Uma nova versão de mim mesma – Diários da Mudança
Nos últimos dias, tenho feito algumas viagens ao passado. Viagens essas com o intuito de libertar mágoas, ressentimentos e outras coisas que me ancoram e me impedem de seguir em frente e criar uma realidade livre de mal-estar.
Isso fez-me voltar a sentir coisas que tinha guardado cá no fundo, pois o simples facto de pensar nelas doía-me e provocava-me tal desconforto que eu só queria que desaparecessem da minha memória.
E aparentemente foi isso que aconteceu; eu não me lembrava da maior parte das coisas que surgiram na minha mente nos últimos dias, mas a verdade é que tudo isso estava a rodar em plano de fundo, interferindo com as minhas decisões e com a forma como me sinto.
Voltei à minha adolescência. E isso fez-me voltar a sentir algo que esteve muito presente nessa altura: o não gostar de mim.
Eu sentia uma grande impotência em relação a esta situação. Quanto mais eu queria que gostassem de mim, menos isso acontecia. E se eventualmente alguém demonstrasse algum tipo de apreciação em relação a mim, eu sentia-me mal porque não me sentia merecedora.
Não havia forma de mudar a situação, pensava eu. Mas hoje sei que há.
Tenho que mudar a forma como me vejo a mim mesma. Abandonar todo o tipo de pensamentos negativos em relação a mim ( e à vida), libertar-me daquilo que me provoca sofrimento, como os ressentimentos e mágoas, e focar-me apenas na beleza da vida e da pessoa que sou.
Quando faço isso, nasce uma nova versão de mim mesma. Uma “Ângela” que se sente bem consigo, com a vida e com os que a rodeiam. Uma “Ângela” que permite que a vida flua. Uma “Ângela” que escolhe o bem estar em vez do mal-estar.
Ela está lá sempre à espera. Basta escolher que seja ela a personagem principal.
Ângela Barnabé