by Ângela Barnabé | Out 16, 2018 | 2018
Dia 11 de setembro de 2018 fez um ano que eu comecei a escrever (quase) diariamente estas reflexões. Isso fez com que uma grande mudança ocorresse na minha vida.
Quando tomei a decisão de partilhar aquilo que ia sentindo e aquilo que ia refletindo ao longo do dia, fi-lo porque sentia que me podia ajudar a mim e porque também podia ajudar os outros.
De tudo aquilo que eu fui lendo e vendo ao longo da minha vida, o que me fez despertar para algo diferente foi a partilha de experiências. Não foi o “falar bonito” (tema da minha primeira reflexão diária), mas sim uma partilha honesta, não só daquilo que é agradável como também daquilo que é considerado menos agradável.
E foi isso que eu fiz. Partilhar todos os passos da minha viagem: aqueles que eu achava bonitos e também aqueles que eu antes preferia esconder.
É incrível olhar para trás e ver as muitas coisas que mudaram durante um ano e também tudo aquilo que vai mudando, neste momento e a cada dia que passa.
Muitas vezes escondi os meus medos, as minhas inseguranças e as minhas limitações por pensar que isso era algo do qual eu me devia “envergonhar”. Mas a verdade é que tudo isso faz parte de mim e que tudo aquilo que eu rejeito em mim é aquilo que me traz mais crescimento.
As coisas mudam e quando olho à minha volta (“com olhos de ver”) fico sempre maravilhada com a perfeição com que tudo flui.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jun 8, 2017 | Reflexões Diárias
“Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho”
Mahatma Gandhi
Todos os anos, quando soprava as velas no meu aniversário, eu desejava ser feliz. A cada ano que passava ansiava o dia em que a felicidade me ia bater à porta e em que eu me iria sentir completa.
Pensava naquele dia, no DIA, em que iria ver o mundo com aquelas cores vibrantes, com aqueles sons maravilhosos, tal como lia nos livros. E aí ia ser feliz. Mas, os dias, os meses e os anos iam passando e eu continuava infeliz.
Pensava no dia em que um relacionamento, um carro, uma prenda, qualquer coisa me viesse trazer aquilo que eu tanto ansiava.
E todos os dias, cada vez mais, eu hipotecava a minha felicidade.
Buscava, buscava, buscava e parecia que nunca encontrava. O ditado diz “quem procura encontra”, mas eu nunca parecia encontrar.
Mas será que procurava no lugar certo?
Cada vez que ia à rua e esperava que a felicidade me caísse em cima e não me apercebia que a felicidade estava dentro de mim. Que naquele preciso momento eu poderia sentir a plenitude que buscava.
Procurava no exterior, mas esquecia-me de procurar no interior.
Enquanto escrevo este texto penso que ainda não encontrei a felicidade, não porque ela não existe ou porque eu não a mereço, mas sim porque ainda não a procurei no sítio certo.
Queria dizer que sim, que já sou feliz, mas como posso dizê-lo se ainda continuo a hipotecar a minha felicidade?
Talvez um dia em vez de desejar ardentemente a minha felicidade, eu baixe os braços e deixe de resistir a ela.
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Mar 23, 2017 | Reflexões Diárias
Desde que comecei a dar formações, habituei-me a dizer que hoje em dia tudo é mais fácil. Publicar um livro, efectuar uma transferência bancária, comprar itens que precisamos…
Mas apercebi-me de uma coisa. Existe uma grande diferença entre simples e fácil.
Hoje em dia tudo é mais simples, mas as coisas não são mais fáceis.
Procurar coisas fáceis é ir atrás de fazermos o mínimo por aquilo que queremos, é querermos colher sem o trabalho de semear.
Sempre que alguém tem um objetivo arranja soluções para que consiga alcançar aquilo que almeja. Procura a forma mais simples, tendo sempre em conta que é necessário investimento para que determinada coisa aconteça.
Procurar facilidades impede o sucesso ou cria um sucesso ilusório.
Antes publicar um livro não era muito simples, mas ainda assim eram publicados livros. Hoje publicar um livro é muito simples, mas não é por isso que toda a gente publica livros. Apenas quem realmente quer aproveita essa simplicidade.
Desde a antiguidade, existem pessoas que criaram, mesmo quando não existiam as oportunidades que existem hoje.
Em vez de procurar facilidades, devemos procurar saber se realmente queremos fazer isto ou aquilo e então aí devemos seguir a maneira mais simples de alcançarmos os nossos objectivos.
Ninguém disse que era fácil, mas todos sabemos que tudo é possível.
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Abr 16, 2014 | 2018
É frequente ouvir as pessoas dizerem quem ama tem ciúmes. É estranho, porque eu pensava que quem ama tem amor. Se sentimos ciúmes significa que desconfiamos, que temos sentimentos de posse em relação à outra pessoa, que não deixamos que ela seja livre.
Mas todos estes sentimentos não são um pouco incompatíveis com o amor? Quem ama quer que a outra pessoa seja feliz e não a deve tratar como um objeto que este possui.
Então porque é tão facilmente aceitado pela sociedade o conceito de ciúmes? A resposta de muitas pessoas iria ser: desde que não sejam ciúmes excessivos é normal…
O que é isto de ciúmes excessivos? É algo que eu não percebo. Para mim ter ciúmes já é algo excessivo. Mas o que será que significa nas mentes das pessoas que aceitam os ciúmes? É isso que me “assusta”.
Para mim faz mais sentido pensar que quem ama, ama. Nada de ciúmes, desconfianças…
Apenas o puro e simples amor!
Ângela Barnabé