De nada serve ter conhecimento se este não é posto em prática. Por muito que eu saiba que é confiando na vida que tudo flui, por muito que eu leia sobre como e porquê confiar, se na “hora da verdade” eu não aplicar aquilo que sei, não estarei a trazer nenhum benefício para a minha vida.
Aliás, se eu não ponho em prática aquilo
que sei, o mais provável é que me deixe levar pela culpa de saber e não fazer e
que em alguns casos me automanipule, para fazer aquilo que quero em vez daquilo
que precisa ser feito.
Hoje em dia, com a Internet e com toda a informação que temos ao nosso dispor, é fácil distrairmo-nos e deixarmo-nos levar por coisas que nos fazem andar em círculos, em vez de andar para a frente.
É preciso ter consciência que é importante
manter-me focada naquilo que quero e agir de forma coerente com isso. Preciso
passar por um processo, é claro, que me permitirá agir sempre em harmonia com a
vida e com o seu fluxo.
Muitas das coisas que apenas sei, vão aos poucos se transformando em experiência e em constantes na minha vida. Por exemplo, ainda não confio plenamente na vida, mas sei que esse é o caminho a seguir. Quanto mais ponho em prática isso, mais isso faz parte da minha realidade e passa a ser parte de mim.
Quando dou por mim à procura de algo,
pergunto-me se isso me irá acrescentar alguma coisa ou se será mais uma forma
de fugir aquilo que eu sei que tem que ser feito.
O tempo que passo na busca de fazer bem feito, na procura da maneira perfeita de “viver”, estou a perder aquilo que realmente importa: pôr-me ao caminho e aprender com todas as oportunidades que me surgem. A vida está sempre pronta a ensinar-me e a ver-me por em prática aquilo que aprendo, fazendo.
Toda gente sabe que o tempo não volta
atrás. Cada momento desperdiçado com coisas que não nos acrescentam, é tempo
deitado fora que poderia ter sido aproveitado com algo que valha realmente a
pena.
Passar o tempo ou aproveitar o tempo são coisas bastante diferentes.
Passar o tempo é fazer por fazer, é tentar alhear-me daquilo que está a acontecer e das minhas emoções. É um grande desperdício da minha criatividade e no fundo, é sobreviver em vez de viver.
Aproveitar o tempo é usufruir de cada momento, vibrar com todas as tarefas, entregar-me à vida e àquilo que ela me apresenta.
Em muitos dias da minha vida, deixei passar
o tempo, desejosa que chegasse a hora de dormir para apagar e deixar de sentir
a insatisfação e a falta de realização que pairavam sobre mim ao longo do dia.
Hoje, as coisas mudaram. Tenho consciência que ainda não vivo o momento presente e que ainda desperdiço alguns momentos com coisas que não interessam para nada. Mas ao contrário de antes, estou mais desperta para a efemeridade da vida.
Não sei se estarei viva amanhã; aliás nem sei se estarei viva daqui a dez segundos. Então, porque não aproveitar cada inspiração, cada tarefa, cada conversa, cada oportunidade de ser feliz?
O dia é bem diferente quando o aproveito completamente, fazendo dele o melhor dia da minha vida. Existe uma abertura diferente para aquilo que está a acontecer e uma ânsia de absorver todas as oportunidades que me são trazidas.
Quando me deito todas as noites e agradeço
tudo o que aconteceu durante o dia, a sensação com que adormeço é de realização
e a sensação com que acordo é de entusiasmo para aproveitar todo o tempo que o
dia me traz.
Fevereiro é o mês mais curto do ano, mas isso não significa que não seja tão rico em aprendizagens como os restantes. Estas são três das muitas lições que a vida me trouxe nestes 29 dias:
O perfecionismo é consequência de uma baixa autoestima: apesar de muitas vezes ter tido “sinais” de que eu era perfecionista, demorei algum tempo a admitir para mim mesma que tinha esta característica. Desse momento para cá têm ocorrido diversas mudanças na minha maneira de agir em relação aos acontecimentos, aos projetos que desenvolvo e especialmente em relação a mim mesma. A minha necessidade de ser perfeita vem da minha procura de valorização, porque eu própria não me amo e aceito tal como sou. O primeiro passo está dado e agora é estar atenta e trabalhar a minha autoestima.
Tenho aquilo que preciso, sempre: seja uma situação para resolver, uma pessoa com que me deparo ou qualquer outra coisa que eu possa imaginar; tudo aquilo que acontece é exatamente aquilo que eu preciso. Para que eu possa ir do lugar onde estou para o lugar onde quer ir, tenho que passar por um processo, uma caminhada por assim dizer. Portanto, tudo aquilo com que me deparo faz parte do meu percurso e a aceitação plena dessa verdade, leva-me da resistência para um fluxo de crescimento e alegria contante.
É necessário passar pelo processo: ainda dou por mim a não querer passar pelo processo que me leva ao resultado final. Quero fluir com a vida sem passar pelo processo que me leva à entrega. Quero conseguir fazer muitas coisas na minha vida, sem viver tudo aquilo que faz parte disso mesmo. Cada vez que me apercebo desse padrão, desperto cada vez mais para a consciência que ainda estou agarrada à cultura do instantâneo, de querer as coisas para ontem e não de permitir que tudo aconteça no momento certo. No fundo, estou a passar pelo processo de tomada de consciência que a vida é um fluxo e não a corrida a um destino final.
Estou grata por todos os momentos de Fevereiro; por todas as pessoas que cruzaram o meu caminho e por todas as aprendizagens!
Numa sociedade em que somos educados para fugir à vida, em
vez de nos deixarmos abraçar por ela, é comum distrairmo-nos facilmente com
aquilo que não importa.
Eu falo por experiência; era muito mais fácil encontrar-me num estado de fuga e alienação, do que a apreciar o que me era apresentado e a viver o momento.
Hoje, a minha consciência começa a ser outra, na medida em que presto mais atenção àquilo em que estou focada e em que começo a ver com mais clareza a quantidade de formas que eu criei para não me entregar à vida.
Estar zangada, irritada ou reactiva; sentir-me vítima das
circunstâncias e do mundo em que me rodeia; estar eufórica; correr
constantemente atrás de objetivos e nunca me sentir satisfeita… Tudo isto são
formas de fuga ao presente.
Se na minha realidade existe mais ansiedade que confiança, mais falta que abundância, mais medo do que amor é porque o tempo em que eu poderia estar focada na confiança, na abundância e no amor, foco-me naquilo que não interessa e aquilo que, em última análise, não quero experienciar.
Quanto mais me foco naquilo que realmente importa (viver
intensamente o que me é apresentado), mais claramente vejo que tudo aquilo que
preciso está sempre ao meu alcance. Seja as situações que me “obrigam” a trabalhar
algum conceito já obsoleto; seja as ferramentas que me ajudam a lidar com as
situações.
Há que definir aquilo que realmente é importante para mim e se eu quero fazer tudo aquilo que é preciso para criar o que é importante.
Sei que ainda existem muitas “coisinhas” aparentemente insignificantes
que continuam dentro de mim a fazer “mossa” e a criar na minha realidade
aspetos que não quero voltar a experienciar.
Mas também sei que no momento certo a vida encarregar-se-á
de me trazer tudo o que preciso para me libertar daquilo que não interessa.
Basta continuar a focar-me no que realmente importa: VIVER!
Existem diversas coisas que eu gostaria que já fossem 100% presentes na minha vida. O amor incondicional, a aceitação, a entrega… Tudo aspetos que transformam uma vida de sofrimento numa vida de serenidade e felicidade.
É fácil cair na “tentação” de me criticar sempre que não consigo
aplicar aquilo que sei que funciona e escolho fazer o que sempre fiz, mesmo
sabendo que o caminho que estou a seguir só me leva para onde não quero ir.
A crítica e o julgamento das minhas ações apenas acontece porque não estou consciente daquilo que se passa ao meu redor. Se o estivesse, quando as situações acontecessem eu estaria sempre pronta para aproveitá-las e treinar o aplicar de uma nova realidade.
Por exemplo, quando me deparo com uma situação que me faz trabalhar a minha confiança, ao invés de escolher duvidar do fluxo e processo da vida e mais tarde me culpar pela ausência de confiança e pelos resultados que assim crio, posso decidir que é uma excelente oportunidade para aumentar a minha confiança e aplicar o que eu sei que é o que me vai levar a uma vida cada vez melhor.
Cada novo dia tem infinitas possibilidades e oportunidades para praticar aquilo que quero materializar na minha realidade. Estar aberta a isso e estar atenta a tudo aquilo que vai acontecendo garante-me dias cada vez melhores e uma realidade mais harmoniosa com aquilo que quero vivenciar.
O conceito de “beleza” está por todo o lado. Fala-se de beleza, trabalha-se para ficar mais belo, mudam-se e ajustam-se os corpos para se puder fazer parte de um padrão.
Ultimamente tenho refletido bastante sobre autoestima,
porque é ela a base de uma vida plena e de uma boa relação comigo mesma, com os
outros e com o mundo.
Dito isto, na maioria das vezes a autoestima está ligada a
aparência, no sentido em que muitas vezes ouvi afirmar ( e até eu própria
afirmei) que olharmo-nos ao espelho e gostarmos do que vemos é sinónimo de uma
boa autoestima.
Mas será que em todos os casos isto é verdade?
Nem sempre, quando me olhei ao espelho e gostei do que vi,
me senti bem comigo mesma. Em muitas dessas ocasiões o julgamento e a crítica
estavam presentes, talvez um pouco mais disfarçadas pelo facto da a minha
aparência corresponder a um padrão que eu me tinha imposto.
Beleza e aparência são coisas diferentes, apesar de na minha mente significarem a mesma coisa durante muito tempo.
A aparência é algo que cuidamos exteriormente e que se pode refletir naquilo que vemos quando olhamos ao espelho. É algo que pode ser mudado apenas por ações no exterior.
A beleza é algo que vem do interior e que se pode refletir em todos os aspetos da nossa vida: seja a forma como nos vemos, como nos veem e como nos sentimos; no fundo aquilo que emanamos.
Esta beleza vem de uma boa autoestima. Quando me sinto bem comigo mesma, quando me sinto a vibrar por aquilo que sou, irradio tudo o que é belo para o exterior.
Quando me sinto mal comigo mesma e as ações que tenho são
para alterar o resultado em vez da causa, não posso irradiar beleza e só
irradiarei mal-estar, criando cada vez “piores” resultados.
Enquanto existir uma parte de mim que eu não ame incondicionalmente,
existirá sempre uma lacuna. Posso tentar adiar ou disfarçar, mas mais cedo ou
mais tarde terei que trabalhar esse aspeto.
A aparência é a coisa que menos importa quando me sinto bem comigo mesma ( e nada é o que parece). A beleza é algo que é irradiado naturalmente quando me sinto bem. Uma boa autoestima é tudo aquilo em que me tenho que focar.
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