by Ângela Barnabé | Jan 7, 2019 | 2019

Enquanto observadores, cada um de nós altera o resultado de cada situação. Não podemos controlar o que vai acontecer, nem a forma como acontece mas podemos, através da nossa visão, influenciar aquilo que iremos colher.
Vou dar um exemplo daquilo que me tem vindo a acontecer. Nos últimos meses, tenho vindo a ser presentada por situações que eu queria experienciar, mas que ao mesmo tempo adiava, com o pretexto de ainda não estar preparada para lidar com elas.
A vida, com a sabedoria do seu fluxo, foi-me mostrando que eu estava de facto preparada para lidar com aquilo que queria. E como é que isso me foi mostrado? Ao ter a oportunidade de mergulhar de cabeça nos meus objetivos.
A minha consciência ainda apresenta limitações e como tal por vezes ainda tenho alguma dificuldade em lidar com as emoções que vou sentindo e principalmente em criar aquela segurança e confiança, que é a base de uma vida plena.
Portanto, tenho tido como objetivo principal no meu dia-a-dia sentir-me segura, porque sei que no momento que deixo a insegurança entrar, as coisas começam a desandar. Vem a dúvida, vem o medo e começo a ver o mundo com filtros bem cinzentos.
Acontecimentos que poderiam contribuir para o meu bem-estar e crescimento, alimentam ainda mais a minha insegurança. Mas basta mudar a forma como vejo as coisas, que as coisas mudam.
Esses acontecimentos que anteriormente eram vistos a cinzento, passam a estar cobertos de cor e de sentido. Tudo o que eu tinha a aprender com a situação torna-se claro e é como se uma sensação de perfeição caísse sobre mim.
Eu não controlo aquilo que acontece, nem a forma como os acontecimentos se desenrolam. Mas posso deleitar-me ao observar tudo a fluir, sabendo que sou eu, com a minha postura de entrega que permito que assim aconteça.
Grata por um dia repleto de perfeição,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 6, 2019 | 2019

Quando se tem medo da vida, evitam-se situações que possam trazer consigo emoções com as quais não se quer lidar e é mais que “normal” a procura pela familiaridade.
E, apesar de eu ter em mente que é para lá da linha do conhecido que existe o espaço suficiente e necessário para crescer, ainda dou por mim focada em procurar uma sensação de estabilidade para nela basear a minha segurança.
A vida e o seu processo e fluxo têm-me mostrado que aquela sensação de segurança que muitas vezes procuro pode ser mantida sempre e que não deve depender de nada exterior. E como é que isso me tem sido mostrado?
Primeiro sou diariamente “posta à prova” por diferentes situações que me incentivam a lidar com tudo aquilo que me impede de usufruir de uma vida plena. Exemplo, fico ansiosa com o ter que fazer alguma tarefa nova? Então tenho a oportunidade de fazer coisas novas de maneira a lidar com essa ansiedade.
Estou insegura relativamente às minhas capacidades? Inúmeras situações que me fazer ter uma perspectiva diferente de mim surgem e tenho espaço para me analisar e valorizar, sendo que por vezes até sou “confrontada” com a ideia que os outros têm de mim.
E o que é que este “mexer na zona de conforto” tem a ver com a procura de familiaridade e com a criação de alternativas para isso?
A vida, com essa constante apresentação de situações, mostra-me que:
– Eu tenho a capacidade para lidar com tudo aquilo que acontece, porque para além de ser aquilo que eu preciso para o meu crescimento, as ferramentas são baseadas na transformação das limitações em bênçãos ( e isso parte da minha postura em relação a mim mesma);
– A familiaridade, o conforto e a segurança vêm da confiança na vida, no Universo, em Deus; não interessa o nome que eu lhe dê. Mas vêm sobretudo de dentro de mim, da confiança em mim própria e na postura que eu coloco.
Resumindo: a segurança vem de dentro de mim. Quanto mais me deparo com situações que “mexem” comigo e que me fazem aumentar a segurança, mais segura me sinto. Quanto mais segura me sinto, mais me sinto em casa e aquela sensação de familiaridade acompanha-me onde quer que eu vá.
A procura da familiaridade no conhecido é um engano, porque quanto mais me fecho, mais medo e insegurança sinto. Aquele “calorzinho” que a segurança me traz está dentro de mim, em qualquer momento. Basta que eu me conecte com a certeza e autoconfiança na vida e principalmente em mim.
Grata por este dia repleto de situações que me permitem ser uma pessoa cada vez mais segura,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 5, 2019 | 2019

Ontem escrevi sobre relações e sobre como a minha autoestima influencia a forma como me relaciono com os outros e comigo mesma. Uma boa autoestima pressupõe uma ausência, ou pelo menos, o mínimo possível de julgamento em relação a mim mesma e consequentemente em relação às pessoas que me rodeiam.
Sem julgamento existe uma aceitação plena daquilo que acontece, daquilo que sou, penso ou faço e dos outros; das ações, dos comportamentos e de tudo o que possa ser observado e sentido em relação àqueles que vivem junto a mim.
Este conceito de não julgamento, que é substituído por aceitação, é algo urgente de ser aplicado, mas também é algo que requer treino diário.
A forma como eu fui educada, que é semelhante à de muitos outros, formatou-me para o julgamento. Sempre encarei os outros com uma postura de análise, para ler as intenções e a maneira de ser de cada um.
Sendo que também fui educada para a crença de que o mundo é um lugar perigoso, no qual todos tentam tirar partido dos outros, esse comportamento de observação a que aqueles que se cruzavam comigo eram sujeitos estava carregado de preconceitos e claro nenhum deles beneficiava a imagem de ninguém.
Tendo em mente que aquilo em que eu me foco e aquilo que irradio é aquilo que eu vou colher, não é de admirar que a maioria das pessoas que conhecia acabavam por tentar tirar partido de mim. Mas não é bem aí que quero chegar hoje.
Quem sou eu para julgar, rotular ou analisar quem quer que seja? Como é que eu, repleta de preconceitos, com uma visão embaciada por filtros e por uma vontade de ver tudo à minha maneira, posso querer dar algum veredicto sobre alguém ou alguma coisa?
A única coisa que eu posso e realmente devo fazer é aceitar plenamente cada pessoa, começando por mim mesma.
Aceitar não é concordar, não é tolerar, nem tentar impor qualquer tipo de mudança no outro na esperança de o melhorar.
Aceitar é olhar para cada pessoa com uma visão limpa, agindo sempre em harmonia com o mundo onde quero viver e que, aos poucos, com as mudanças que vou concretizando em mim mesma, crio e alimento.
Quanto mais substituo o julgamento por aceitação, mais vejo o quão ignorante é querer julgar o que quer que seja e mais fico maravilhada com aquilo que existe para lá da cortina dos conceitos pré-concebidos e rótulos que fui criando ao longo dos anos.
Grata por este dia em que tive a oportunidade de treinar a aceitação,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 4, 2019 | 2019

Não é novidade para mim que a melhor forma de garantir uma vida realmente feliz e satisfatória é criando uma boa-autoestima. E porque é que eu afirmo isto?
Tudo parte de mim. Aquilo que é intrínseco em mim, é aquilo que vou projetar para o mundo que me rodeia. Se eu quero experienciar amor ao meu redor, tenho que o ter dentro de mim. A construção de uma boa autoestima é essencial para isso.
Uma postura de segurança permite que os resultados das minhas ações, bem como aquilo que me motiva a agir, seja algo que contribua para o meu crescimento. Sentir-me segura permite também que eu saiba lidar com as situações, mesmo que tudo pareça um caos, e que possa, em todos os momentos, sentir-me bem comigo mesma. Uma boa autoestima assegura essa postura de segurança.
As minhas relações são também muito influenciadas pela minha autoestima. Posso mesmo afirmar que a forma como eu me relaciono está baseada naquilo que sinto em relação a mim mesma.
Primeiro devido ao motivo explicado acima; aquilo que está ao meu redor é o reflexo de mim mesma e a forma como eu me relaciono com os outros é semelhante ou talvez mesmo igual à forma como me relaciono comigo.
Depois, porque a forma como eu me sinto dita aquilo que eu procuro. Se eu me sentir plena, completa e realizada com o que eu sou irei procurar relações que contribuam para isso, ou seja, relações de crescimento mútuo em que todas as partes envolvidas investem 100% nessa mesma relação.
Se, pelo contrário, eu sentir que o meu preenchimento vem de algo extrínseco, irei avançar para qualquer relação esperando que a outra parte complete aquilo que me falte.
Então, para além de já me sentir mal comigo mesma, procuro algo exterior que resolva um mal interior. Eu sei que não resulta e a única coisa que isso irá causar é o aumentar de um vazio existencial que eu estou a tentar preencher da maneira “errada”.
Uma relação genuína vem da entrega total. Vem da aceitação, do deixar cair máscaras e de um amor incondicional que vem de dentro.
Uma boa autoestima vai criar esse amor “cá dentro”. Amor por mim mesma, que me não só permitir distribuir todo esse sentimento por tudo o que me rodeia, como também apenas procurar aquilo que o pode alimentar e não aquilo que o cria ou que o “destrói”.
Grata por este dia no caminho na construção de uma boa autoestima,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 3, 2019 | 2019

Por muito que eu pense que tenho uma ideia do que é bom para mim, a verdade é que a minha consciência ainda se encontra limitada e que não é possível, neste momento, ter uma visão ampla das coisas que me trarão benefício.
Se analisar a forma como ajo, o que penso diariamente e aquilo que vou sentindo, consigo identificar diversos momentos em que não me encontro em sintonia com o processo e fluxo da vida.
Procuro adiar passos fundamentais para o meu crescimento; alimento medos e inseguranças e ainda dou espaço à dúvida; e uma parte de mim ainda procura realização em coisas exterior.
Ao enumerar tudo isto não me sinto mal com estes comportamentos, porque sei que a mudança ocorre através de um processo e é preciso treinar no dia-a-dia a criação de novos comportamentos, mas não posso negar que tudo isto afeta as minhas escolhas e o meu discernimento.
Então como é que eu posso guiar a minha vida se não estou na condição de escolher o que é melhor para mim?
A resposta para esta pergunta é confiar. Confiar que aquilo que vem até mim é aquilo que eu realmente preciso.
Algo que preciso para melhorar algum aspeto em mim, para aprender alguma lição ou até mesmo para aprimorar o meu estado de forma a poder usufruir ao máximo daquilo que são os meus objetivos.
Não é importante buscar o motivo pelo qual as coisas acontecem na minha vida, nem procurar qual é o benefício que posso tirar da situação. Isso é voltar ao ponto de partida.
Tem que haver uma entrega e uma certeza de que o que acontece é o melhor para mim e ainda que eu não saiba muito bem o que algo me está a trazer, agir em sintonia com a realidade que quero experienciar.
Se me quero sentir mais segura, devo agir com segurança. Se quero criar um mundo de amor, tenho que ter o amor em conta quando ajo. Se quero ser uma pessoa melhor, tenho que procurar permitir a melhoria em cada momento, em cada situação.
Grata por mais um dia repleto do que preciso,
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jan 2, 2019 | 2019

Para além de saber o que eu quero, eu tenho que ter consciência do que motiva as minhas decisões, porque é isso que vai ser a base da criação daquilo que eu almejo.
Aquilo que eu faço não tem grande importância comparado àquilo que me motiva a ter uma ação ou a tomar uma decisão.
Eu posso escolher um caminho “errado”; posso seguir sugestões que nada têm a ver com o caminho que eu quero seguir, mas se a intenção estiver lá e ela estiver em sintonia com o fluxo do universo, de certeza que irei chegar ao resultado final da melhor maneira possível.
Eu posso fazer tudo “certinho”, mas se aquilo que me motiva a agir e a decidir não for uma base de criação que beneficie todos os envolvidos, por muito que eu obtenha à partida aquilo que quero, as consequências não serão muito agradáveis.
A energia que eu coloco naquilo que faço é a sementeira daquilo que eu vou colher no futuro.
Posso obter sempre aquilo que quero, utilizando a manipulação e o controlo; posso ter segundas intenções, como a de tirar partido de alguma situação, e achar que estou a seguir um bom caminho, porque no final tenho aquilo que desejo.
Mas fica sempre um vazio. Ou o feitiço vira-se contra o feiticeiro e acabo por receber aquilo que irradiei.
É bem melhor agir com uma mente limpa. Ser motivada pela criação da realidade que desejo, confiando no processo e fluxo da vida e tendo sempre em mente que nem sempre aquilo que quero é aquilo que preciso.
Sim, porque muitas vezes queria obter determinado resultado para que ele me desse bem-estar. E não é novidade nenhuma que o bem-estar precisa de vir de dentro de mim, independente do que possa estar a acontecer.
A motivação de cada decisão determina quando, como e se realmente vou obter aquilo para o qual eu pus ação. Se estiver atenta a isso, posso ver qual é o meu estado e saber o que realmente eu ando à procura.
Grata por este dia repleto de aprendizagens,
Ângela Barnabé