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A pressa em alcançar metas – 149 de 365

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O alcançar de metas foi sempre um momento muito desejado por mim. Aquele instante em que me apercebia que aquilo tinha finalmente aquilo que sempre quis nas minhas mãos.

Esperava sempre, que no culminar dos meus objetivos, fosse atingida por uma sensação de bem-estar que fizesse valer tudo a pena.

Mas essa sensação não chegava e em vez dela era “presenteada” com deceção e vazio interior.

O problema não eram as metas, mas sim o percurso que me levava até elas e o motivo que me fazia palmilhar esse caminho.

O principal objetivo era preencher um vazio interior e por isso, todos os passos dados em direção ao destino final eram dados com ansiedade e numa correria louca para chegar o mais depressa possível.

Não interessava o como. Interessava o quando.

Quando finalmente abri os olhos para o que fazia, senti-me mal com tanta mentira que contei a mim mesma, porque no fundo a busca incessante por chegar a algum lado tinha como principal motivo sentir-me bem com o que eu alcançasse.

Não digo que já não faça isso e que em nenhum momento da minha vida me deixe guiar por uma necessidade de me sentir completa.

Mas quanto mais tempo passo atenta a mim mesma, mais consciente fico daquilo que procuro e do motivo que me leva a fazê-lo.

Cada vez vejo mais claramente que a vida é uma viagem e que se não apreciar todos os passos dos caminhos que me levam aos meus objetivos, o final, seja ele qual for, não terá valor nenhum.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Rory Hennessey on Unsplash

Preencher o vazio… – 46 de 365

vazio

Ao pensar na minha vida, sempre me interroguei o porquê de me sentir tão mal comigo mesma durante um período de tempo tão grande.

Por me sentir tão mal comigo mesma e por procurar valorização passava o tempo a tentar chamar à atenção. Queria que reparassem em mim, que me dessem todo aquele amor que eu tanto procurava.

Em vez de tentar sentir-me bem comigo mesma e a partir dessa postura agir e relacionar-me com os outros, fazia exatamente o contrário. Colocava o meu bem-estar nas mãos dos outros e deixava que aquilo que os outros pensavam de mim interferissem no meu estado.

Nunca me sentia realizada, porque o motivo por detrás das minhas ações era uma busca por preencher um vazio interior.

Hoje por vezes ainda sinto essa tendência de fazer com que reparem em mim para que eu sinta que tenho valor.

Mas nesses momentos escolho sentir-me bem comigo mesma, em vez de procurar o bem-estar naquilo que os outros me dão.

Por muito que os outros me valorizem, por muito que confiem em mim, se eu não conseguir ver isso em mim mesma de nada vale o que os outros pensam.

Sempre tive quem me desse valor, mas sempre me senti mal com isso.

Não me sentia merecedora de nada do que eu recebesse a não ser que fosse algo “mau”.

Hoje estou a valorizar-me cada vez mais, tomando cada vez mais consciência que sou importante para o planeta e que a única forma de melhorar o mundo é honrar quem eu sou e abrir-me para todas as bênçãos que estão disponíveis para mim.

Obrigado!

Ângela Barnabé

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