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O que pode correr mal? – 107 de 365

mal

Não sei o que motivou este meu comportamento, mas a verdade é que durante muito tempo me treinei para pensar no que poderia correr mal.

O meu foco, através desta minha forma de agir, estava sempre no pior que poderia acontecer.

Às vezes aquilo que eu mais temia acontecia e eu pensava em como eu tinha razão em estar preocupada. Outras, quando tudo corria de forma tranquila, nunca me sentia serena, pois estava sempre à espera que algo surgisse e arruinasse o momento.

No fundo, o que é que corria mal? Eram as coisas que eram más ou era a minha postura que já estava nisso mesmo?

O mal-estar que eu sentia era causado pelo meu foco e pela ocupação da minha mente por coisas que eu não queria. Correr mal ao bem não é algo já definido, tem a ver com a minha postura.

Já aconteceram situações bastante “graves” na minha vida e eu lidei com tudo como sendo o melhor que me podia ter acontecido. Mas também já considerei autênticos desastres coisas sem importância nenhuma.

O pior que pode acontecer é eu não estar bem comigo mesma e decidir com base no medo, na dúvida ou fazer para que gostem de mim.

E o melhor de tudo é que isso é uma escolha minha. Posso decidir estar bem ou posso escolher estar mal!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Rémi Walle on Unsplash

Ser responsável – 106 de 365

responsável

Durante muito tempo a responsabilidade representava um peso. Quando me foi apresentado o conceito de ser responsável pela minha vida, fiquei assustada.

Por um lado, esse “medo” era causado pelo conceito errado que eu tinha de responsabilidade, mas por outro lado, o maior problema era ficar finalmente com o comando da minha vida nas minhas mãos.

Por muito estranho e até surreal que possa parecer, ser capaz de criar a minha realidade de forma consciente em vez de andar ao sabor dos ventos era algo que eu evitava.

Acabavam-se as desculpas e as justificações e seria obrigada a tomar decisões, a sonhar e a despertar daquele estado de “sonolência” em que estava mergulhada.

Chegou um dia em que tive tomar a decisão de deixar de adiar. Nesse momento pude ver que a responsabilidade não é um peso, mas sim uma libertação.

Ser capaz de tomar decisões conscientes, de criar aquilo que eu realmente desejo e ser eu mesma é mesmo fascinante.

Começou então uma grande viagem que me trouxe até onde estou hoje.

A cada dia que passa posso ver as coisas de forma diferente, posso aprender com aquilo que vou experienciando e mais do que isso posso finalmente viver em vez de me arrastar dia após dia, sem qualquer alegria ou entusiasmo pela vida.

Hoje sei que sou responsável. Hoje sinto-me bem comigo mesma.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Annie Spratt on Unsplash

A vida é repleta de aprendizagens – 105 de 365

aprendizagem

Nos últimos tempos tenho tido a oportunidade de partilhar as minhas aprendizagens, seja neste blog escrevendo os meus artigos, ou de uma forma mais “formal” explicando, por exemplo, como se desenvolve um blog.

Tenho também tido a oportunidade de aprender coisas novas, como pintar a óleo ou a fazer crochet.

A perspectiva de “professora” é interessante porque uma vez que estou numa postura de mais experiência, é fácil ver que depressa os “alunos” irão ultrapassar as dificuldades iniciais e que serão capazes de dominar aquilo que estão a fazer.

Por vezes fico um pouco frustrada quando as pessoas não reconhecem o seu valor e as suas capacidades e duvidam de si mesmas.

Mas comecei a reparar que eu também faço isso. Quando estou a fazer algo pela primeira vez, quero fazer tudo bem à primeira e fazer em pouco tempo o que muitos demoraram algo tempo a aperfeiçoar.

Claro que posso começar a fazer algo novo hoje e sentir-me completamente à vontade com o que estou a fazer, mas isso vem da postura. Vem do largar e de não me levar a sério.

A vida é assim, repleta de aprendizagens. Aprendo com os meus “alunos” e aprendo com os meus professores. Aprendo com as minhas experiências e com as dos outros e ao expandir a consciência vou aperfeiçoando a minha “técnica” de viver.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Suhyeon Choi on Unsplash

Se não fosse… – 104 de 365

se não fosse

Muitas vezes usei diversas desculpas para fazer ou não fazer algo. Tentava enganar-me de tal forma, que acreditava mesmo que o que me impedia de dar um passo em frente era a dificuldade que eu apresentava.

Por exemplo, sentia-me insegura, principalmente quando falava com pessoas que não conhecia bem. Então, sempre que pensava em dar palestras, em assumir algum serviço que me “obrigasse” a interagir com pessoas ou quando era necessário que eu lidasse com isso, punha como obstáculo a minha insegurança.

Será que o problema era a insegurança ou eu não querer passar pelo processo? Ou será que eu usava a insegurança como desculpa para evitar fazer algo que não queria fazer?

No momento que decidi que apesar da minha insegurança, medo ou qualquer outra emoção eu iria fazer o que fosse preciso e decidir com base naquilo que eu queria fazer, as coisas mudaram.

Não digo que estou sempre disponível para ultrapassar limites que eu própria impus ou que deixei de dar desculpas, mas estou sempre atenta para que isso não aconteça.

A escolha é sempre minha. O António sempre me disse que quem quer faz, quem não quer arranja desculpas.

Até há pouco tempo muitas coisas eu considerei limitações. Mas hoje sei que essas características podem ser o que eu quiser.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Minh Bách Trương on Unsplash

O medo de viver – 103 de 365

viverNão me lembro de ter tomado a decisão de deixar de viver e passar a sobreviver apenas, mas a verdade é que isso aconteceu.

Durante algum tempo convenci-me que aquilo que eu fazia por mim era suficiente, que aquele marasmo em que eu vivia era satisfatório.

Mas nunca foi. A vida é para ser vivida e quanto mais me fechava a ela, mais motivos me eram apresentados para que eu me abrisse.

A ansiedade e medo que eu sempre sentia eram grandes provas de que a minha postura não era a melhor.

Tinha medo de viver, de sentir, de lidar com situações, emoções e pessoas.

Nos últimos dias tenho estado atenta a essa minha tendência de fugir.

Desde que decidi mudar a minha postura em relação à vida que me surpreendo com os seus milagres e com o seu processo.

Não há que ter medo. Tenho apenas que confiar e na hora em que sentir vontade de recuar tenho que dar um passo em frente para as oportunidades que me esperam.

É uma questão de escolha, de decisão.

Posso escolher transportar o que sempre senti (medo, ansiedade, dúvida…)  para o momento presente e continuar a perpetuar o sofrimento que sentia.

Ou posso decidir neste momento, escolher de acordo com uma mente mais expandida e criar a realidade que realmente desejo.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Raquel Pedrotti on Unsplash

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