“Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos.”
William Shakespeare
Hoje a reflexão diária vem no dia seguinte, porque ontem à noite estava mesmo a precisar de descansar. Apesar de não ter escrito ontem, foi um pensamento que me acompanhou durante grande parte do dia.
Sempre valorizei aquilo que tinha só depois de o perder. Então comecei a preocupar-me com o valorizar as coisas e tentei arranjar uma solução para este problema.
E cheguei à conclusão que para valorizar alguma coisa, tenho que me sentir bem. Tenho que aceitar aquilo que me é apresentado, agradecer cada segundo da minha vida e responsabilizar-me por tudo aquilo que tenho conhecimento.
Sabem quando identificamos um aspeto a melhorar e queremos resolvê-lo todo de uma vez? Quando queremos num clique resolver toda a nossa “vida”? Isso é possível, claro, mas nem sempre acontece. Na maior parte das vezes a mudança ocorre de forma gradual e começa quando tomamos consciência de um determinado aspeto e nos dispomos e decidimos mudá-lo.
Tem sido assim a minha mudança no que diz respeito à valorização e à gratidão daquilo que recebo na minha vida.
Cada vez mais me apercebo que não valorizo, que não usufruo aquilo que me rodeia, e ao mesmo tempo aprendo a valorizar a vida e o que ela me proporciona.
E porque é que eu não valorizo? – perguntava-me eu muitas vezes e buscava obter a resposta. Hoje sei que procurar o motivo pelo qual ajo de uma determinada maneira não me vai fazer mudar nada. Preciso apenas tomar consciência e pôr ação. Se for importante saber o motivo, ele lá virá ter comigo no momento certo.
Ângela Barnabé