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Como me sentir segura? – 25 de 365

Sempre quis fazer tudo bem feito à primeira. Queria desempenhar uma tarefa como se eu tivesse uma experiência de anos a fazê-la, sem nunca sequer ter abordado algo parecido.

Tinha medo de falhar, de dizer que não sabia e isso impedia-me de fazer coisas e de usufruir de todo o processo de aprendizagem que uma determinada tarefa me trazia.

Mas o que eu não percebia era que toda aquela segurança que eu buscava, aquele sentir que sabia o que estava a fazer vinha de todo um processo, que aos poucos me trazia experiência e me ajudava a ser mais segura.

Hoje consigo fazer coisas que nunca imaginei, porque expandi a minha consciência para isso e arrisquei. Muitas vezes com medo e insegura resolvi dar o primeiro passo e foi aí que a magia aconteceu.

Nem sempre os resultados foram aquilo que eu esperava e muitas vezes cheguei à conclusão que determinada forma de agir não coincidia com aquilo que eu pretendia alcançar.

Mas isso só me deu experiência e confiança para tomar novas decisões. Não foi tempo perdido, nem sequer posso considerar todo estes processos como erros. Isso seria desperdiçar todo aquele trajeto sem retirar tudo aquilo que tive a oportunidade de aprender.

Tenho-me focado em usufruir da experiência ao invés de me focar apenas no resultado. Isso liberta-me da prisão da expectativa e permite que, mesmo que não tenha alcançado aquilo que inicialmente planeei, possa desfrutar daquilo que a vida me tem para oferecer.

É um treino libertar-me do controlo e entregar-me ao fluxo e naqueles pequenos momentos em que o faço “percebo” o quão simples é viver e o quão belo é todo este processo de aprendizagem.

Tudo acontece por um motivo e se eu tiver a postura que o que acontece é o melhor facilmente caminho nesta viagem fantástica que é a vida!

Obrigado por este dia repleto de aprendizagens!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Jon Phillips on Unsplash

Tudo pode acontecer – 24 de 365

Janeiro tem sido um mês bastante agitado. Comecei o ano a fazer planos para que pudesse aproveitar ao máximo aquilo que estes 31 dias me tinham para oferecer.

Mas, no meio de tantas coisas, surgiram novas tarefas, novas situações para resolver que eu nunca poderia imaginar que iam acontecer.  Isso causou alterações de planos, algo que no passado era muito desconfortável para mim.

Não digo que hoje as situações inesperadas não me incomodem; no momento em que as coisas acontecem a tendência é resistir. Mas é cada vez mais fácil aceitar que tudo pode acontecer.

Ninguém pode prever o futuro e por muito que se aplique o controlo, tudo pode acontecer.

Tenho que estar preparada para o constante rodopiar que é a vida. Não é necessário ter medo, nem estar à defesa. Apenas preciso ter consciência que isso é que é vida.

Tudo aquilo que me faz crescer é aquilo que se passa fora da minha zona de conforto. É naqueles momentos em que sou “apanhada desprevenida” que eu posso ver aquilo em que realmente acredito e em que tenho oportunidade de praticar uma nova consciência.

Quanto mais depressa aceitar que vida é fluxo e que viver implica lidar com situações, melhor poderei lidar com o desconforto que é fazer algo pela primeira vez e permitir que uma nova forma de agir surja.

Muitas vezes sinto que procuro uma zona conhecida, na qual tudo o que acontece está dentro daquilo que eu estou habituada a fazer.

Mas aquilo que eu realmente procuro está fora dessa zona conhecida. Não significa que apenas deverei procurar fazer coisas novas, mas sim que devo também adotar uma postura nova perante tudo aquilo que já estou habituada a fazer.

A vida é maravilhosamente bela e cabe-me a mim escolher vivê-la dessa forma: melhorando a cada dia que passa.

Obrigado por este dia repleto de “acontecimentos”!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Peter Hammer on Unsplash

O melhor da vida – 23 de 365

Sempre busquei o melhor da vida. Aqueles momentos em que tudo pareceria perfeito, em que as coisas encaixariam em harmonia com aquilo que eu buscava e em que tudo ficaria bem. Seriam grandes momentos e estariam reservados para quando algo especial acontecesse.

Os anos foram passando e esses momentos eram muitos poucos, trazendo muito mais desilusão do que satisfação. Perguntava-me:  quando é que a felicidade iria bater à minha porta e trazer o que era meu por direito?

Ao olhar para o meu dia-a-dia hoje e para aquilo que era no passado, vejo que ao procurar o melhor da vida deixava que isso me passasse ao lado.

A vida não é feita daqueles grandes momentos que eu fui ensinada a romantizar, mas sim de todos os pequenos momentos, desde que acordo até que me deito.

De que é que serve ter aqueles grandiosos momentos em que aparentemente vou buscar a felicidade, se o resto do meu tempo é passado de uma forma miserável?

Por um lado, nunca vou conseguir ser verdadeiramente feliz se hipoteco a minha felicidade, pondo-a nas mãos de acontecimentos que, na maior parte das vezes, dependem dos outros.

Por outro, a vida é tão fugaz e os tão aclamados grandes momentos são tão poucos que se analisar, mesmo que seja feliz em quatro ou cinco grandes eventos, vou passar a maior parte da minha vida infeliz.

O melhor da vida está em aceitar o seu fluxo e o processo e nisso ver a perfeição em todos os momentos que vivo.

O melhor da vida está em procurar ser feliz e ao fazê-lo permitir-me mudar e descobrir um ser cada vez mais consciente e satisfeito com a sua missão neste planeta.

O melhor da vida está em ser aquilo que quero que o mundo seja, confiante que, a pouco e pouco, vivo num mundo cada vez melhor.

Obrigado por este dia repleto do melhor!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Roberta Sorge on Unsplash

Estar tudo sob controlo – 22 de 365

Quantas vezes me deparo com a necessidade de ter tudo sob controlo? É  mais fácil se for assim, penso muitas vezes enquanto luto contra a forma como as coisas fluem.

Mas a verdade é que nada é mais fácil quando está sob controlo. A ansiedade aumenta, a satisfação diminui e fico sempre com uma aparente felicidade, que não passa de uma grande ilusão.

Tenho trabalhado este aspeto de querer manipular para que as coisas fiquem do meu agrado e isso tem-me feito tomar consciência da grande separação que ainda existe entre mim e o deixar fluir.

Quando decido deixar fluir e permito que aconteça o que tenha que acontecer fico sempre satisfeita com o resultado. Aliás, quando eu decido que estar bem é o mais importante tudo o que vem até mim é uma bênção.

Ter as coisas como eu quero não significa necessariamente que as coisas estão bem. Primeiro porque a minha consciência é tão limitada e por vezes tão resistente à mudança que não estou aberta para que as coisas melhorem e acabo sempre por tentar impor uma vontade que na maior parte das vezes não resulta.

Depois, existe uma ordem maior por trás de tudo o que acontece. Para que tudo esteja em harmonia é necessário que haja uma ordem e reajustes são muitas vezes necessários. Eu, com  a minha consciência limitada, nunca poderei ver a melhor forma para as coisas acontecerem de maneira a que ninguém seja prejudicado.

Por muito aliciante que pareça receber exatamente o resultado da forma que planeei, a verdade é que o que dá entusiasmo à vida é receber as coisas de forma inesperada.

Estar expectante sobre os resultados que quero ver na minha vida é o que me dá entusiasmo para viver cada dia, tendo sempre em mente que tão importante como colher é semear.

Obrigado por este excelente dia!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Resistir para quê? – 21 de 365

Já escrevi bastante sobre a minha tendência para a resistência e sobre como isso prejudica o desenrolar da minha vida.

É impossível que tudo aconteça da forma que eu quero e por muito que eu ateime, nunca sei o que é o melhor para mim. Posso saber o que quero, mas a forma como aquilo que quero chega até mim não é da minha responsabilidade.

Então para quê resistir?

Tenho notado que fluo muito mais facilmente com a vida, mas ainda sinto, que em determinados momentos, preferia que fosse a minha vontade a acontecer.

Sempre que tentei manipular e controlar para que as coisas acontecessem  à minha maneira acabei desiludida porque sabia que aquilo que estava a acontecer não tinha sido fruto da confiança e do fluxo, mas sim de um ato de egoísmo da minha parte.

Quando olho para o meu percurso de vida, consigo identificar momentos em que me apercebi que determinada situação aconteceu no momento perfeito. Consigo identificar a ansiedade que antecedeu o largar e todos aqueles momentos que “perdi” a pensar em todos os cenários possíveis.

Se tudo acontece da melhor forma, para quê resistir ao fluxo e ao processo das coisas?

Quando resisto sinto-me mal, crio mal-estar à minha volta, não tenho aquilo que quero e desperdiço tempo a criar aquilo que não quero, em vez de tomar consciência que se algo acontece é porque é o melhor.

Tudo aquilo que foi fruto da manipulação apenas me trouxe mal-estar e nem sequer esteve próximo àqueles milagrosos momentos em que deixei que tudo acontecesse como tinha que acontecer.

Prazer momentâneo é completamente diferente de felicidade duradoura. O aparente atingir de uma meta através do controlo muitas das vezes nem sequer prazer momentâneo dá. É apenas uma forma de me enganar, achando que é isso que me vai preencher.

É deixar fluir, pois tudo corre sempre da melhor forma.

Obrigado por este dia maravilhoso!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Sergei Akulich on Unsplash

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