by Ângela Barnabé | Jan 8, 2019 | 2019
Para que em todos os momentos da minha vida eu possa usufruir daquilo que me é apresentado, tenho que me entregar àquilo que estou a viver. Não pode haver uma parte de mim que se contenha, porque isso significa que não estou a dar o meu todo e se não dou tudo, não posso esperar receber tudo.
Entregar-me à vida pressupõe que eu confie na perfeição do seu fluxo e que ao longo de todo o dia eu mantenha presente que tudo aquilo que acontece é aquilo que eu realmente preciso.
Não posso dar um passo com medo do que vai acontecer; não posso “encarar” cada situação com insegurança; não posso duvidar de mim e da minha capacidade de orientar a minha vida da melhor maneira.
Ao entregar-me à vida, deixo de ter a ilusão de controlo e passo a usufruir daquilo que acontece, sem apego ao resultado e sem julgar o que está a acontecer.
No período em que me senti pior comigo mesma foi na altura em que julgava e resistia a tudo: o que acontecia, aquilo que eu fazia em relação àquilo que acontecia, aquilo que devia ter feito…
Perdia tanto tempo nisto que deixei de ter tempo para algo que era realmente importante: viver. No meio de tanta dúvida, tanto medo e tantos pensamentos, esqueci-me que eu sou responsável pela minha realidade.
Sou eu quem decide se algo contribui para o meu crescimento ou se é motivo para entrar em negação. Sou eu quem dá poder à minha mente para se sobrepor a tudo o resto.
Nas últimas semanas tenho estado bastante atenta àquilo que vou pensando e sentindo ao longo do dia e cheguei à conclusão que 100% dos problemas e mal-estar são causados por cenários na minha cabeça.
Quando decido desligar este “mecanismo” (ou pelo menos diminuir-lhe o volume) e permito que aconteça o que é preciso, entregando-me sem dúvida à vida, maravilho-me com os resultados com que sou presenteada.
O ato de entrega é essencial para aquele bem-estar que eu sempre procurei e sempre que deixo que ele faça parte do meu dia-a-dia, tomo consciência do quão maravilhoso é deixar que tudo flua e se encaixe.
Grata por um dia repleto de coisas maravilhosas,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 6, 2019 | 2019
Quando se tem medo da vida, evitam-se situações que possam trazer consigo emoções com as quais não se quer lidar e é mais que “normal” a procura pela familiaridade.
E, apesar de eu ter em mente que é para lá da linha do conhecido que existe o espaço suficiente e necessário para crescer, ainda dou por mim focada em procurar uma sensação de estabilidade para nela basear a minha segurança.
A vida e o seu processo e fluxo têm-me mostrado que aquela sensação de segurança que muitas vezes procuro pode ser mantida sempre e que não deve depender de nada exterior. E como é que isso me tem sido mostrado?
Primeiro sou diariamente “posta à prova” por diferentes situações que me incentivam a lidar com tudo aquilo que me impede de usufruir de uma vida plena. Exemplo, fico ansiosa com o ter que fazer alguma tarefa nova? Então tenho a oportunidade de fazer coisas novas de maneira a lidar com essa ansiedade.
Estou insegura relativamente às minhas capacidades? Inúmeras situações que me fazer ter uma perspectiva diferente de mim surgem e tenho espaço para me analisar e valorizar, sendo que por vezes até sou “confrontada” com a ideia que os outros têm de mim.
E o que é que este “mexer na zona de conforto” tem a ver com a procura de familiaridade e com a criação de alternativas para isso?
A vida, com essa constante apresentação de situações, mostra-me que:
– Eu tenho a capacidade para lidar com tudo aquilo que acontece, porque para além de ser aquilo que eu preciso para o meu crescimento, as ferramentas são baseadas na transformação das limitações em bênçãos ( e isso parte da minha postura em relação a mim mesma);
– A familiaridade, o conforto e a segurança vêm da confiança na vida, no Universo, em Deus; não interessa o nome que eu lhe dê. Mas vêm sobretudo de dentro de mim, da confiança em mim própria e na postura que eu coloco.
Resumindo: a segurança vem de dentro de mim. Quanto mais me deparo com situações que “mexem” comigo e que me fazem aumentar a segurança, mais segura me sinto. Quanto mais segura me sinto, mais me sinto em casa e aquela sensação de familiaridade acompanha-me onde quer que eu vá.
A procura da familiaridade no conhecido é um engano, porque quanto mais me fecho, mais medo e insegurança sinto. Aquele “calorzinho” que a segurança me traz está dentro de mim, em qualquer momento. Basta que eu me conecte com a certeza e autoconfiança na vida e principalmente em mim.
Grata por este dia repleto de situações que me permitem ser uma pessoa cada vez mais segura,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 4, 2019 | 2019
Não é novidade para mim que a melhor forma de garantir uma vida realmente feliz e satisfatória é criando uma boa-autoestima. E porque é que eu afirmo isto?
Tudo parte de mim. Aquilo que é intrínseco em mim, é aquilo que vou projetar para o mundo que me rodeia. Se eu quero experienciar amor ao meu redor, tenho que o ter dentro de mim. A construção de uma boa autoestima é essencial para isso.
Uma postura de segurança permite que os resultados das minhas ações, bem como aquilo que me motiva a agir, seja algo que contribua para o meu crescimento. Sentir-me segura permite também que eu saiba lidar com as situações, mesmo que tudo pareça um caos, e que possa, em todos os momentos, sentir-me bem comigo mesma. Uma boa autoestima assegura essa postura de segurança.
As minhas relações são também muito influenciadas pela minha autoestima. Posso mesmo afirmar que a forma como eu me relaciono está baseada naquilo que sinto em relação a mim mesma.
Primeiro devido ao motivo explicado acima; aquilo que está ao meu redor é o reflexo de mim mesma e a forma como eu me relaciono com os outros é semelhante ou talvez mesmo igual à forma como me relaciono comigo.
Depois, porque a forma como eu me sinto dita aquilo que eu procuro. Se eu me sentir plena, completa e realizada com o que eu sou irei procurar relações que contribuam para isso, ou seja, relações de crescimento mútuo em que todas as partes envolvidas investem 100% nessa mesma relação.
Se, pelo contrário, eu sentir que o meu preenchimento vem de algo extrínseco, irei avançar para qualquer relação esperando que a outra parte complete aquilo que me falte.
Então, para além de já me sentir mal comigo mesma, procuro algo exterior que resolva um mal interior. Eu sei que não resulta e a única coisa que isso irá causar é o aumentar de um vazio existencial que eu estou a tentar preencher da maneira “errada”.
Uma relação genuína vem da entrega total. Vem da aceitação, do deixar cair máscaras e de um amor incondicional que vem de dentro.
Uma boa autoestima vai criar esse amor “cá dentro”. Amor por mim mesma, que me não só permitir distribuir todo esse sentimento por tudo o que me rodeia, como também apenas procurar aquilo que o pode alimentar e não aquilo que o cria ou que o “destrói”.
Grata por este dia no caminho na construção de uma boa autoestima,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Nov 21, 2018 | 2018
Desde que entrei na adolescência que me considerava alguém inseguro. Pequenas alterações eram o suficiente para me destabilizar e pequenas novas tarefas eram o suficiente para eu entrar em ansiedade.
Quando comecei a tomar consciência de que a segurança era algo indispensável para um vida de qualidade, comecei também a querer sentir-me segura, o que é perfeitamente natural.
Mas de onde é que vem a segurança?
Naquilo que tenho vindo a experienciar, a segurança vem principalmente da minha postura em relação à vida. A experiência que vou ganhando também vai ajudando a que eu me sinta mais segura.
A postura em relação à vida parte de mim e vem com a prática e com a expansão da consciência. A experiência vem com o fazer e praticar e com o meu crescimento pessoal.
Para que eu tenha experiência também é preciso que eu me sinta segura, porque a experiência tem a ver com aprendizagens e eu só posso dizer que aprendi quando vejo que as coisas acontecem para meu benefício (conceito normalmente associado à segurança e confiança na vida).
Isto tudo para chegar à conclusão que a segurança vem de dentro de mim e que não depende de nada exterior. Por muito que me digam que estou a fazer bem, que estou a crescer, se eu não sentir isso dentro de mim, o que os outros dizem não faz diferença nenhuma (aliás se eu estiver insegura até pode agravar a insegurança).
Posso saber o melhor processo de fazer as coisas; posso ter toda a técnica e conhecimento, mas se eu não estiver segura muito provavelmente nunca poderei ter o melhor resultado possível.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jul 5, 2018 | 2018
Durante a minha adolescência lembro-me de me sentir sempre insegura. Apesar de em criança me “atirar” de cabeça a coisas novas, à medida que fui crescendo os meus pensamentos puseram-se entre mim e aquilo que eu gostaria de experimentar.
Se pensar no que pode correr mal, consigo enunciar muitas possibilidades e da mesma forma que as enuncio, também acabo por criá-las.
Se eu confiar e se me sentir segura, consigo ver a perfeição de tudo o que acontece e fluo com a vida e com o seu processo.
Parece mais fácil seguir o padrão de sempre e trazer para o agora aquela pessoa insegura que eu era. Mas é bem mais fácil escolher neste momento sentir-me segura.
Vida não é aquela procura de estabilidade (algo a que somos incentivados desde crianças). Vida é crescimento contínuo.
É um aprender a lidar com as situações e melhorar-me a mim mesma a cada dia que passa.
Pode parecer uma tarefa enorme deixar de ser insegura para passar a ser “uma Ângela” segura. Mas é tão simples quanto decidir, em cada momento, o que quero realmente.
Quanto mais vezes escolher ir pelo caminho da falta de confiança, mais esse caminho será trilhado e quanto mais vezes escolher estar em sintonia com a vida, mais rapidamente terei a possibilidade ser alguém que se sente seguro em todos os momentos da sua vida.
Obrigado!
Ângela Barnabé