Se tudo acontecesse exatamente como eu queria que acontecesse, a vida não seria tão perfeita como é. O meu julgamento e as minhas crenças limitam-me, enquanto que a aceitação permite que tudo flua da melhor maneira. Tudo o que acontece é aquilo que eu preciso!
Quando iniciei o meu processo de mudança há 8 anos atrás pensei que ia chegar uma altura da minha vida em que toda a transformação ficava concluída e que eu iria poder aproveitar o resultado de toda a minha caminhada.
Era mais ou menos como trabalhar toda a vida para depois aproveitar a reforma; a busca pela estabilidade estava ainda a funcionar dentro da minha mente.
Aos poucos fui percebendo que à medida que ia identificando conceitos limitantes e os substituía por algo mais saudável, continuavam a surgir mais coisas para mudar. Isso ia contra aquilo que eu tinha planeado! A minha ideia era que as situações para trabalhar diminuíssem e não o contrário.
Aí “caiu-me” a ficha. A mudança não é um processo que estagna, tal como o nome indica. É algo sempre em movimento.
Quanto mais evoluo e mais expando a consciência, mais aspetos limitantes são trazidos à minha atenção, pois aquilo que está escondido vem à luz e permite que eu veja aquilo que ainda preciso melhorar.
O que é realmente importante em tudo, e neste caso, no processo de mudança não é o resultado do caminho, mas os passos que dou todos os dias.
Tem sido uma caminhada bastante produtiva e cada vez mais me sinto em sintonia com a vida. Cá estarei para partilhar o que vou vivendo e aprendendo!
Não serve de nada afirmar que quero mudar e ao mesmo tempo resistir quando a mudança surge. A vida naturalmente encaminha-me para aquilo que eu preciso e eu só tenho que estar aberta às infinitas possibilidades e não me deixar boicotar as oportunidades que me são apresentadas.
Nos últimos dias, tenho feito algumas viagens ao passado. Viagens essas com o intuito de libertar mágoas, ressentimentos e outras coisas que me ancoram e me impedem de seguir em frente e criar uma realidade livre de mal-estar.
Isso fez-me voltar a sentir coisas que tinha guardado cá no fundo, pois o simples facto de pensar nelas doía-me e provocava-me tal desconforto que eu só queria que desaparecessem da minha memória.
E aparentemente foi isso que aconteceu; eu não me lembrava da maior parte das coisas que surgiram na minha mente nos últimos dias, mas a verdade é que tudo isso estava a rodar em plano de fundo, interferindo com as minhas decisões e com a forma como me sinto.
Voltei à minha adolescência. E isso fez-me voltar a sentir algo que esteve muito presente nessa altura: o não gostar de mim.
Eu sentia uma grande impotência em relação a esta situação. Quanto mais eu queria que gostassem de mim, menos isso acontecia. E se eventualmente alguém demonstrasse algum tipo de apreciação em relação a mim, eu sentia-me mal porque não me sentia merecedora.
Não havia forma de mudar a situação, pensava eu. Mas hoje sei que há.
Tenho que mudar a forma como me vejo a mim mesma. Abandonar todo o tipo de pensamentos negativos em relação a mim ( e à vida), libertar-me daquilo que me provoca sofrimento, como os ressentimentos e mágoas, e focar-me apenas na beleza da vida e da pessoa que sou.
Quando faço isso, nasce uma nova versão de mim mesma. Uma “Ângela” que se sente bem consigo, com a vida e com os que a rodeiam. Uma “Ângela” que permite que a vida flua. Uma “Ângela” que escolhe o bem estar em vez do mal-estar.
Ela está lá sempre à espera. Basta escolher que seja ela a personagem principal.
Neste dia, há quatro anos, escrevia eu o primeiro de muitos textos, onde escolhi partilhar aquilo que ia sentindo e aquilo que ia aprendendo no meu dia-a-dia.
Foi um momento muito importante, tão importante que todos os anos me lembro dessa decisão e do motivo por trás dela.
Nesse dia tinha chegado à conclusão que não era só necessário escrever ou partilhar com o mundo quando me sentia bem; também era importante fazê-lo quando me sentia mal.
Não com o intuito de fazer do mundo o meu caixote do lixo e colocar as minhas lamentações, raivas ou aquilo que me incomodava, mas sim para pôr à luz aquilo que me trazia para a escuridão e quem sabe ajudar, com a minha partilha, aqueles que se identificavam com a minha situação.
Pode parecer estranho, mas a verdade é que ao ler os primeiros textos que escrevi, parece que nem fui eu a escrevê-los, parece que foi uma pessoa diferente. E na verdade foi. Desde esse dia, fui-me transformando numa nova pessoa, fui libertando medos e inseguranças e aos poucos tenho-me permitido entregar mais à vida.
Às vezes até fico surpreendida pela quantidade de coisas que neste momento faço e que anteriormente pareciam impossíveis e inalcançáveis.
Não porque não tivesse as oportunidades e ferramentas para as realizar, mas sim porque a visão que eu tinha de mim mesma não encaixava naquilo que eu queria alcançar. Eu própria boicotava aquilo que mais desejava porque simplesmente não me via capaz de o fazer.
Foi uma das melhores decisões da minha vida escrever aquele primeiro artigo de reflexão. Foi o início de uma grande mudança!
Hoje ainda continuo a fazer um caminho de mudança e quanto mais mudo e quanto mais crenças limpo, mais descubro aquilo que é necessário limpar.
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