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Estar sempre atenta – 9 de 365

Quando se tem uma mente treinada para estar focada no que não deve, é importante treiná-la para que se foque naquilo que realmente interessa. E para isso é muito importante estar atenta àquilo com o qual ela se vem mantendo ocupada.

Com os conceitos que fui criando da vida, a estabilidade era uma meta a alcançar porque só ela poderia impedir que ansiedade acontecesse. Como é que eu podia estar relaxada e confiante quando tudo estava sempre a mudar? As coisas tinham que ser programadas e tudo tinha que acontecer dentro aquilo que eu esperava.

Mas a verdade é que eu estava bem enganada. Quanto mais procurava a estabilidade e me fechava à mudança constante que acontecia “lá fora”, mais ansiosa estava e mais medo tinha de me lançar no corrupio de acontecimentos do dia-a-dia.

Tive que despertar para a realidade de que tudo aquilo que vale a pena viver, tudo aquilo que eu sempre quis alcançar está no meio de todo aquele aparente caos de acontecimentos que eu não consigo controlar. Está no resolver uma situação e ter que lidar com uma visão diferente do mundo. Está no desconhecido, fora da bolha que eu criei para me proteger.

E para que eu possa mergulhar de cabeça e aproveitar tudo aquilo que acontece, tenho que estar sempre atenta à minha mente.

Não posso deixar que pensamentos de dúvida surjam e que em vez de confiar em mim e no fluxo das coisas, ocupe o meu tempo preocupada com aquilo que pode vir a acontecer.

Não posso permitir que o julgamento tolde a minha visão e que a minha mente crie rótulos daquilo que vai acontecendo, impedindo-me de retirar o melhor de cada situação.

Não posso nem quero permitir que cada dia seja mais um dia passado com medo e com baixa autoestima.

Quero sim que cada dia seja visto como mais um infinito número de possibilidades para ser feliz, para me sentir realizada e para agradecer cada pequeno passo nesta caminhada que é a vida.

Grata por este dia repleto por motivos para estar atenta,

Ângela Barnabé

Fazer e largar – 135 de 365

fazer e largar

Uma mente sempre a trabalhar nem sempre é um bom sinal. Na maior parte das vezes a mente está a trabalhar tentando perceber e controlar a forma como os acontecimentos se desenrolam.

Há que fazer e largar, mas às vezes eu faço e tento controlar, em vez de deixar que o fluxo e processo da vida desempenhe o seu papel.

Tenho a certeza que não recebo muitas das coisas que vou “pedindo”, porque, no meio do turbilhão de pensamentos, perco o foco, questiono se isso é bom para mim, meço qual será a melhor altura para que isso se materialize na minha vida…

No final, ou já desisti daquilo que quero ou então estou tão envolta na minha bolha de questionamento que não me apercebo que aquilo que quero está mesmo ali, sem que eu o valorize.

É bastante interessante ver que sou eu que impeço que as coisas aconteçam e isso é causado por querer fazer aquilo que não me compete e por não fazer aquilo que deveria.

Há tantos aspetos que me fazem viver fora do presente. E é no presente que tudo se desenrola e que posso tomar decisões conscientes.

Por muito que eu me tenha treinado para “viver” ou no passado ou no futuro, a verdade é que em cada momento posso trazer-me para o presente.

Depois é só fazer e largar que tudo acontece de forma perfeita!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Joseph Barrientos on Unsplash

 

Parar a mente – 70 de 365

mente

Muito tenho escrito eu sobre viver o presente e sobre valorizar e usufruir daquilo que é me apresentado. Apesar de treinar diariamente esta nova postura, ainda me encontro muitas vezes enleada nas teias da mente.

Com o treino, venho sentindo um bem-estar cada vez maior e isso não vem de pensar “positivo” ou de arranjar maneiras de enganar a mente; vem de parar a mente.

Quando surge um pensamento, se o alimentar, vou deixar fluir todas as possibilidades e resultados que podem vir de determinada situação.

Como muitas vezes ainda me deixo levar por uma consciência limitada e obsoleta normalmente as possibilidades que me surgem não são “bonitas”.

O melhor a fazer é parar a mente; não pensar; usufruir e lidar com as situações à medida que elas acontecem.

Há truques que vou usando para ir de me focar no pior resultado possível, para me focar naquilo que eu quero. Depois daí posso focar-me que tudo o que me acontece é para meu benefício e finalmente deixar que tudo flua.

Às vezes fico frustrada com a minha postura, porque mesmo sabendo qual é a melhor forma de fazer, ainda faço as coisas como antes e tomo decisões com base em tudo menos no amor, aceitação e gratidão.

Mas a vida é um treino e quanto mais me foco em crescer a cada dia que passa, mais fácil tudo se torna.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Rodion Kutsaev on Unsplash

Pre-ocupação – Reflexões Diárias

Tenho muito hábito de ter sempre a mente a trabalhar. Isso pode ser benéfico quando uso este constante movimento de pensamentos para criar aquilo que quero e focar-me no melhor que pode acontecer.

Mas, muitas vezes acontece exatamente o contrário. Ocupo a minha mente com coisas que não me trazem bem-estar e que me afastam dos meus objetivos.

Hoje, estava a pensar no que iria acontecer ao longo do dia. Tinha que limpar algumas coisas aqui por casa e iria comparecer a uma festa de anos.

Pensei nos horários de sair de casa, como iria ser o trajeto e o desenrolar dos acontecimentos para melhor aproveitar o tempo.

Mas, à última da hora, algo que não estava mesmo à espera aconteceu. Desde esse momento, até à resolução do “problema” houve duas alterações de planos.

Todo aquele pensar nos horários, nas tarefas, não serviu absolutamente de nada. Não impediu que imprevistos acontecessem, não me preparou para as situações que me aconteceram, nem me levou a chegar às horas previstas.

O tempo que passei a preocupar-me, podia ter passado a viver o que estava a fazer. Toda aquela tentativa de planear para aproveitar o tempo, apenas me impediu de usufruir do dia.

Se calhar não me tinha esquecido de fazer algumas coisas importantes; se calhar o dia tinha sido bem mais aproveitado.

A questão é que ocupo a minha mente com coisas que não estão a acontecer e que se calhar nunca vão acontecer.

Sofro de pre-ocupação constante, uma prisão que me “rouba” a vida. E o problema é que sou eu que crio essa mesma prisão, cada vez que penso.

Cada vez que raciocino, cada vez que tento controlar, eu permito que a pre-ocupação invada a minha vida e transforme o paraíso num inferno.

É tão simples. Um vez de me pre-ocupar só tenho que me ocupar com aquilo que vivencio a cada momento.

Obrigado por este dia repleto de “ocupações”.

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

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