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Viver de aparências – 110 de 365

aparências

Desde pequena que via as pessoas a viverem de aparências e máscaras. Fingiam gostar umas das outras e depois criticavam-se; escondiam aquilo que sentiam para não mostrarem fraqueza; viviam na ilusão que tudo estava bem.

Passei muitos momentos de medo, insegurança, dúvida e escondia-os para que não percebessem que eu estava a ser “fraca”. Escondi muitas vezes a minha alegria (ou euforia) para que os outros não estragassem.

Relacionava-me com as pessoas, mas era como se houvesse uma barreira entre mim e o mundo e essa barreira não podia ser atravessada. Essa barreira era tão grande que até me afastava de mim mesma, mergulhando-me numa ilusão.

Não há nada melhor do que deixar cair as máscaras e deixar de fingir. Aliás, para poder sentir realmente a vida tenho que fazer isso mesmo.

Muitas vezes senti que estava a expor-me, por exemplo, ao escrever estas reflexões diárias, onde partilhava aspetos que não gostava em mim. Mas ao fazê-lo deixei de ter algo a esconder. Mostrei quem eu era naquele momento.

Não faz sentido tentar enganar os outros, porque no fundo isso é apenas tentar enganar-me a mim própria.

Se me sinto mal posso mudar esse estado e tenho plena consciência que o caminho para o bem-estar é escolher estar bem, independentemente do que esteja a acontecer.

Fingir sentir algo que não sinto, impede que eu possa sentir aquilo que quero sentir. Tenho que ser verdadeira, honesta para comigo mesma e nesse momento as coisas mudam.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Tim Foster on Unsplash

Falar bonito? – Reflexões Diárias

falarbonito

Hoje decidi escrever uma pequena reflexão sobre aquilo que me aconteceu, sobre aquilo que me esteve na mente durante este dia. Espero manter este ritmo e quem sabe amanhã estaremos cá outra vez com mais uma reflexão.

Hoje a reflexão que me tem acompanhado é a honestidade. No fundo, a coerência entre aquilo que sinto, aquilo que penso e aquilo que falo.

Gostaria de dizer que já fluo com a vida e que estou sempre na expectativa da mudança, mas isso não acontece. Ainda resisto à mudança e não quero passar por diversas situações, principalmente situações novas e que vão mexer na minha zona de conforto.

Antes tinha vergonha disto e achava que o melhor seria esconder os meus medos e fingir ser algo que não sou. Mas isso não me fazia sentir bem. Aliás fazia-me sentir cada vez pior.

Hoje, decido partilhar aquilo que sinto. Não para descarregar o meu “lixo” emocional, mas sim para me libertar do que estou a sentir. Decido esclarecer mal-entendidos, comunicando e responsabilizando-me tanto pelo que digo, como pelo que oiço, como pela situação que acontece.

No fundo, “falar bonito” apenas impede que a verdadeira mudança aconteça.

Abandonar as máscaras; libertar-me do julgamento e saber que faço o melhor que sei e que posso.

Ângela Barnabé

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