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Os pequenos momentos – 155 de 365

pequenos momentos

Lembro-me de, nas últimas horas de cada ano, tentar apreciar a última vez que fazia alguma coisa naquele ano. Tentava usufruir, estar presente, mas assim que soavam as 12 badaladas, esquecia a intenção de viver o momento e voltava tudo ao mesmo.

Pensava que um dia ia acontecer algo tão arrebatador que ia mudar a minha vida e iria tudo fazer sentido. Estava convicta que isso iria coincidir com o momento em que encontrasse o amor da minha vida ou então quando concluísse um curso superior, ou mesmo quando comprasse a casa dos meus sonhos.

Posso dizer que esse momento tão desejado chegou, mas não foi nada do que eu estava espera. Quando despertei para o facto de que todos os momentos devem ser vividos de forma intensa ( e não só aqueles que eram supostos) e que os grandes momentos eram poucos, a minha visão expandiu-se um pouco e pude ver a ilusão em que estava a viver.

Os grandes momentos que eu vivi até hoje foram poucos. Mas os pequenos momentos, cada segundo que faz parte da minha vida, cada inspiração e expiração, cada olhar, sabor, cheiro… esses são muitos e são eles que constroem maioritariamente a minha vida.

Cada momento é importante porque o que eu já vivi ninguém me pode tirar, mas o tempo que já passou e que eu não aproveitei não o posso recuperar.

Obrigado.

Ângela Barnabé

Tudo passa… – 27 de 365

Hoje pensei na duração das coisas que acontecem. Já tive diversas fases na minha vida; umas boas, outras que não me trouxeram coisas muito agradáveis. Mas tudo passou… Quando dei por isso os momentos tinham-se transformado noutros e aquilo que eu achava permanente tinha-se metamorfoseado.

Ao pensar nisso, tomei consciência da importância de aproveitar cada momento, cada aprendizagem, cada experiência.

A resistência que eu tinha ao meu passado e aos momentos que me trouxeram sofrimento, impedia-me de largar aquilo que sentia e transformar tudo aquilo numa aprendizagem e num trampolim para o crescimento.

A negação àquilo que estava acontecer impedia-me de mudar a minha postura e perpetuava o que eu estava a experienciar.

Nunca poderia imaginar estar onde estou neste momento nem a forma como chegaria até aqui hoje.

Amanhã celebro 22 anos e sinto que neste último ano estabeleci uma melhor relação comigo mesma. Trabalhei a aceitação daquilo que fui e daquilo que sou e isso libertou-me de uma grande pressão.

Provavelmente daqui a um ano estarei a ver tudo isto de uma forma diferente. Aquilo que eu considero “bom” agora no futuro poderá não ser assim tão “bom”.

A mudança acontece de uma forma tão subtil e faz que com que coisas tão notáveis aconteçam. É só deixar fluir que tudo passa!

Obrigado por este dia maravilhoso!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Colby Thomas on Unsplash

Agradecer os momentos – Reflexões Diárias

Hoje a reflexão é uma espécie de balanço e de inventário. Normalmente faço este tipo de coisas no final do mês, mas hoje, devido a ser um dia importante, decidi refletir no trajeto ao longo de um mês.

O dia de hoje é um dia importante, talvez por representar um marco no projeto que eu estou a desenvolver. Se analisar bem todos os dias até hoje, posso facilmente ver que cada segundo, cada acontecimento, pensamento e ação foram cruciais para chegar onde estou hoje.

Há um mês atrás, nunca pensei ser a pessoa que sou hoje. Não por não querer ser, mas talvez por achar que não conseguia.

Projetava uma imagem para mim mesma, mas na hora da verdade, optava por ser a Ângela do costume. Ao invés de desafiar os limites que impus a mim mesma e tornar-me um pouco mais na pessoa que queria ser, não passava à ação, não decidia ser uma pessoa diferente.

Para que haja mudança tem que haver aceitação. Eu sei que tenho que me aceitar independentemente daquilo que sou, mas quando falo em ser uma pessoa diferente, refiro-me ao facto de ter a oportunidade de me libertar de limitações e não aproveita-las continuando a deixar limitar-me.

Mas hoje, tomei consciência que todos estes pequenos momentos, sejam os momentos de dúvida ou de confiança; as decisões com base no medo ou com base no amor; a escolha de me deixar limitar ou me deixar expandir; tudo isso formou a base para ser o que sou hoje.

Aquilo que sei, ou melhor, aquilo que falo com base na experiência só é possível devido a toda essa aprendizagem.

Se eu mudasse um segundo que fosse, não estaria aqui neste momento.

E este momento não é tão perfeito? Tenho tudo o que preciso, sinto-me bem comigo mesma, estou a fazer aquilo que gosto e gosto daquilo que faço…

Então porque não agradecer a todos aqueles momentos em que tudo estava no caos, mas que ainda assim depois da tempestade, veio a bonança?

Obrigado por este dia repleto de gratidão!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Ales Krivec

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