudo acontece por um motivo. Sei também que posso (e devo) confiar na vida. Sei que tudo o que acontece é o melhor para mim, desde que assim eu o decida.
Muitas vezes pensei que o bem-estar era algo difícil de alcançar e que era algo longínquo. Um dia, após muito trabalho árduo e esforço, iria conseguir sentir-me bem comigo mesma.
Mas eu estava enganada. Não relativamente a que um dia me iria sentir bem comigo mesma, mas sim quando pensava que esse dia estava longe.
O dia poderia ser aquele mesmo, naquele mesmo instante em que colocava o meu bem-estar tão longe.
Para estar bem não é preciso grande coisa. Aliás não é preciso nada para além de uma decisão.
É necessário muito mais quando procuro estar mal. É preciso focar-me no que não quero, é necessário alimentar pensamentos negativos. É preciso ir contra a minha missão e contra a própria natureza.
A ponte para o bem-estar está aqui em todos os momentos. Basta dar um passo, basta tomar a decisão que tudo muda.
Antes, se acordasse e as coisas não corressem como eu queria, eu pensava que o dia ia ser uma “porcaria”. E de facto era, mas porque era isso que eu decidia.
Hoje todos os dias digo “hoje é o melhor dia da minha vida” e é isso mesmo que acontece. Independentemente do que possa acontecer a decisão é sempre minha.
Não sei de onde veio este comportamento. O que é certo é que eu passo muito tempo alimentando aquilo que me faz sentir mal.
No fundo, não procuro ativamente estar mal, mas existem pequenos acontecimentos que despoletam o mal-estar e em vez de naturalmente deixar ir e focar-me noutra coisa, tenho a tendência para os alimentar.
Esta tendência é uma das maiores limitações que eu identifiquei em mim, pois parece que independentemente do que esteja a acontecer, uma parte de mim quererá sempre o que há de pior.
Como descrevi anteriormente não sei de onde isto veio e sinceramente não estou há procura de o descobrir. O que me interessa mesmo é libertar-me disto.
Como? – perguntam vocês e pergunto-me eu muitas vezes.
Desligando a mente e deixando de me identificar com esses estados.
Ainda dou por mim sendo irritadiça e reativa. Identifico-me com isso. E quando acontece algo que despoleta isso em mim a tendência é deixar-me envolver.
Mas isso não sou eu. Isso é um padrão, um gatilho que eu criei e que alimento.
Hoje estive atenta a tudo isto (ontem à noite tomei consciência deste comportamento). Passei por diversas situações que mexeram comigo, mas em vez de agir como antes, escolhi desligar-me de todas as emoções que representam mal-estar e sofrimento.
Estou a escrever este texto e posso dizer-vos que o dia fluiu de uma forma bem diferente. Não aconteceu algo mágico que desligou todo o aparato mental, mas a cada momento fui me sentindo mais presente e principalmente melhor comigo mesma.
Ao contrário do que eu pensava, aquilo que os outros sentem não pode ditar aquilo que eu sinto. Durante muito tempo deixei que o bem-estar (ou a ausência dele) dos outros influenciasse o meu estado de espírito.
Para que eu estivesse bem, todos tinham que estar bem e isso necessitava de um esforço muito grande da minha parte. Ficava muito frustrada quando, após algumas ações da minha parte, as pessoas continuavam a escolher estar mal.
Isso é uma maneira bastante estúpida de viver.
Hoje sei que aquilo que eu tenho conhecimento é da minha responsabilidade, mas eu não tenho qualquer direito de querer alterar aquilo que os outros sentem.
Posso disponibilizar-me para ajudar caso alguém necessite, mas nunca posso pôr a responsabilidade aquilo que o outro sente nas minhas mãos.
Isso simplesmente não me pertence.
É da minha responsabilidade estar bem, independentemente daquilo que esteja a acontecer.
Não é possível ficar indiferente àquilo que acontece por todo o mundo, mas se eu estiver mal apenas estou a contribuir para perpetuar o mal-estar.
Quando estou bem sou capaz de tomar decisões que beneficiem toda a gente, tenho ações com base no amor e de certeza que estou a contribuir para um mundo melhor.
Se estiver mal é mais um a sentir-se mal. Se estiver bem é mais um a sentir-se bem.
Eu posso escolher estar bem ou estar mal e tenho a certeza que se escolher estar bem tudo vai ficar bem melhor.
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