by Ângela Barnabé | Mai 19, 2018 | 2018

No passado eu abdiquei de algumas coisas com medo do que os outros pudessem pensar. Não fui atrás daquilo que queria com medo de ser julgada e moldei-me à imagem que os outros tinham de mim.
Ou será que a verdade é outra? Será que o que me motivou foi a opinião dos outros ou foi o medo?
É certo que vivendo numa sociedade muitas vezes somos influenciados por aquilo que deve ou não ser norma e que a imagem que buscamos é relativa àquilo que nos é passado como normal.
Mas chega a um momento em que tomamos consciência da ilusão em que vivemos.
Pelo menos no meu caso foi isso que aconteceu. Andei atrás de um ideal que me foi “vendido”, na esperança de ser feliz. Mas eu sabia que tudo isso era mentira. Bastava olhar para aqueles que me rodeavam.
Mas mesmo sabendo isso, eu ainda queria pertencer, queria fazer parte. Então continuava a seguir um padrão que eu própria impunha, usando a desculpa que os outros é que queriam que eu fosse assim.
Achei que era um ato de coragem escolher algo diferente, algo que estivesse mais em sintonia comigo. Mas era apenas uma ação inteligente.
O que é que é melhor: viver enganada e ao sabor daquilo que os outros querem ou largar aquilo que me é conhecido e finalmente sentir a felicidade que procurava?
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Vashishtha Jogi on Unsplash
by Ângela Barnabé | Mai 17, 2018 | 2018

Desde pequenos que nos é passada a ideia de que não somos completos e de que a vida é uma constante busca por preencher um vazio.
Seja um relacionamento, uma carreira de sucesso; existe uma constante pressão para alcançar o topo, como se isso fosse a única coisa que importasse.
Se isso não acontecer, se não formos os melhores ou os mais bonitos, existe sempre aquela sensação que falta algo.
E falta algo sim… Mas não é nada que o exterior nos possa trazer.
Todos nós já somos completos e perfeitos e a vida não é uma frenética busca pelo topo, nem pelo destino.
Vida é apreciar o momento e crescer com as situações. É reconhecer o nosso valor e o valor dos outros e juntos, cada um com o seu percurso individual, fazermos o mundo um lugar cada vez melhor.
Só aquilo que se alcança estando bem pode trazer mais bem-estar. Já fiz muitas coisas boas, mas sempre com intenção de me preencher e elas apenas me trouxeram mais vazio.
Mas também já fiz coisas “insignificantes” sentindo-me bem comigo mesma que me trouxeram mais coisas do que eu poderia imaginar.
As coisas acontecem do interior para o exterior. O exterior é o reflexo do interior.
A melhor maneira de saber se aquilo que eu faço é algo de sucesso é estar atenta àquilo que sinto antes, durante e depois de o fazer.
Não há nada melhor que terminar o dia sentindo-me bem com tudo o que aconteceu, ainda que nada tenha corrido como esperado. Sentindo-me bem com a pessoa que sou e sempre, sempre aberta à mudança e a melhorar a cada dia que passa.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Irina Kostenich on Unsplash
by Ângela Barnabé | Mai 16, 2018 | 2018

Uma mente sempre a trabalhar nem sempre é um bom sinal. Na maior parte das vezes a mente está a trabalhar tentando perceber e controlar a forma como os acontecimentos se desenrolam.
Há que fazer e largar, mas às vezes eu faço e tento controlar, em vez de deixar que o fluxo e processo da vida desempenhe o seu papel.
Tenho a certeza que não recebo muitas das coisas que vou “pedindo”, porque, no meio do turbilhão de pensamentos, perco o foco, questiono se isso é bom para mim, meço qual será a melhor altura para que isso se materialize na minha vida…
No final, ou já desisti daquilo que quero ou então estou tão envolta na minha bolha de questionamento que não me apercebo que aquilo que quero está mesmo ali, sem que eu o valorize.
É bastante interessante ver que sou eu que impeço que as coisas aconteçam e isso é causado por querer fazer aquilo que não me compete e por não fazer aquilo que deveria.
Há tantos aspetos que me fazem viver fora do presente. E é no presente que tudo se desenrola e que posso tomar decisões conscientes.
Por muito que eu me tenha treinado para “viver” ou no passado ou no futuro, a verdade é que em cada momento posso trazer-me para o presente.
Depois é só fazer e largar que tudo acontece de forma perfeita!
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Joseph Barrientos on Unsplash
by Ângela Barnabé | Mai 15, 2018 | 2018

Hoje refleti sobre o quanto eu deixei que o medo e a insegurança limitassem a minha vida.
Eu deixei de falar em público, por exemplo, porque, pensava eu, as atitudes que outras pessoas tiveram em relação a mim me deixaram desmotivada e por isso era preferível ficar calada.
Mas, lembrei-me de um episódio da minha vida em que fui convidada a falar sobre um tema em frente a algumas pessoas e misteriosamente fiquei rouca e não podia sequer dizer uma frase. Recordo-me de me sentir aliviada por não poder falar e de sentir que de uma certa maneira, fui eu que provoquei a minha rouquidão.
O convite para falar foi-me feito porque viram o meu potencial e eu aceitei-o porque era algo que eu gostava de fazer.
Mas deixei o medo entrar. Comecei a pensar naquilo que poderia correr mal e no meio de tanta coisa preferi não passar pela situação, nem trabalhar o meu medo e a minha insegurança.
Achava que isso tinha sido um episódio isolado, mas a verdade é que foi um inicio de um ciclo. Quanto mais deixei de fazer, mais medo fui tendo.
É essencial trabalhar o medo e a insegurança, quando me deparo com eles, ainda que isso me seja desconfortável.
Há que agir apesar do medo, porque senão, mais cedo ou mais tarde, o único motivo das minhas ações será o medo e não a vontade e a alegria de viver.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Dawid Zawiła on Unsplash
by Ângela Barnabé | Mai 13, 2018 | 2018

Aqui estou eu mais uma vez (uma de tantas outras) a escrever sobre confiar na vida.
É tão simples confiar na vida e deixar que tudo corra pelo melhor. A vida torna-se tão mais fluída e agradável e tenho muito mais tempo para usufruir de todas as bênçãos que me são trazidas diariamente.
Mas, na maior parte das vezes, ajo segundo a minha cabeça, ou seja, acho que de todas as possibilidades existentes, eu, com uma visão limitada, sei qual é a melhor e ainda mais; sei a melhor forma de as coisas virem até mim.
Cada vez tomo mais consciência da estupidez que é agir assim e principalmente começo a prestar mais atenção ao tempo que eu perco a pensar e no pouco tempo que eu passo a viver.
Há tanto em que me focar; tanta beleza, tantos sonhos, tantos projetos….
A vida é para ser vivida e não para ser controlada…
A cada dia que passa agradeço mais as pessoas que me rodeiam, os presentes que a vida me traz e aceito mais aquilo que eu sou.
Tudo é tão simples e muitas vezes dou por mim a rir-me da forma como complico tudo e faço “tempestades em copos de água”!
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Raymond Lee on Unsplash
by Ângela Barnabé | Mai 13, 2018 | 2018

Acho que já escrevi uma reflexão com este mesmo título, mas nunca é demais relembrar-me de que tudo, mas tudo acontece no momento certo.
Muitas vezes penso nos “comos” e “porquês” vivendo na ilusão de que tenho de alguma forma controlo sobre o que vai acontecer.
Mas não tenho. E ainda bem.
Eu estou aqui, neste planeta, para usufruir e para crescer. Para ser alguém cada vez melhor e para deixar o mundo melhor.
Mas isso só é possível se eu estiver bem. Controlar ou manipular para que as coisas corram à minha maneira não é estar bem.
É não confiar. É achar que eu é que sei.
Aos poucos vou confiando mais e controlando menos. Vou aceitando mais e resistindo menos. Vou vivendo mais e sobrevivendo menos.
Fico todos os dias surpreendida pelo maravilhoso fluxo e processo da vida e ao mesmo tempo surpreendida pela estupidez que é não confiar.
Nada me faltou até hoje e mesmo nos momentos em que “embirrei” com uma verdade ou com uma maneira de fazer as coisas, fui sempre encaminhada para o melhor resultado possível dentro da minha realidade.
Imaginem se eu deixasse as coisas fluir sempre… Seriam resultados ainda melhores…
É só treinar para isso!
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Mathilda Khoo on Unsplash