Já escrevi inúmeras vezes sobre querer fazer as coisas bem à primeira. Com o passar do tempo venho percebendo, não só o quanto isso me impede de fazer coisas que quero, como também isso alimenta a minha tendência para a rigidez.
Por exemplo, quanto mais desempenho determinada tarefa, mais fácil é fazê-lo. Começo a criar métodos de trabalho que me permitem utilizar o meu tempo da melhor forma possível. Mas às vezes o método deixa de fluir e há que mudar a forma de fazer as coisas.
Eu não gosto muito dessa parte de mudança, porque isso significa aprender de novo. Aliás, o que eu “gosto” é de naturalmente conseguir desempenhar as tarefas na perfeição, mesmo que nunca as tenha desempenhado antes.
Mas tudo faz parte do processo. Os “erros”, que eu muitas vezes quero que desapareçam, são unicamente parte de todo o processo e experiência que me faz crescer e saber fazer melhor as coisas.
O importante de uma viagem não é só o destino; é também todo o percurso. As coisas que eu já consigo fazer bem ( e muitas vezes de forma automática) não me dão a satisfação do crescimento e da mudança.
Só quando me abro ao novo e à mudança é que sou presentada com melhores e novas coisas. Então porque é que resisto a isso?
Obrigado!
Ângela Barnabé