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Estar atenta àquilo que penso – 16 de 365

Estar atenta àquilo que penso

A mente pode ser a minha melhor amiga. Se ela estiver parada ou focada naquilo que interessa, ajudar-me-á a navegar na vida de uma forma fluída. Mas, se pelo contrário, estiver ocupada com aquilo que não interessa, as coisas podem tornar-se complicadas.

Antes eu pensava que a vida era complicada. Que eram só problemas para resolver e que o tempo de paz era pouco. Só alguns sortudos podiam usufruir de uma vida calma e plena, porque desde o nascimento tinham sido abençoados.

Agora, olhando para trás só tenho vontade de rir pelo meu vitimismo em relação à vida. Alimentava pensamentos que me causavam ansiedade, resistia a tudo aquilo que acontecia, não agradecia aquilo que tinha e a responsável por toda a minha situação era a vida?

As coisas são aquilo que eu faço delas. O que aparentemente é caos pode tornar-se numa bênção. Tudo depende de mim.

Para isso tenho que estar atenta àquilo que penso. Se ainda não consigo ter a mente quieta (o que seria o ideal) tenho que me concentrar naquilo que quero materializar.

Quero viver num mundo calmo e amoroso? Os meus pensamentos devem estar direcionados para isso. Quero ter uma boa-autoestima? Deve ser esse o foco daquilo que eu penso.

Por muito difícil que isto possa parecer, uma vez que me condicionei para me focar naquilo que não interessa, a verdade é que é uma questão de treino.

E este treino torna-se cada vez mais urgente, porque a consciência de que sou eu quem cria aquilo que vai acontecendo na minha vida e que é  minha postura que influencia o resultado de cada situação é cada vez maior, e fica cada vez mais presente a responsabilidade de ser alguém melhor para criar um mundo melhor.

A vida torna-se diferente quando eu me responsabilizo e quando eu, independentemente daquilo que possa parecer, confio no fluxo da vida e dos seus acontecimentos.

Grata por este dia repleto de motivos para estar grata,

Ângela Barnabé

Alimentar o bem-estar – 141 de 365

alimentar

Não sei de onde veio este comportamento. O que é certo é que eu passo muito tempo alimentando aquilo que me faz sentir mal.

No fundo, não procuro ativamente estar mal, mas existem pequenos acontecimentos que despoletam o mal-estar e em vez de naturalmente deixar ir e focar-me noutra coisa, tenho a tendência para os alimentar.

Esta tendência é uma das maiores limitações que eu identifiquei em mim, pois parece que independentemente do que esteja a acontecer, uma parte de mim quererá sempre o que há de pior.

Como descrevi anteriormente não sei de onde isto veio e sinceramente não estou há procura de o descobrir. O que me interessa mesmo é libertar-me disto.

Como? – perguntam vocês e pergunto-me eu muitas vezes.

Desligando a mente e deixando de me identificar com esses estados.

Ainda dou por mim sendo irritadiça e reativa. Identifico-me com isso. E quando acontece algo que despoleta isso em mim a tendência é deixar-me envolver.

Mas isso não sou eu. Isso é um padrão, um gatilho que eu criei e que alimento.

Hoje estive atenta a tudo isto (ontem à noite tomei consciência deste comportamento). Passei por diversas situações que mexeram comigo, mas em vez de agir como antes, escolhi desligar-me de todas as emoções que representam mal-estar e sofrimento.

Estou a escrever este texto e posso dizer-vos que o dia fluiu de uma forma bem diferente. Não aconteceu algo mágico que desligou todo o aparato mental, mas a cada momento fui me sentindo mais presente e principalmente melhor comigo mesma.

Alimentei o bem-estar e estou bem melhor.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Leo Sammarco on Unsplash

Entregar-me à vida – 140 de 365

entregar-me

Eu sei que já escrevi imensas vezes sobre confiar e entregar-me à vida, mas nunca é demais relembrar-me do quanto eu me impeço de viver.

É nas pequenas coisas, nos pequenos momentos que me apercebo que muitas vezes, com medo não sei do quê, deixo que as coisas passem ao lado e evito passar por determinadas situações.

Para crescer há que aprender a lidar com as emoções, com os pensamentos e com tudo o que está relacionado com o dia-a-dia. E para aprender é preciso fazer e principalmente estar aberta àquilo que a vida me traz.

Não tenho que passar por situações desagradáveis para aprender; posso basear-me na  experiência dos outros. Mas para isso não posso resistir, pois quando o faço a bolha que me rodeia fica mais espessa e apenas consigo ver aquilo que me “apetece”.

O principal, muitas vezes, é sair do meu próprio caminho e entregar-me à vida.

Pensar, controlar e resistir são “hábitos” que tenho que perder e quanto mais me permito viver em alegria, mais fácil é transformar tudo o que acontece naquilo que preciso.

A vida sabe o que faz e se eu fizer aquilo que tenho que fazer de certeza que tudo acontecerá da melhor forma. Basta fazer e largar.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Papaver rhoeas on Unsplash

Seja feita a vontade do todo – 138 de 365

vontade do todo

A minha ansiedade sempre foi causada pela falta de confiança na vida. Desde que comecei a ver a vida de uma outra maneira que me foi dito que o melhor era deixar que fosse feita a vontade do todo.

Mas eu não queria. Não porque não achasse que fosse o melhor, mas porque a vontade do todo poderia não ser a minha vontade e aí as coisas iriam sair do meu controlo.

É incrível que mesmo vendo que o tentar controlar me levava sempre a mais ansiedade e que me impedia de experienciar a vida na sua essência, eu acabava sempre por impedir que as coisas fluíssem.

Hoje ainda me deparo com momentos em que tento controlar, mas cada vez mais vou perdendo esta tendência. Seria bastante estúpido se não o fizesse, pois manter algo que apenas me prejudica é andar atrás de estar mal.

Basta um pequeno pensamento para alterar todo o estado de espírito. Ainda que eu não consiga definir que tipo de pensamentos aparecem na minha mente, quem decide os que são alimentados sou eu.

Enquanto não consigo alcançar uma mente calma e sossegada, vou dando mais atenção àqueles pensamentos que me transportam para um estado de harmonia com a vida.

Que seja feita a vontade do todo.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Holger Link on Unsplash

Fazer e largar – 135 de 365

fazer e largar

Uma mente sempre a trabalhar nem sempre é um bom sinal. Na maior parte das vezes a mente está a trabalhar tentando perceber e controlar a forma como os acontecimentos se desenrolam.

Há que fazer e largar, mas às vezes eu faço e tento controlar, em vez de deixar que o fluxo e processo da vida desempenhe o seu papel.

Tenho a certeza que não recebo muitas das coisas que vou “pedindo”, porque, no meio do turbilhão de pensamentos, perco o foco, questiono se isso é bom para mim, meço qual será a melhor altura para que isso se materialize na minha vida…

No final, ou já desisti daquilo que quero ou então estou tão envolta na minha bolha de questionamento que não me apercebo que aquilo que quero está mesmo ali, sem que eu o valorize.

É bastante interessante ver que sou eu que impeço que as coisas aconteçam e isso é causado por querer fazer aquilo que não me compete e por não fazer aquilo que deveria.

Há tantos aspetos que me fazem viver fora do presente. E é no presente que tudo se desenrola e que posso tomar decisões conscientes.

Por muito que eu me tenha treinado para “viver” ou no passado ou no futuro, a verdade é que em cada momento posso trazer-me para o presente.

Depois é só fazer e largar que tudo acontece de forma perfeita!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Joseph Barrientos on Unsplash

 

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