
Uma das coisas que me tem feito repensar sobre a forma com que lido com o que me acontece é a reflexão que sou um pouco de tudo o que vivi.
E não digo isto numa “onda” de vitimização em que me sinto moldada pelas experiências e em que atribuo a responsabilidade sobre aquilo que sinto ou faço às circunstâncias em me encontro e encontrei envolvida.
É mais num tomar consciência que é a forma como lido com que acontece, seja com amor ou com medo, falta ou abundância, fluxo ou resistência, que dita como tudo se desenrola e que vai moldando a minha forma de ser.
Por exemplo, se perante uma dada situação eu escolho reagir com resistência ao que está a acontecer, para além de estar a criar sofrimento e ansiedade naquele momento, estou também a alimentar dentro de mim essa faceta.
Agora, se perante essa mesma situação eu escolho agir com amor, para além de fazer com que tudo flua, estou também a alimentar o amor dentro de mim e a permitir que esse “lado” se desenvolva.
Talvez em vez de dizer que sou um pouco de tudo o que vivi, seja mais correto dizer que hoje sou resultado de todas as escolhas que fiz ao longo da minha vida. Escolhas em relação à forma como agi, como me relacionei e como me vi.
E como tudo é uma escolha e estou sempre a tempo de escolher mudar, se aquilo que sou hoje não está em sintonia com o que quero ser a partir de hoje, posso sempre escolher reciclar-me e mudar.
Ângela Barnabé


