by Ângela Barnabé | Abr 26, 2018 | A Ângela viaja

Lembro-me de visitar a Serra da Estrela no verão de 2015 e de ficar maravilhada com a paisagem que pude observar. Foi apenas de passagem, pois estava a fazer a viagem de regresso após ter passado um fim-de-semana no norte de Portugal.
Na terça-feira tive a oportunidade de conhecer um pouco melhor este fantástico local e pus-me a caminho, com a Casa Escola António Shiva, sem saber muito bem o que esperar.
A vida é de facto perfeita e não poderia imaginar o quão agradável iria ser esta visita, nem a quantidade de surpresas que iríamos encontrar.
A única vez na minha vida em que vi neve foi em 2007 quando nevou em Lisboa, uma neve “ralinha”, mas que ainda assim deu para brincar.
Nesta visita, tive a bênção de brincar, de correr e de me deitar na neve. Até construímos um boneco de neve!
Para algumas pessoas que foram connosco a neve foi completa novidade e não poderia estar mais contente por poder ver toda a gente vibrar de alegria, como crianças, e a absorver o momento que estávamos a vivenciar.
Penso que nem sempre é possível ver neve nesta altura do ano, mas tivemos esta “sorte”.
A temperatura estava tão agradável, que se podia andar de manga curta a brincar na neve.
Abaixo deixo-vos algumas fotografias, mas mais uma vez afirmo que apenas a presença no local pode absorver tanta beleza.
Obrigado a este planeta por nos proporcionar tão agradáveis paisagens e à vida por me encaminhar para experiências tão boas e tão perfeitas.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Abr 25, 2018 | 2018

Em muitas alturas da minha vida senti-me presa a situações, pessoas e emoções. Para onde quer que eu fosse, havia sempre um elo entre mim e algo tipo de mal estar ou incómodo.
Quando não estava presente essa situação, era quase como se eu forçasse algum tipo de preocupação, para me sentir ocupada.
É complicado viver a vida assim, quando aquilo que me move é o foco no estar mal.
Desde que comecei a escrever as reflexões, tenho estado mais atenta à tendência para não estar presente e para estar lá, no lugar daquilo que me preocupa, que me causa ansiedade.
As coisas não se resolvem por me focar constantemente nelas. É ao entregar, colocando ação na mudança que os nós se desatam, e que magicamente tudo cai no seu lugar.
Hoje fui passear e pensei no quantas coisas eu tenho em cada segundo para viver, e no como eu posso escolher sentir e usufruir de cada momento.
Não sei quanto tempo terei para viver determinada situação, nem como e onde estarei amanhã. E isso não importa.
Importa é como eu escolho viver o hoje, o agora.
Os momentos que eu usufruí até hoje ninguém me os pode tirar e quanto melhor estarei hoje, melhor poderei estar amanhã.
Muitas vezes digo para mim mesma “Entrega e usufrui.” Nada pode ser mais importante do que viver o agora, pois é agora que posso decidir o que fazer com aquilo que me é apresentado.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Abr 24, 2018 | 2018

Já escrevi várias vezes o quanto as minhas experiências culinárias me têm ensinado e o quanto elas têm despertado reflexões.
Nos últimos dias tenho cozinhado mais coisas novas, graças à partilha de experiências com pessoas de outros países e tenho notado uma maior fluidez nos meus atos.
Normalmente, levo a vida muito a sério e noto bastante rigidez na maneira como me comporto e me relaciono com a vida, comigo e com os outros. Essa falta de fluidez afeta tudo aquilo que eu faço, até mesmo cozinhar.
A maior parte das vezes ajo de forma pensada e repensada, não tendo a espontaneidade que desejo e isso faz com que as coisas não fluam com naturalidade.
Ao invés de lutar contra esses traços em mim, comecei a aceitá-los e, desta forma, a permitir a sua mudança.
Cozinhar é na verdade deixar a intuição fluir, aprender com as experiências e saborear não só o resultado final, como também todo o processo de confeção.
A vida é também assim e à medida que altero a minha perspectiva em relação à vida, altero a forma como me comporto em todas as suas áreas.
É incrível ver que quanto mais expando a minha consciência, mais fácil é deixar fluir e melhor consigo usufruir da vida e de todas as suas bênçãos.
Uma pitada de amor, outra de aceitação, outra de gratidão e no final tenho uma boa “refeição” para saborear!
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Jamie Street on Unsplash
by Ângela Barnabé | Abr 23, 2018 | 2018

Estão a ver aquelas crianças que fazem birra porque não lhes dão as coisas que elas querem, da maneira que elas querem? É isso que eu sou quando quero as coisas à minha maneira.
Hoje estava a pensar no quão estúpido é forçar e manipular, achando ser eu a dona da verdade.
No meio de uma gama tão ampla de opções e possibilidades que nem nos meus sonhos posso conceber, com uma consciência tão limitada como a minha, como é que eu posso achar que sei o que é melhor?
É tão bom por ação e ver as coisas desenrolarem-se de uma maneira perfeita, com plena confiança naquilo que me é apresentado.
É uma sensação bastante diferente do controlar e manipular e no final sentir que tudo é uma ilusão e que poderia ter algo melhor.
A vida é tão maravilhosa quando deixo que ela aconteça.
Obrigado por todas as vezes em que confiei e tudo correu bem e por todas aquelas em que não confiei e mesmo assim tudo correu pelo melhor.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Shannon Richards on Unsplash
by Ângela Barnabé | Abr 23, 2018 | 2018

Eu sempre fui daquelas pessoas que, para dar o primeiro passo, tinha que estudar como fazê-lo e se sentir 100% preparada para colocar ação. O resultado era sempre o mesmo: acabava por nunca fazer nada.
Eu não me sentia preparada porque não confiava na vida e em mim. Pensava e repensava, decidia e voltava a decidir, porque não vivia o presente e estava com medo de falhar.
Já agi apesar do medo e da insegurança e com essa experiência cresci e aprendi como fazer melhor. Já agi com confiança e vi as coisas fluírem com facilidade. Já me deixei ficar na indecisão e fiquei apenas com o arrependimento de não ter feito nada.
Eu sei que tudo isto foi experiência e aprendizagem e é interessante ver que muitas vezes deixei de agir porque não queria passar pelo processo de aprendizagem, que me levava ao resultado final.
Queria ser mestre no que quer que fosse, mas queria que isso acontecesse sem qualquer ação da minha parte. Como é que eu poderia querer uma coisa dessas?
Há que ter um foco e um objetivo, mas também há que avançar com confiança, aprendendo a lidar com as situações e sabendo que tudo o que acontece é o que é necessário para mim num dado momento.
É preciso largar, baixar os braços e estar aberta a aprender com humildade, porque no dia em que eu já não precisar de aprender nada a minha missão estará cumprida.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Photo by Charlotte Coneybeer on Unsplash