Toda gente sabe que o tempo não volta
atrás. Cada momento desperdiçado com coisas que não nos acrescentam, é tempo
deitado fora que poderia ter sido aproveitado com algo que valha realmente a
pena.
Passar o tempo ou aproveitar o tempo são coisas bastante diferentes.
Passar o tempo é fazer por fazer, é tentar alhear-me daquilo que está a acontecer e das minhas emoções. É um grande desperdício da minha criatividade e no fundo, é sobreviver em vez de viver.
Aproveitar o tempo é usufruir de cada momento, vibrar com todas as tarefas, entregar-me à vida e àquilo que ela me apresenta.
Em muitos dias da minha vida, deixei passar
o tempo, desejosa que chegasse a hora de dormir para apagar e deixar de sentir
a insatisfação e a falta de realização que pairavam sobre mim ao longo do dia.
Hoje, as coisas mudaram. Tenho consciência que ainda não vivo o momento presente e que ainda desperdiço alguns momentos com coisas que não interessam para nada. Mas ao contrário de antes, estou mais desperta para a efemeridade da vida.
Não sei se estarei viva amanhã; aliás nem sei se estarei viva daqui a dez segundos. Então, porque não aproveitar cada inspiração, cada tarefa, cada conversa, cada oportunidade de ser feliz?
O dia é bem diferente quando o aproveito completamente, fazendo dele o melhor dia da minha vida. Existe uma abertura diferente para aquilo que está a acontecer e uma ânsia de absorver todas as oportunidades que me são trazidas.
Quando me deito todas as noites e agradeço
tudo o que aconteceu durante o dia, a sensação com que adormeço é de realização
e a sensação com que acordo é de entusiasmo para aproveitar todo o tempo que o
dia me traz.
Para que em todos os momentos da minha vida eu possa usufruir daquilo que me é apresentado, tenho que me entregar àquilo que estou a viver. Não pode haver uma parte de mim que se contenha, porque isso significa que não estou a dar o meu todo e se não dou tudo, não posso esperar receber tudo.
Entregar-me à vida pressupõe que eu confie na perfeição do seu fluxo e que ao longo de todo o dia eu mantenha presente que tudo aquilo que acontece é aquilo que eu realmente preciso.
Não posso dar um passo com medo do que vai acontecer; não posso “encarar” cada situação com insegurança; não posso duvidar de mim e da minha capacidade de orientar a minha vida da melhor maneira.
Ao entregar-me à vida, deixo de ter a ilusão de controlo e passo a usufruir daquilo que acontece, sem apego ao resultado e sem julgar o que está a acontecer.
No período em que me senti pior comigo mesma foi na altura em que julgava e resistia a tudo: o que acontecia, aquilo que eu fazia em relação àquilo que acontecia, aquilo que devia ter feito…
Perdia tanto tempo nisto que deixei de ter tempo para algo que era realmente importante: viver. No meio de tanta dúvida, tanto medo e tantos pensamentos, esqueci-me que eu sou responsável pela minha realidade.
Sou eu quem decide se algo contribui para o meu crescimento ou se é motivo para entrar em negação. Sou eu quem dá poder à minha mente para se sobrepor a tudo o resto.
Nas últimas semanas tenho estado bastante atenta àquilo que vou pensando e sentindo ao longo do dia e cheguei à conclusão que 100% dos problemas e mal-estar são causados por cenários na minha cabeça.
Quando decido desligar este “mecanismo” (ou pelo menos diminuir-lhe o volume) e permito que aconteça o que é preciso, entregando-me sem dúvida à vida, maravilho-me com os resultados com que sou presenteada.
O ato de entrega é essencial para aquele bem-estar que eu sempre procurei e sempre que deixo que ele faça parte do meu dia-a-dia, tomo consciência do quão maravilhoso é deixar que tudo flua e se encaixe.
Nos últimos tempos tenho sido “confrontada” com o facto de nada ser permanente. Isto não é novidade nenhuma para mim, mas diversos acontecimentos da minha vida fizeram-me refletir neste tema.
Coisas que tomei como certas; pessoas, situações e até mesmo objetivos saíram da minha vida com a mesma suavidade com que entraram.
Assim como escrevi na reflexão anterior, tenho notado a urgência em aproveitar tudo aquilo que estou a vivenciar.
Ninguém sabe o que irá acontecer amanhã e nem durante quanto tempo alguma coisa irá estar presente na minha vida.
As coisas que eu tenho vindo a vivenciar são excelentes e estou muito grata por tudo aquilo que tenho na minha vida.
Mas tenho plena consciência que para ir de onde estou para algo ainda melhor tenho que me desapegar e estar preparada para deixar ir.
Usufruir ao máximo de cada momento presente é crucial pois só assim aprenderei a viver o momento presente e a aproveitar cada segundo da jornada que é a vida.
Quando chegar a hora de deixar ir tenho que largar, confiante que o melhor está ali à minha espera.
Enquanto as “coisas não vão” é aproveitar daquilo que tenho, grata às oportunidades e confiante no fluxo e processo da vida.
Durante muito tempo ( e como já escrevi bastantes vezes) pensei que era o alcançar dos meus objetivos que me ia trazer o bem-estar que eu procurava.
Isso levava-me a uma busca frenética por coisas novas para “querer” porque quanto mais quisesse e alcançasse mais felicidade teria, não é?
Desprezava aquilo que me era apresentado e muitas vezes me questionei se iria alcançar aquilo que eu queria.
Mas a pergunta que me inquietava mais era acerca da minha capacidade de usufruir das coisas: será que quando tivesse aquilo que sempre queria iria ser capaz de o valorizar?
É importante sonhar, ter objetivos e um propósito. Mas isso não significa que devo desprezar o caminho para os meus objetivos ou que devo desconsiderar uma mudança no rumo da minha vida.
Para poder usufruir do que quer que eu busque para o meu futuro, é preciso aproveitar o agora.
A vida trará até mim tudo o que eu precisar, não só para os meus objetivos, como também para o meu crescimento.
Se eu confiar que tudo correrá bem (porque é isso que acontece sempre), posso viver aquilo que a vida me traz, com a certeza que é sempre o melhor para mim.
As opções que eu tive no passado foram aquelas que eu conseguia conceber. As minhas escolhas eram baseadas naquilo que eu pensava ser melhor para mim.
Hoje, as coisas estão diferentes, porque eu mudei. Vivo de forma diferente porque escolhi uma forma diferente de viver.
Nunca me perguntei o que é que eu realmente queria viver. Deixava-me andar à deriva, reclamando daquilo que eu vivia. Invejava os outros e não gostava daquilo que experienciava, mas não mudava nada.
Não posso esperar que “as coisas me caiam em cima”. A vida não requer sacrifício nem esforço, mas tem que haver alguma ação da minha parte.
E a maior parte das vezes a ação é simplesmente mudar a forma como vejo as coisas e em cada momento mudar a forma como reajo às situações.
Antes de me dirigir a algum lado tenho que saber onde me encontro.
Então pergunto “O que é que eu quero viver?”… Quero viver aquela vida cheia de entusiasmo, amor e alegria ou quero viver na indiferença?
Eu escolhi uma vida real, algo que me faz vibrar. Não é preciso nenhum esforço para a viver e podia usar tudo aquilo que tenho hoje para viver uma vida infeliz..
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