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Esconder é aprisionar- Reflexões Diárias

Desde que comecei a escrever estas reflexões diárias que me apercebi que esconder as minhas limitações e os meus medos, inseguranças e dúvidas é aprisioná-los dentro de mim.

Antes pensava que ignorar ou fingir que não estava a sentir medo, ou que tentar camuflar a insegurança era uma forma boa de lidar com esta situação.

Pensava que isso não interferia na minha vida, porque era algo que estava lá escondido. Mas a verdade é que era isso que criava todos os meus resultados.

Podia “esconder” dos outros, ou achar que escondia, porque a maior parte das vezes era bem visível na minha postura.

Mas não escondia de mim mesma. Eu sabia que estava insegura, eu sabia que tinha aquela limitação.

Então comecei a falar e a escrever sobre aquilo que realmente sentia, ainda que isso me fosse desconfortável.

Na maioria das vezes era estranho partilhar com o mundo coisas que eu considerava tão íntimas, coisas que passei tanto tempo a esconder.

Surgiram outros medos: será que vão gostar de mim sabendo tudo isto? Será que me vão levar a sério?

A reação dos outros não teve nada a ver com o que eu esperava. Não me senti julgada nem criticada.

Mas ainda que sentisse julgamento da parte dos outros, eu começava a sentir-me cada vez melhor comigo mesma.

A energia que gastava a esconder podia ser utilizada para libertar e para partilhar. Para me libertar da prisão que eu própria criei e para partilhar mais de mim.

Sei que ter medo e insegurança não é benéfico para a minha vida, pois isso demonstra falta de confiança. Mas esconder isso não resolve nada e ainda agrava o problema.

Partilhar isso permite descobrir cada vez mais sobre mim e saber que independentemente do que possa acontecer sou honesta para com os outros e principalmente para comigo.

Obrigado por este dia repleto de partilhas!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

<a style="background-color:black;color:white;text-decoration:none;padding:4px 6px;font-family:-apple-system, BlinkMacSystemFont, "San Francisco", "Helvetica Neue", Helvetica, Ubuntu, Roboto, Noto, "Segoe UI", Arial, sans-serif;font-size:12px;font-weight:bold;line-height:1.2;display:inline-block;border-radius:3px;" href="https://unsplash.com/@aaronburden?utm_medium=referral&utm_campaign=photographer-credit&utm_content=creditBadge" target="_blank" rel="noopener noreferrer" title="Foto original por Aaron Burden"><span style="display:inline-block;padding:2px 3px;"><svg xmlns="http://www.w3.org/2000/svg" style="height:12px;width:auto;position:relative;vertical-align:middle;top:-1px;fill:white;" viewBox="0 0 32 32"><title></title><path d="M20.8 18.1c0 2.7-2.2 4.8-4.8 4.8s-4.8-2.1-4.8-4.8c0-2.7 2.2-4.8 4.8-4.8 2.7.1 4.8 2.2 4.8 4.8zm11.2-7.4v14.9c0 2.3-1.9 4.3-4.3 4.3h-23.4c-2.4 0-4.3-1.9-4.3-4.3v-15c0-2.3 1.9-4.3 4.3-4.3h3.7l.8-2.3c.4-1.1 1.7-2 2.9-2h8.6c1.2 0 2.5.9 2.9 2l.8 2.4h3.7c2.4 0 4.3 1.9 4.3 4.3zm-8.6 7.5c0-4.1-3.3-7.5-7.5-7.5-4.1 0-7.5 3.4-7.5 7.5s3.3 7.5 7.5 7.5c4.2-.1 7.5-3.4 7.5-7.5z"></path></svg></span><span style="display:inline-block;padding:2px 3px;">Aaron Burden</span></a>

Libertar os pensamentos – Reflexões Diárias

Hoje quando acordei, fui “presenteada” com um pensamento que mexeu um pouco comigo. Este pensamento, por vir a provocar  dúvida, medo e insegurança, era altamente venenoso e eu corria o risco de apagar novamente a chama dos sonhos e objetivos.

Normalmente, quando me surgem esse tipo de pensamentos, ao invés de os partilhar, tento resolvê-los eu, batalhando esses pensamentos “negativos” com pensamentos “positivos”. No fundo, enganando-me a mim mesma, achando que assim vou resolver o problema.

Tentar deixar o pensamento ir é possível se não o agarrar, mas depois de agarrado, para mim é muito difícil largá-lo. Parece uma notificação pendente que de vez em quando aparece, incomodando-me até eu não aguentar mais..

Mas, hoje, resolvi fazer diferente. Perante a situação em que me encontro ( o início de um projeto), se quero de facto levar avante esta ideia, não me posso dar ao luxo de contaminar a minha mente com qualquer pensamento.

Então fui partilhar com aqueles que me rodeavam aquilo que estava a pensar e sentir. No fundo, aquele pensamento era uma semente de erva daninha, daquelas que se alimentam das outras plantas e as sugam de toda a vida. E eu ia deixá-la cair no jardim, onde estão agora a germinar as sementes dos meus sonhos.

É “normal”, pelo menos dentro do sistema vigente, ter pensamentos de medo e insegurança. O que não é normal é eu dar-lhes atenção e deixe que eles cresçam.

Não posso impedir que os pensamentos cheguem; nem posso escolher quais deles vêm ter comigo; mas posso escolher não alimentá-los. Posso escolher observá-los e deixá-los ir. Não posso mudar os pensamentos, nem substituí-los, porque tanto um pensamento “negativo” quanto um “positivo” têm a mesma origem, e esta de certeza que não é a intuição.

O racionalizar, ao contrário, do que eu pensava não resolve nada. Pensar dá-nos a impressão que resolvemos um problema, enquanto criamos um ainda maior.

Obrigado por estes desafios que me “obrigam” a crescer.

Até amanhã.

Ângela Barnabé 

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