Será que ao longo da nossa vida nós mostramos o nosso verdadeiro eu, ou nos limitamos a apresentar um conjunto infinito de máscaras?
Após fazer esta pergunta a mim mesma, cheguei à conclusão que a maior parte do tempo me limitei a representar um grande número de papéis à medida que diferentes situações me foram apresentadas.
E sempre que alguma atitude espontânea surgia , era logo coberta por outra que encaixava no papel que estava a cumprir naquele momento.
Escondia-me por trás do papel de certinha, de criança, de menina bem comportada, quando na verdade queria ser a adolescente que saia com os amigos, que era extrovertida, que de facto vivia.
Achava-me melhor do que as outras raparigas.
Passei anos e anos a enganar-me a mim própria.
Porquê?
Por que tinha medo que me julgassem, e porque se me portasse como os outros queriam talvez assim gostassem mais de mim.
Por vezes, ainda continuo a esconder-me por detrás de papeis, pois após fazê-lo tanto tempo, foi como que fazer isto se tornasse automático.
Agora estou a passar por um processo de autoconhecimento, de autodescoberta, treinando a aceitação e elevando a minha autoestima.
E todos os dias, estou a descobrir um pouco de mim que me era desconhecido.
E, só por hoje, pratico o amor-próprio e a aceitação.
Eu amo-me e aceito-me plena e completamente por quem realmente sou!
Ângela Barnabé