by Ângela Barnabé | Out 31, 2018 | 2018

Muitas vezes dou por mim a fazer as coisas com a mente no resultado. Ou seja, não aprecio o caminho que me leva ao destino final, tento manipular as coisas para que corram à minha maneira e no final deparo-me com vazio.
No outro dia ouvi alguém dizer que tudo aquilo que eu semeio será colhido. Todas as minhas ações são sementes e no momento certo terei acesso a toda a colheita.
Isso fez-me pensar nas vezes em que fiz as coisas na ânsia de colher aquilo que queria e que pensei que não iria receber nada. Aparentemente aquilo que eu fiz não teve um resultado imediato, mas será que o resultado não veio mais tarde?
Aquilo que eu estou agora a colher é resultado daquilo que eu semeei. Se por acaso os resultados não chegaram ou ainda não chegou o momento certo para os receber ou então a minha dúvida bloqueou todo o processo, impedindo que as coisas chegassem a mim.
Cada vez tenho mais a certeza que o objetivo da vida é crescer e criar.
As coisas vão aparecendo, as oportunidades são aproveitadas e o crescimento é motivado pelas ações diárias e pelos acontecimentos.
Mais importante do que pensar em quando vou receber aquilo que semeei é focar-me no que estou a semear agora, confiante que no momento certo virão os resultados.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jun 15, 2018 | 2018

Desde que comecei a partilhar a minha experiência relativamente ao que faço profissionalmente, que sou “confrontada” com a questão dos resultados.
Somos criados na cultura do instantâneo, em que se os resultados não forem praticamente imediatos, as coisas não valem a pena e parte-se à procura de algo “para ontem”.
Confesso que ver os resultados o mais depressa possível era algo que eu gostava muito ( e penso que ainda exista uma parte de mim que o prefira), mas consigo ver bem o que isso causa na minha vida.
Os resultados aparecem sempre na hora certa. Posso “bater o pé” e pensar que se algo viesse mais cedo (ou até mesmo mais tarde), mas se isso acontecesse seria um grande caos.
O que acontece muitas vezes é que estou tão focada no quando e como que não vou vendo que o que estou a colher foi semeado lá atrás e nem vou usufruindo daquilo que tenho a oportunidade de viver.
É bom finalmente colher aquela maçã que foi amadurecida na árvore. Sentir o seu aroma e deliciar-me com o seu sabor.
Mas para isso é necessário que a árvore passe por diferentes etapas, cada uma delas com a sua beleza e importância.
Se colher a maçã verde, o seu sabor será diferente.
A natureza sabe o que faz, não só para aquela maçã que desejo comer, mas também para todos os aspetos da minha vida.
Quanto mais cedo aprender essa lição, mais cedo poderei ter a capacidade para, não só comer todas as maçãs que me esperam, como também para apreciar todos os passos que permitem a sua criação.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Fev 27, 2018 | 2018

À medida que vou evoluindo vou tomando consciência da perfeição do fluxo das coisas. Com isto, vou também identificando comportamentos que vão exatamente contra essa perfeição.
Se tenho um objetivo, estar em ansiedade para o alcançar é uma grande estupidez. Estar apegada a um resultado também o é.
Eu ponho ação naquilo que quero experienciar na minha vida e não devo estar pré-ocupada com a altura em que obterei os resultados. Porque no fundo o que é que é obter um resultado? Ou melhor, será que o que realmente importa é unicamente o resultado?
Muitas vezes coloquei algo como meta e todo o percurso que me levou até lá foi muito mais importante do que o culminar de toda aquela caminhada. Outras o pôr ação num objetivo, levou-me a outro completamente diferente, muito melhor do que eu poderia imaginar.
Será que é o resultado que me traz satisfação?
Olhando para a minha vida posso ver que o que me deu mais realização foi todo o percurso que me levou ao objetivo, todo o crescimento que passei até que o resultado se materializou. Mesmo que o resultado não tivesse acontecido, toda aquela experiência tinha valido a pena.
Nas alturas em que não apreciei a viagem, o destino não preencheu o vazio e no fundo senti que não tinha tirado nenhum benefício da situação.
Quando chegarão os resultados? No fundo não importa, desde que aprecie a viagem!
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Ashley Knedler on Unsplash
by Ângela Barnabé | Nov 20, 2017 | Reflexões Diárias
Estava habituada a que o valor das coisas tivesse que ser traduzido em números. Para que algo fosse considerado valioso tinha que, de uma maneira ou de outra, ser possível contabilizar, numerar ou tocar.
O sucesso de um artigo tinha que ser traduzido em visualizações; o valor de um negócio vinha do dinheiro que ele podia trazer; a beleza vinha da escala da balança e das medidas perfeitas.
Mas ao longo deste dia refleti sobre este conceito.
Será que o verdadeiro valor das situações pode vir dos números?
Quando estou em resistência e em negação, por muito “perfeitos” que sejam os números, não consigo valorizar nada.
Eu quero ter bastante dinheiro, para desenvolver os meus sonhos e para tornar este mundo mais próspero. Mas sei que não é dinheiro que me vai trazer todo o bem-estar que procuro. Aliás, nem mesmo a realização de sonhos pode ser responsável pelo meu bem-estar.
Neste momento encontro-me um pouco dividida, ou seja, por um lado sei que os números não são importantes mas por outro ainda me deixo levar por essa perspectiva materialista.
Quando escrevo um artigo focada no impacto que possa causar, medindo isso através das visualizações, dos comentários ou das partilhas, por muitos números “bons” que possa ter nunca me sinto realmente bem.
Mas quando me foco em escrever aquilo que realmente gosto, independentemente do resultado numerário, sinto-me sempre realizada e o feedback é sempre melhor do que poderia imaginar.
Posso saber se as coisas estão realmente a resultar medindo aquilo que sinto. Se me sinto bem, nada me faltará e terei sempre aquilo que preciso. Se me sinto mal, irei viver sempre na falta e nunca encontrarei aquilo que realmente preciso.
Os números são uma ilusão. A vida é feita daquilo que usufruo. E o que usufruo não pode ser contabilizado.
Obrigado por este dia repleto de bem-estar.
Até amanhã!
Ângela Barnabé
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by Ângela Barnabé | Set 20, 2017 | Reflexões Diárias

Eu pensava que fazia a grande maioria das coisas porque gostava de as fazer. Mas apercebi-me que fazia algumas coisas com foco nos resultados, ou seja, não tinha determinada ação pela satisfação que ela me proporcionava, mas sim pela suposta realização que iria ter com o resultado.
Mas depois as coisas corriam mal. Não usufruía daquilo que fazia; mas também não me sentia realizada com os resultados. Hipotecava a minha realização no momento em que esta dependia de um resultado que ainda nem sabia se vinha, quando vinha e como vinha.
Um exemplo prático: escrever artigos para o blog.
Trabalho com blogs diariamente e responsabilizei-me por escrever artigos de forma assídua neste meu blog pessoal. Muitas vezes dou por mim a escrever os artigos com expectativa nas reações dos leitores, esperando que essas mesmas reações me deem a satisfação que procuro.
E o que acontece? Mesmo quando tenho feedback, nunca é suficiente.
Agora quando escrevo artigos pelo prazer de os escrever, quando me sinto realizada por cada palavra que digito, quando escrevo com todo o amor, as coisas fluem de forma bastante diferente.
Neste caso, independentemente dos feedbacks, das visualizações, a satisfação continua lá.
Claro que a escrita dos artigos têm algum propósito. Não escrevo por escrever. Quero partilhar aquilo que verdadeiramente sinto e penso para retirar todas as máscaras com que me fui identificando ao longo dos anos.
Objetivos e foco é diferente de expectativa ou apego aos resultados. Fazer algo com foco num objetivo não é a mesma coisa de criar expectativas num resultado.
Levantar-me cedo com o objetivo de fazer daquele dia o melhor dia da minha vida, não é a mesma coisa que criar a expectativa que o que vai acontecer me traga satisfação, plenitude e bem-estar.
Obrigado por este dia maravilhoso.
Até amanhã!
Ângela Barnabé