Apesar de eu não poder controlar aquilo que acontece e a forma como as coisas se desenrolam, a minha postura influencia os resultados das situações e a maneira como lido com aquilo que me é apresentado.
Se eu não estiver atenta àquilo que vou pensando e às emoções que vou tendo com o desenlace do dia-a-dia, arrisco-me a estar a semear coisas que não quero colher, e na maioria das vezes, a controlar e a manipular.
Toda a ansiedade que eu possa sentir é causada pela falta de confiança na vida, que me leva a procurar ter as coisas à minha maneira para que tudo “corra bem”. O problema é que eu não sei o que é o melhor nem o que é correr bem, senão não tinha chegado ao ponto que cheguei na minha vida.
E se por um lado tenho uma voz que me diz que as coisas têm que acontecer de uma maneira para que tudo esteja bem, existe outra que sabe que não é bem assim e que duvida da minha capacidade de escolher o que é “bom”. E existe ainda outra que independentemente do que eu escolha fazer, arranja sempre algo que poderia ter sido feito de uma forma diferente.
Uma solução para calar todas as vozes e deixar de querer ter as coisas à minha maneira é pensar ( e às vezes dizer mesmo em voz alta): Seja o que Universo quiser (ou Deus ou a vida, ou qualquer outra entidade que eu possa considerar superior).
O que é que esta frase faz? Primeiro não me permite pensar na vasta gama de possibilidades que podiam ou deviam acontecer porque não é a minha vontade que está em jogo, mas sim a de algo que com certeza tem uma visão bem superior e melhor daquilo que é bom para mim.
Depois, responsabiliza-me porque só após desempenhar o meu papel, ou seja, pôr ação e largar, posso delegar o resto do processo ao responsável seguinte, que neste caso é a Vida, o Universo, Deus, etc…
A mente pode ser a minha melhor amiga. Se ela estiver parada ou focada naquilo que interessa, ajudar-me-á a navegar na vida de uma forma fluída. Mas, se pelo contrário, estiver ocupada com aquilo que não interessa, as coisas podem tornar-se complicadas.
Antes eu pensava que a vida era complicada. Que eram só problemas para resolver e que o tempo de paz era pouco. Só alguns sortudos podiam usufruir de uma vida calma e plena, porque desde o nascimento tinham sido abençoados.
Agora, olhando para trás só tenho vontade de rir pelo meu vitimismo em relação à vida. Alimentava pensamentos que me causavam ansiedade, resistia a tudo aquilo que acontecia, não agradecia aquilo que tinha e a responsável por toda a minha situação era a vida?
As coisas são aquilo que eu faço delas. O que aparentemente é caos pode tornar-se numa bênção. Tudo depende de mim.
Para isso tenho que estar atenta àquilo que penso. Se ainda não consigo ter a mente quieta (o que seria o ideal) tenho que me concentrar naquilo que quero materializar.
Quero viver num mundo calmo e amoroso? Os meus pensamentos devem estar direcionados para isso. Quero ter uma boa-autoestima? Deve ser esse o foco daquilo que eu penso.
Por muito difícil que isto possa parecer, uma vez que me condicionei para me focar naquilo que não interessa, a verdade é que é uma questão de treino.
E este treino torna-se cada vez mais urgente, porque a consciência de que sou eu quem cria aquilo que vai acontecendo na minha vida e que é minha postura que influencia o resultado de cada situação é cada vez maior, e fica cada vez mais presente a responsabilidade de ser alguém melhor para criar um mundo melhor.
A vida torna-se diferente quando eu me responsabilizo e quando eu, independentemente daquilo que possa parecer, confio no fluxo da vida e dos seus acontecimentos.
Grata por este dia repleto de motivos para estar grata,
Como já escrevi algumas vezes, tem sido cada vez mais fácil aperceber-me que aquilo que eu vejo como problemático é sempre uma perspectiva criada na minha mente.
Lidar com as situações, encontrar soluções para “problemas” e aprender com aquilo que vai acontecendo não é difícil. Basta descomplicar e confiar que tudo acontece por um motivo.
Mas quando em vez de me focar naquilo que quero, crio cenários mirabolantes na minha mente, que abordam os meus medos e aquilo que não quero que aconteça, as coisas complicam-se um bocadinho.
Porque às vezes ainda me permito navegar pelos mares daquilo que ainda não aconteceu, alimentando “filmes” em que a tragédia é a protagonista e acabo por transportar para o meu dia-a-dia emoções que apenas contribuem para a criação daquilo que não quero.
Felizmente “caiu-me a ficha” e permiti-me ver quanto tempo eu neste processo.
Tendo em conta o quão curta é a vida, o quão grande é o meu papel criador na minha realidade e quanta responsabilidade eu tenho para a criação de um mundo melhor, não é nada inteligente usar o meu tempo com “complicações”.
Se há algo que eu possa ter aprendido nos últimos anos é que tudo corre sempre pelo melhor.
Às vezes no meu do caos das aparências, isso pode não ser percetível. Mesmo passado algum tempo eu posso não ver que o que aconteceu foi o melhor. Mas no encaixar das peças que compõem a minha vida, até hoje, não aconteceu nada que não fizesse sentido.
Posso tentar ter as coisas à minha maneira; sentir-me ansiosa e não confiar na vida; mas depois de toda a “poeira baixar” é claro que toda aquela confusão se passou na minha cabeça e que na verdade tudo fluiria se eu não complicasse.
Quando ouvi falar, pela primeira vez, sobre deixar fluir o conceito pareceu-me muito difícil de aplicar. Como é que eu, com a possibilidade de acontecerem mil e uma coisas, me ia sentar e deixar que tudo acontecesse sem o meu controlo?
E se o resultado final de algo fosse algo que eu não gostasse? Ou algo que eu não soubesse lidar? Com isto tudo entrava sempre em ansiedade. Por muito que eu tentasse controlar e prever o que iria acontecer ficava sempre a pairar a dúvida.
Quando me comecei a aperceber que as coisas que eu buscava
na vida poderiam não ser as melhores devido aos conceitos que eu tinha e a tudo
aquilo que eu queria evitar trabalhar, a situação ainda se complicou mais.
A resposta estava no deixar fluir. Mas como é que eu
insegura poderia permitir que as coisas corresse de uma maneira que eu não
controlasse? O treino e a prática entravam ao trabalho nesta parte; quanto mais
eu treinasse o deixar fluir, mais segura me sentia e mais fácil seria.
Hoje consigo enumerar muitas situações em que deixei fluir e me pude maravilhar com os resultados. Também posso enumerar outras tantas em que a tendência para controlar foi maior e em que acabei por tropeçar naquilo que não queria experienciar.
Mas mesmo nesses momentos o que é preciso é deixar fluir.
Assim como agora me rio por tanta “tempestade em copos de água” que fiz no
passado, talvez no futuro me rirei por tudo aquilo que agora considero difícil.
Ninguém me disse que as coisas deveriam acontecer à minha maneira e que tudo correria como esperado. Disseram-me sim que tudo iria acontecer no momento certo e que a única coisa que eu tinha que fazer era pôr ação, largar e ficar maravilhada com tudo aquilo que poderia criar na minha vida.
As relações desempenham um papel muito importante na vida de qualquer um. Apesar de cada pessoa ter a sua importância na sua individualidade, é na união de projetos e sonhos, é no percorrer da caminhada em conjunto que se cria algo melhor e mais rico.
Portanto, a forma como eu me relaciono com os outros vai
interferir naquilo que eu posso vir a criar na minha vida.
Eu tinha a crença de que o mundo era um lugar perigoso; daí
tinha medo das pessoas, porque nunca sabia o que elas me poderiam trazer. Agia
sempre desconfiando das pessoas, o que me impedia de me entregar seja em que
relação fosse.
Tinha medo de ser julgada e queria que todos gostassem de
mim, portanto criava uma imagem que pudesse agradar aos outros, nunca me
permitindo ser eu mesma.
Tudo aquilo que eu acreditava em relação ao mundo, impedia-me de vê-lo com os olhos de uma criança que, com expectativa, encara as infinitas possibilidades de uma nova aventura. Eu via tudo com uma perspetiva obscura, que não me permitia sequer conhecer-me a mim mesma e explorar todas as minhas capacidades.
Jogar pelo seguro não me traz nada daquilo que eu realmente
procuro. Por detrás do lidar com as situações está o meu crescimento pessoal.
Por detrás de lidar com os medos está a satisfação de sentir que sou capaz de
fazer aquilo que concebo na minha mente.
Há que dar um passo para fora da minha bolha. Há que confiar e saber que o mundo é um reflexo de mim mesma e que o primeiro passo para criar uma boa relação com os outros é criando uma relação comigo mesma.
Quando olho para trás e reflito sobre todas as coisas que aconteceram na minha vida, vejo claramente que tudo aquilo que eu considerei um problema foi algo que eu própria criei para assim o ser.
Todos os momentos de ansiedade, de dúvida e insegurança; todas
aquelas “tempestades em copos de água”, foram causados por mim, cega pela
ilusão da aparência e por conceitos limitantes em relação à vida.
Deparei-me com situações mais delicadas que muitas vezes
precisaram firmeza e assertividade para serem resolvidas. Tive que lidar com emoções
e trabalhar aspetos em mim que surgiram à flor da pele devido à situação em
questão.
Mas tudo se pode resolver de uma forma simples e com uma grande suavidade. Quando eu, em vez de me focar na solução, me foquei na criação de obstáculos é claro que aquilo que fui colhendo foram obstáculos.
Quando eu, em vez de agradecer aquilo que me estava a acontecer confiante que era o melhor para mim, resisti e julguei querendo as coisas à minha maneira, é claro que criei um estado de espírito nada propício à mudança.
Se eu ficar atenta àquilo que passa pela minha mente durante
o dia, é mais o tempo que passo a complicar do que o que passo a simplificar. E
se eu crio aquilo em que me foco, é fácil ver aquilo que vou colhendo.
É preciso despertar para a responsabilidade que eu tenho na criação da minha realidade e ver que basta um pensamento de preocupação para mudar todo o meu estado e para influenciar as minhas decisões.
Escolhas feitas com base na ansiedade não podem criar
segurança. Mente focada em problemas não pode criar soluções.
É tão fácil deixar fluir e ficar maravilhada com a forma como as coisas se desenrolam. Difícil é complicar e ficar emaranhada em problemas que só existem depois de eu os criar, com a postura com que lido com a vida.
Grata por este dia repleto de soluções e simplicidade,
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