by Ângela Barnabé | Jan 1, 2019 | 2019

Não seria a primeira pessoa a dizer (e a escrever) sobre a importância da apreciação. Hoje começo um novo ciclo, este ano de 2019, e com ele inúmeras oportunidades para apreciar aquilo que me é apresentado.
Existe uma grande urgência em aprender a dar valor e a apreciar cada momento. Cada segundo que passa não volta mais. Aquilo que foi apreciado fica na memória e é uma experiência pela qual passei.
Aquilo que não foi apreciado; aquilo que foi obscurecido pelo medo, pela insegurança ou que simplesmente foi vivido em função do alcançar de um objetivo, isso é quase como se não tivesse acontecido.
Na correria do dia-a-dia parece fácil entrar-se no deixar andar e fazer tudo de forma apressada: comer, tomar banho, fazer as tarefas da casa, trabalhar… Mas se isso desempenha a maior parte do meu dia, porquê “viver” no automático?
A apreciação tem um grande valor; aliás é através dela que eu posso valorizar tudo aquilo que experiencio.
Apreciar cada ato, as pessoas, a comida, o sol, as flores, os aromas… Tanta coisa que me rodeia, que pode ser foco da minha atenção e da minha valorização…
Se eu tiver sempre em mente a apreciação de qualquer aspecto (sim, porque há sempre algo a ser apreciado e algo a dar mais atenção de toda a informação com a qual sou bombardeada todos os dias) irei com certeza criar muito mais coisas para apreciar.
Eu crio aquilo em que me foco e é aquilo que vou semeando, através dos meus pensamentos, atos e emoções, que vou colher no futuro e muitas vezes quase instantaneamente.
A forma como lido com a vida guia o caminho para onde sou levada; posso palmilhar um caminho de resistência ou posso, pelo contrário, seguir um percurso de valorização e apreciação.
Grata por este dia maravilhoso, repleto de apreciação,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Out 30, 2018 | 2018

Quando se tem uma baixa autoestima, é normal procurar-se valorização do exterior. E eu, com uma baixa autoestima, sempre senti a tendência para encontrar o meu valor naquilo que os outros pensavam de mim.
Fazia as coisas para me sentir valorizada, para agradar aos outros. Sempre que sentia que não me estavam a dar o valor que eu achava que merecia, ficava mal comigo mesma e com os outros.
Com o tempo venho aprendendo que sempre que eu me sentir valorizada com base no que os dizem, fazem ou pensam de mim, estou a criar algo com base na ilusão e não em algo que é verdadeiro.
Nada do que eu sinto acerca de mim mesma pode depender do exterior.
Se eu me sentir bem comigo mesma, se fizer as coisas com amor e se não colocar nenhuma expectativa naquilo que faço, aí poderei encontrar o meu valor.
Fazer coisas com o “olho” no resultado, neste caso, com o foco no vir a receber o valor de determinadas pessoas em determinado momento, para além de bloquear o fluxo, faz com que os meus atos não sejam genuínos.
Aliás, eu já tenho valor. A minha existência é importante para este planeta. Mas se eu perder tempo atrás de um reconhecimento exterior, irei descuidar a minha missão e estarei a desperdiçar o meu tempo em algo que, a seu tempo irá chegar.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Fev 16, 2018 | 2018

Ao pensar na minha vida, sempre me interroguei o porquê de me sentir tão mal comigo mesma durante um período de tempo tão grande.
Por me sentir tão mal comigo mesma e por procurar valorização passava o tempo a tentar chamar à atenção. Queria que reparassem em mim, que me dessem todo aquele amor que eu tanto procurava.
Em vez de tentar sentir-me bem comigo mesma e a partir dessa postura agir e relacionar-me com os outros, fazia exatamente o contrário. Colocava o meu bem-estar nas mãos dos outros e deixava que aquilo que os outros pensavam de mim interferissem no meu estado.
Nunca me sentia realizada, porque o motivo por detrás das minhas ações era uma busca por preencher um vazio interior.
Hoje por vezes ainda sinto essa tendência de fazer com que reparem em mim para que eu sinta que tenho valor.
Mas nesses momentos escolho sentir-me bem comigo mesma, em vez de procurar o bem-estar naquilo que os outros me dão.
Por muito que os outros me valorizem, por muito que confiem em mim, se eu não conseguir ver isso em mim mesma de nada vale o que os outros pensam.
Sempre tive quem me desse valor, mas sempre me senti mal com isso.
Não me sentia merecedora de nada do que eu recebesse a não ser que fosse algo “mau”.
Hoje estou a valorizar-me cada vez mais, tomando cada vez mais consciência que sou importante para o planeta e que a única forma de melhorar o mundo é honrar quem eu sou e abrir-me para todas as bênçãos que estão disponíveis para mim.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Out 14, 2014 | Histórias para refletir
Num pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era sempre consultado pelas pessoas da região.
Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se.
– Venho aqui, professor, porque sinto-me tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse:
– Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar-te. Devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois.
E fazendo uma pausa falou:
– Se tu me ajudasses, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez, possa ajudar-te.
– C… Claro, professor, gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu antigo professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse:
– Monta no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo valor possível, mas não aceites menos que uma moeda de ouro. Vai e volta com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando assim o seu professor das preocupações. Dessa forma ele poderia receber a ajuda e conselhos que tanto precisava.
Entrou na casa e disse:
– Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
– Importante o que disse, meu jovem… contestou sorridente. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volta a montar no cavalo e vai até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diz que queres vender o anel e pergunta quanto ele te dará por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o vendas… Volta aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e deu-lhe o anel para examinar.
O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o mesmo, e
disse:
– Diz ao teu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
– 58 MOEDAS DE OURO!!! – exclamou o jovem.
– Sim, replicou o joalheiro. Eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente…
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.
– Senta-te – disse o professor.
Depois de ouvir tudo o que o jovem contou-lhe, falou:
– Tu és como este anel, uma jóia valiosa e única, e que só pode ser avaliada por um “expert”. Pensavas que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E, dizendo isto, voltou a colocar o anel no dedo.
– Todos somos como esta jóia: valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Tu deves acreditar em ti mesmo. Sempre!
Autor Desconhecido