Mas mesmo indo atrás do que queria não me sentia satisfeita. Parecia que faltava algo em mim, apesar de estar a viver e a passar por experiências que sempre sonhei.
Então começou a surgir a dúvida: será que é isto que eu realmente quero?
Um dia “caiu-me a ficha”. Eu colocava a felicidade no alcançar de todos aqueles objetivos e não naquilo que estava a viver no momento.
Richard Simonetti disse num dos seus poemas algo como “A felicidade está onde nós a pomos; e nunca a pomos onde nós estamos” e era isso que eu fazia.
Eu queria ser feliz e pensava que para ser feliz tinha que passar por aquelas experiências, mas esquecia-me que a felicidade não é um destino, mas sim a caminhada.
Tudo o que eu quero ter na vida posso tê-lo agora. Não da maneira materialista que desejo, com a posse, com o ver para crer.
Posso escolher vibrar na frequência que pretendo experienciar, crendo para ver.
Porque tudo é uma ilusão. Essa ilusão é causada pelos meus conceitos e ideias que fui assumindo como verdade ao longo dos anos.
Mas se essa ilusão acaba por ser tão real e se sou eu que a escolho; se posso viver no medo, na dúvida e insegurança que são perceções tão reais, porque não escolher uma ilusão que me traga aquilo que eu desejo?
Afirmo que tudo é uma ilusão porque nada é o que parece. Naquelas ilusões de ótica, cada um vê algo diferente, e ninguém sabe de facto o que estará nessa imagem.
No fundo a vida é assim. Cada situação é uma ilusão de ótica. Cada um escolhe o que quer ver e traz para a sua realidade as consequências dessa visão.
O que é que eu escolho ver no mundo?
Obrigado por este dia magnífico!
Até amanhã!
Ângela Barnabé