Sempre temi os princípios, bem como os fins. Os princípios significavam coisas novas e maioritariamente desconhecidas. Os fins significavam o encerrar do conhecido e o largar da zona de conforto.
No fundo, eu tinha medo da vida e do que ela me poderia trazer, pela minha falta de confiança no seu processo e fluxo. Tinha medo de largar o que já conhecia por aquilo que desconhecia, completamente alheia ao facto que esse processo é a essência da vida.
A vida é um constante de ciclos. Cada dia, cada hora, cada segundo representam um ciclo.
Em vez de ver as coisas como “inícios e fins”, posso escolher ver tudo como um contínuo, como uma transformação que dá lugar a outra.
Cada dia é uma oportunidade de começar de novo, claro, mas para isso há que mudar e essa mudança tem que ser feita a qualquer momento, ou melhor, não devo deixar para amanhã o começar de uma mudança.
Quando decido fazer algo de forma diferente, estou a começar um novo ciclo e estou a transformar aquilo que já não faz sentido, em algo que está mais em sintonia comigo.
Quanto mais cedo eu me libertar desta visão dualista (princípios e fins) e permitir que uma consciência de fluxo tome conta da minha vida, mais facilmente poderei lidar com todas as situações que ocorrem.
Obrigado!
Ângela Barnabé