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Fazer e largar – 135 de 365

fazer e largar

Uma mente sempre a trabalhar nem sempre é um bom sinal. Na maior parte das vezes a mente está a trabalhar tentando perceber e controlar a forma como os acontecimentos se desenrolam.

Há que fazer e largar, mas às vezes eu faço e tento controlar, em vez de deixar que o fluxo e processo da vida desempenhe o seu papel.

Tenho a certeza que não recebo muitas das coisas que vou “pedindo”, porque, no meio do turbilhão de pensamentos, perco o foco, questiono se isso é bom para mim, meço qual será a melhor altura para que isso se materialize na minha vida…

No final, ou já desisti daquilo que quero ou então estou tão envolta na minha bolha de questionamento que não me apercebo que aquilo que quero está mesmo ali, sem que eu o valorize.

É bastante interessante ver que sou eu que impeço que as coisas aconteçam e isso é causado por querer fazer aquilo que não me compete e por não fazer aquilo que deveria.

Há tantos aspetos que me fazem viver fora do presente. E é no presente que tudo se desenrola e que posso tomar decisões conscientes.

Por muito que eu me tenha treinado para “viver” ou no passado ou no futuro, a verdade é que em cada momento posso trazer-me para o presente.

Depois é só fazer e largar que tudo acontece de forma perfeita!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Joseph Barrientos on Unsplash

 

Saber muito e fazer pouco – Reflexões Diárias

Sempre ouvi dizer que o conhecimento não ocupa lugar. Pensava que quanto mais conhecimento eu tinha, melhor eu podia tornar a minha vida. Então comecei a acumular conhecimento, mas a minha vida não melhorava.

Sabia o que devia dizer, o que devia pensar, como me devia sentir, mas ainda assim a vida não fluía como devia.

Então comecei a prestar atenção a mim mesma.

Eu sabia que me devia sentir segura, mas no fundo faltava-me a confiança. Sabia que devia pensar no melhor que podia acontecer, mas não deixava de me focar no pior.

Do saber para o fazer vai uma grande distância. Aliás, saber sem fazer não vale nada.

Por exemplo, eu quero ir a Lisboa. Sei que tenho que procurar o melhor meio de transporte para me deslocar. Sei que tenho que me preparar para sair. Mas continuo sentada no sofá. Saber o que quero fazer não me adiantou de nada, pois ainda estou sentada no sofá à espera de chegar a Lisboa.

Saber o que é necessário fazer nunca mudou a vida a ninguém.

É necessário decidir. É necessário dar o primeiro passo.

Dei muitas vezes por mim a enumerar mentalmente aquilo que eu queria fazer; dei por mim a projetar a imagem de uma Ângela segura e confiante, mas depois o que é que eu fazia?

Nada! Sabia o que era a melhor coisa a fazer, falava sobre isso e quando era a altura de agir, aquilo que eu verdadeiramente sentia aflorava e pronto, o conhecimento era esquecido.

Não estou a dizer que só posso falar de coisas que faço 100% do tempo, porque ainda existem (muitos) momentos em que me deixo levar pela aparência.

Estou a realçar que falar de uma coisa e fazer outra é uma forma de autodestruição. Porque no fundo eu não engano os outros, eu tento enganar-me a mim mesma.

Porque eu sei o que penso, sei o que sinto e sei o que faço. Se todos estes três pontos não estiverem em harmonia, não passa tudo de uma mentira?

Obrigado por este maravilhoso dia!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

A maneira certa de fazer as coisas – Reflexões Diárias

Sempre procurei a maneira certa de fazer as coisas. O intuito desta procura não era dar o meu melhor quando desempenhava alguma tarefa, mas sim garantir que não cometia nenhum erro. Isso levava ao controlo, ao perfecionismo e ao medo de errar.

Entretanto descobri que esta minha forma de agir não me era favorável de maneira nenhuma, pois perdia mais tempo a analisar qual seria a maneira certa de fazer as coisas, em vez de passar à ação e realmente fazer alguma coisa.

Passei então a agir de forma a fluir com o acontecimento. Fazia alguma coisa, o resultado era favorável então criava uma espécie de base de dados com todas as formas bem sucedidas de fazer determinadas coisas.

Apesar deste novo método ser um pouco melhor que o primeiro ainda deixava algo a desejar, porque aquilo que eu achava ser fluir era apenas momentâneo, pois de novo entrava o controlo.

Hoje, tento outra abordagem: de acordo com a forma como a situação se apresenta e desenrola, assim eu vou decidindo como agir. Ainda que por vezes surja a tendência para controlar, tenho notado que ao fazer as coisas decidindo apenas no momento como irei agir, é algo que corre sempre bem.

As coisas estão sempre em mudança. Aquilo que funcionava muito bem há uma semana atrás pode deixar de funcionar hoje. Porquê? Penso que o factor que mais determina a mudança é a consciência.

Se eu me proponho a ser melhor a cada dia que passa, isso significa que todos os dias liberto conceitos que até agora não me traziam bem-estar.

Se liberto conceitos, estes têm que ser substituídos por outros, e como o foco é o crescimento constante, os novos conceitos só podem ser cada vez mais de acordo com a minha verdadeira natureza.

Então a maneira certa de agir será crescer a cada dia que passa e em cada momento decidir consoante as circunstâncias e principalmente consoante a consciência do momento.

Ou será que existe outra maneira certa?

Obrigado por este dia cheio de decisões.

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

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