Posso verificar isso em várias áreas da minha vida, aliás em todas.
É como construir uma casa. Para garantir que esta seja “saudável”, tenho que garantir que as fundações da mesma sejam adequadas à sua estrutura e ao resultado que procuro.
Posso fazer uma casa muito bonita, mas se as bases não forem bem feitas, em pouco tempo tudo se vai desmoronar e a casa não terá um grande futuro.
Na minha vida também é assim. Já construí bonitas casas, ou seja, já fiz parecer que me sentia bem, que acreditava que a vida é um fluxo, quando na verdade a base da questão, aquilo que eu realmente acreditava era completamente o contrário.
Achava que podia “contornar o sistema”, ou seja, que podia fingir algo e que a vida me ia dar o resultado com base na mentira e não com base naquilo que realmente se passava.
É verdade que posso “fingir até ser verdade”, ou seja, enquanto não torno uma determinada crença real na minha consciência, posso ir tentando que os meus atos e sentimentos correspondam a essa crença e com esse treino conseguir uma mudança.
Mas o foco deverá sempre ser a mudança e não o viver uma mentira.
Quando comecei a trabalhar na minha autoestima, comecei a dizer que me amava, mesmo sem o sentir. Era estranho dizer algo que sabia ser mentira, mas foi o primeiro passo para uma mudança.
Hoje, já consigo sentir durante alguns momentos esse amor que fingia ter; mas sei que não me amo em todos os momentos, porque ainda entro em negação à vida.
Ao falar (ou escrever) sobre aquilo que é verdade neste momento, permito não só libertar-me desses traços, mas também libertar-me das máscaras, para que aquilo que quero acreditar se torne uma verdade, em vez de um futuro distante.
Obrigado por este dia maravilhoso!
Até amanhã!
Ângela Barnabé