by Ângela Barnabé | Dez 14, 2018 | 2018

Existem determinadas coisas que precisam de ser trazidas à luz para que possam ser resolvidas. Aliás, tudo precisa ser trazido à luz para que possa ser visto de outra maneira.
Medos, inseguranças e dúvidas são coisas que não devem ser mantidas na escuridão. Precisam emergir e precisam ser partilhadas.
Muitas vezes escondo aquilo que tenho medo e adio o facto de ter que trabalhar esse medo, na esperança de que se deixar este assunto quieto, ele não me incomodará.
Mas a verdade é que isso fica lá, no plano de fundo. Todas as minhas decisões são impregnadas com o evitar de trabalhar a situação e quando ela surge novamente, está tão grande que é impossível de contornar ( e um pouco mais difícil de trabalhar).
É preciso deixar vir ao cimo todas as coisas que eu quero esconder. É preciso largar o medo de ser julgada e o medo de ter que pedir ajuda quando necessito.
A vida é uma aprendizagem constante e um treino que só acabará muito provavelmente quando morrer.
Nas últimas semanas tenho-me deparado com imensas situações que precisam ser revistas e conceitos que precisam ser trabalhados.
Alguns não tinha consciência da sua existência, mas outros sabia muito bem que precisava olhar para eles.
Apesar de ter adiado, sinto que este é o momento certo para trabalhá-los. Porquê? 2018 foi um ano de muito crescimento e com todas as experiências pelas quais passei, sinto que tudo aquilo que vem acontecendo é uma consolidação da minha aprendizagem para que possa começar o novo ano com uma postura diferente em relação à vida.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Out 16, 2018 | 2018

Dia 11 de setembro de 2018 fez um ano que eu comecei a escrever (quase) diariamente estas reflexões. Isso fez com que uma grande mudança ocorresse na minha vida.
Quando tomei a decisão de partilhar aquilo que ia sentindo e aquilo que ia refletindo ao longo do dia, fi-lo porque sentia que me podia ajudar a mim e porque também podia ajudar os outros.
De tudo aquilo que eu fui lendo e vendo ao longo da minha vida, o que me fez despertar para algo diferente foi a partilha de experiências. Não foi o “falar bonito” (tema da minha primeira reflexão diária), mas sim uma partilha honesta, não só daquilo que é agradável como também daquilo que é considerado menos agradável.
E foi isso que eu fiz. Partilhar todos os passos da minha viagem: aqueles que eu achava bonitos e também aqueles que eu antes preferia esconder.
É incrível olhar para trás e ver as muitas coisas que mudaram durante um ano e também tudo aquilo que vai mudando, neste momento e a cada dia que passa.
Muitas vezes escondi os meus medos, as minhas inseguranças e as minhas limitações por pensar que isso era algo do qual eu me devia “envergonhar”. Mas a verdade é que tudo isso faz parte de mim e que tudo aquilo que eu rejeito em mim é aquilo que me traz mais crescimento.
As coisas mudam e quando olho à minha volta (“com olhos de ver”) fico sempre maravilhada com a perfeição com que tudo flui.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Set 18, 2017 | Reflexões Diárias

Hoje resolvi fazer arroz doce. Sempre gostei muito de o comer, mas nunca o soube fazer. Como tal, pesquisei na Internet, encontrei uma receita a meu gosto e pus mãos à obra.
Ainda não o comi, pois vai ser a sobremesa de hoje, mas mesmo assim pude digerir algumas reflexões.
Hoje pensei nas minhas limitações.
Achava que não era capaz de fazer arroz doce. Não porque me foi dito que não era capaz, mas porque eu assumi isso como uma limitação na minha vida. Ainda que me tivessem dito que não era capaz, tinha sido eu a responsável por acreditar.
Quem tem impedido que eu viva a minha vida ao máximo sou eu. Quem me limita sou eu. Com os meus medos, preconceitos; com as desculpas e justificações; com a tentativa de responsabilizar os outros por aquilo que acontece comigo.
Fiz o arroz doce. Já sei algumas coisas que posso melhorar. Agora a próxima vez que o fizer, vou ter em conta a experiência adquirida hoje. Só tenho espaço para melhorar porque já experimentei e passei pela experiência.
E se corresse mal? E se ficasse intragável? A próxima vez fazia de uma forma diferente com base na experiência de hoje.
Como posso viver a vida ao máximo? Como me posso libertar das minhas limitações?
Em primeiro lugar, tomar consciência daquilo que quero mudar, neste caso achar que não sei fazer arroz doce. Depois procurar uma solução: se não sei fazer, tenho que aprender. Pôr ação é o próximo passo: procurar uma receita e pôr mãos à obra. “Por último”, após vivenciar uma nova experiência, decidir se corresponde mais à realidade que desejo, neste caso provar o belo do arroz doce.
Se não estiver satisfeita, repetir o processo até atingir o ponto desejado.
Ângela Barnabé
Deixo-vos aqui o link da receita do arroz doce. Experimentem!
by Ângela Barnabé | Mai 15, 2017 | Coisas que aprendi nos meus 20 anos de vida

Desde que criei as “As Aventuras de uma Míope” com o intuito de partilhar a minha experiência de melhoria de visão, pensei muitas vezes se devia estar a publicar coisas tão pessoais e principalmente coisas que considerava fraquezas e limitações.
Sempre me foi dito que não me devia expor, que devia apenas mostrar aquilo que queria que fosse visto e nada mais. Os meus medos, inseguranças, os meus pensamentos e os meus momentos “menos bons” deviam ser guardados e só partilhados com alguém íntimo.
Mas comecei a ver que não podia ser íntima com ninguém. Partilhava a casa com outras pessoas que eu considerava próximas, mas mesmo assim filtrava aquilo que partilhava com elas, comportava-me da mesma maneira que com as pessoas que não me eram próximas.
Então decidi começar a partilhar um pouco mais de mim com os que me rodeiam e mais tarde com todos os que queriam ler os meus artigos.
Foi uma decisão muito importante e com ela aprendi que:
– A melhor coisa que eu posso partilhar com o mundo é a minha experiência. Eu sei muitas coisas, tenho muito conhecimento e praticamente todas as pessoas com as quais eu me relaciono e que estão dentro do projecto sabem aquilo que eu sei. Mas a minha experiência ninguém tem. Podemos partilhar os mesmos problemas, mas a forma como eu me sinto, penso e faço relativamente a uma determinada experiência é sempre diferente. Quando eu partilho a minha experiência com o mundo eu estou a dar uma parte de mim.
– Admitir as nossas fraquezas e rirmo-nos delas é muito importante. Durante muito tempo criei a imagem de menina perfeita, de alguém que nunca erra. E isso era tão doloroso. Eu tenho os meus momentos menos felizes. Quero as coisas à minha maneira. Por vezes comporto-me como uma criança imatura. É tão libertador deixar cair as máscaras, deixar-me de fingimentos e ser quem eu sou.
Se há traços em mim que quero melhorar? Claro, melhorar a cada dia que passa é um dos meus objectivos. Mas penso que a melhor forma de melhorar é aceitar aquilo que eu sou. Agradecer todas as partes de mim que não gosto é a melhor forma de passar a amá-las.
– As minhas limitações são as minhas bênçãos: já escrevi um pouco sobre esse tema, focando especialmente a miopia. No fundo aquilo que eu achava melhor em mim só me trouxe deceções e ilusões; o que eu achava pior em mim trouxe-me crescimento e principalmente realização.
Não estamos aqui para ser perfeitos. Todos temos as nossas limitações, os nossos medos.
Em vez de investir energia a esconder as minhas limitações, escolho cada vez mais utilizá-la na realização dos meus sonhos.
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Mai 1, 2017 | Inventários

Na semana de 22 a 28 de Abril realizou-se a 6ª semana temática, na sede da Fundação António Shiva.
Apesar de não ter participado de todas as palestras disponíveis durante a semana temática, pois estava a fazer parte da sua organização e de toda a manutenção a ela associada, posso ver todas as mudanças que esta semana me trouxe.
Desde sempre fui ensinada a viver com máscaras. Devia sempre mostrar uma imagem que fizesse os outros gostarem de mim, devia esconder aquilo que sentia e nunca, mas nunca mostrar aquilo que eu era. No fundo, ainda hoje não sei quem sou, mas esta semana tentei ao máximo ser honesta para comigo mesma (apesar de em muitos momentos ter sido desconfortável). Chorei, ri, partilhei os meus medos, as minhas inseguranças, partes de mim que ainda não aprendi a amar. E senti-me tão bem.
Apercebi-me também que apenas posso mudar se realmente decidir que o quero fazer e se colocar ação, senão irei continuar a enganar-me a mim mesma.
Vivemos uma semana de grande abundância, com palestras maravilhosas e com óptima comida (rsrsrsrsrs).
A Ângela que começou a semana, não foi a Ângela que acabou a semana.
As palavras de ordem foram: Amor, Responsabilidade, Honestidade e Humildade.
Agradeço ao António pelas maravilhosas e assertivas palestras, à Isabel e a todas as pessoas maravilhosas que participaram: a Elisabete, a Rosa, a Susana, o Gonçalo, o Joaquim e a Paula.
Obrigado!
Ângela Barnabé