loader image

Viver aquilo que acredito – 137 de 365

viver aquilo que acredito

No passado eu abdiquei de algumas coisas com medo do que os outros pudessem pensar. Não fui atrás daquilo que queria com medo de ser julgada e moldei-me à imagem que os outros tinham de mim.

Ou será que a verdade é outra? Será que o que me motivou foi a opinião dos outros ou foi o medo?

É certo que vivendo numa sociedade muitas vezes somos influenciados por aquilo que deve ou não ser norma e que a imagem que buscamos é relativa àquilo que nos é passado como normal.

Mas chega a um momento em que tomamos consciência da ilusão em que vivemos.

Pelo menos no meu caso foi isso que aconteceu. Andei atrás de um ideal que me foi “vendido”, na esperança de ser feliz. Mas eu sabia que tudo isso era mentira. Bastava olhar para aqueles que me rodeavam.

Mas mesmo sabendo isso, eu ainda queria pertencer, queria fazer parte. Então continuava a seguir um padrão que eu própria impunha, usando a desculpa que os outros é que queriam que eu fosse assim.

Achei que era um ato de coragem escolher algo diferente, algo que estivesse mais em sintonia comigo. Mas era apenas uma ação inteligente.

O que é que é melhor: viver enganada e ao sabor daquilo que os outros querem ou largar aquilo que me é conhecido e finalmente sentir a felicidade que procurava?

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Vashishtha Jogi on Unsplash

Viver de aparências – 110 de 365

aparências

Desde pequena que via as pessoas a viverem de aparências e máscaras. Fingiam gostar umas das outras e depois criticavam-se; escondiam aquilo que sentiam para não mostrarem fraqueza; viviam na ilusão que tudo estava bem.

Passei muitos momentos de medo, insegurança, dúvida e escondia-os para que não percebessem que eu estava a ser “fraca”. Escondi muitas vezes a minha alegria (ou euforia) para que os outros não estragassem.

Relacionava-me com as pessoas, mas era como se houvesse uma barreira entre mim e o mundo e essa barreira não podia ser atravessada. Essa barreira era tão grande que até me afastava de mim mesma, mergulhando-me numa ilusão.

Não há nada melhor do que deixar cair as máscaras e deixar de fingir. Aliás, para poder sentir realmente a vida tenho que fazer isso mesmo.

Muitas vezes senti que estava a expor-me, por exemplo, ao escrever estas reflexões diárias, onde partilhava aspetos que não gostava em mim. Mas ao fazê-lo deixei de ter algo a esconder. Mostrei quem eu era naquele momento.

Não faz sentido tentar enganar os outros, porque no fundo isso é apenas tentar enganar-me a mim própria.

Se me sinto mal posso mudar esse estado e tenho plena consciência que o caminho para o bem-estar é escolher estar bem, independentemente do que esteja a acontecer.

Fingir sentir algo que não sinto, impede que eu possa sentir aquilo que quero sentir. Tenho que ser verdadeira, honesta para comigo mesma e nesse momento as coisas mudam.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Tim Foster on Unsplash

Aceitar-me como sou – Reflexões Diárias

 

Ao longo destes dias tenho pensado muito na aceitação de mim mesma. Não da forma romantizada que antes fazia, com aquelas ideias que apenas roçavam a superfície da questão.

Falo da aceitação profunda, aquela que exige uma verdadeira mudança e que acima de tudo requer que eu me responsabilize por tudo aquilo que já vivi.

Sempre foi muito fácil para mim atirar as culpas para cima dos outros. E durante algum tempo achei que isso era uma boa forma de lidar com isto. Mas, cedo percebi que no fundo era tapar o sol com uma peneira.

Quanto mais culpava os outros, pior me sentia. Porque no fundo não era uma questão de resolver o problema, mas sim de fugir à verdadeira solução.

Tudo parte mim, eu sei, mas entre saber e fazer vai uma grande distância.

Nestes últimos dias tenho pensado em quantas mágoas, quantos ressentimentos, ódios e raivas eu alimentei, porque me trataram de uma determinada forma, quando no fundo era eu que criava essas mesmas situações.

A forma como os outros me tratavam era diferente da forma como eu me tratava? Ou era na verdade um espelho que refletia a forma como eu era para mim mesma?

Quantas vezes me olhei no espelho e senti raiva por aquilo que via? Quantas vezes eu passei horas e horas a criticar-me e a julgar-me por algo que fiz ou que deixei por fazer?

Assim também os outros me tratavam. E aqueles que no fundo me tratavam bem, que me valorizavam eram afastados, porque ou achava que apenas estavam a ser simpáticos, ou no fundo não contribuíam para alimentar a vítima que havia em mim.

Hoje as coisas são diferentes, porque eu sou diferente. Tenho que estar atenta porque a Ângela vítima está sempre pronta para entrar em cena e assumir o papel principal.

Mas, sei que o obstáculo entre mim e a Ângela que se aceita plenamente, sou eu própria.

Sou eu que escolho trazer o inferno do julgamento e da crítica, ao invés de deixar fluir o paraíso repleto de amor, aceitação e gratidão.

Obrigado por este dia repleto de aceitação.

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

<a style="background-color:black;color:white;text-decoration:none;padding:4px 6px;font-family:-apple-system, BlinkMacSystemFont, "San Francisco", "Helvetica Neue", Helvetica, Ubuntu, Roboto, Noto, "Segoe UI", Arial, sans-serif;font-size:12px;font-weight:bold;line-height:1.2;display:inline-block;border-radius:3px;" href="https://unsplash.com/@lidivien?utm_medium=referral&utm_campaign=photographer-credit&utm_content=creditBadge" target="_blank" rel="noopener noreferrer" title="Foto original de Monica Galentino"><span style="display:inline-block;padding:2px 3px;"><svg xmlns="http://www.w3.org/2000/svg" style="height:12px;width:auto;position:relative;vertical-align:middle;top:-1px;fill:white;" viewBox="0 0 32 32"><title></title><path d="M20.8 18.1c0 2.7-2.2 4.8-4.8 4.8s-4.8-2.1-4.8-4.8c0-2.7 2.2-4.8 4.8-4.8 2.7.1 4.8 2.2 4.8 4.8zm11.2-7.4v14.9c0 2.3-1.9 4.3-4.3 4.3h-23.4c-2.4 0-4.3-1.9-4.3-4.3v-15c0-2.3 1.9-4.3 4.3-4.3h3.7l.8-2.3c.4-1.1 1.7-2 2.9-2h8.6c1.2 0 2.5.9 2.9 2l.8 2.4h3.7c2.4 0 4.3 1.9 4.3 4.3zm-8.6 7.5c0-4.1-3.3-7.5-7.5-7.5-4.1 0-7.5 3.4-7.5 7.5s3.3 7.5 7.5 7.5c4.2-.1 7.5-3.4 7.5-7.5z"></path></svg></span><span style="display:inline-block;padding:2px 3px;">Monica Galentino</span></a>

Pin It on Pinterest