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As coisas estão sempre a mudar – 157 de 365

sempre a mudar

Não sei se já alguma vez escrevi sobre isto (penso que sim), mas eu sou uma pessoa que gosta muito da rotina. Antes achava que isso era bom, mas agora tenho uma perspectiva um pouco diferente.

Ao longo do dia é um bom ter uma linha de orientação e, por exemplo, durante a semana acabo por ter uma rotina, uma vez que existem tarefas a fazer todos os dias, na mesma altura.

Mas o problema é quando essa criação de rotina se torna algo rígido, que é muitas vezes o meu caso.

Todos os momentos que me ficam na lembrança como algo fantástico, foram aqueles que eu não podia prever e que aconteceram porque eu deixei fluir.

Por isso quando me apego a uma rotina impeço que a vida aconteça e que me traga tudo aquilo que tem para mim.

As coisas estão sempre a mudar e quanto mais rápido aprender a lidar com isso, mais rápido poderei usufruir plenamente da vida.

É uma questão de escolha: ou aceito a forma como as coisas funcionam, estando aberta à mudança; ou resisto e sou “obrigada” a trabalhar as coisas.

Eu sei qual é a melhor opção e qual me vai levar a uma vida plena e repleta de felicidade. Agora é só agir em conformidade com isso.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Agradecer tudo – 156 de 365

agradecer tudo

É fácil agradecer e aceitar quando as coisas correm como eu quero ou como eu espero. Mas é nos momentos em que tudo sai fora daquilo que eu esperava ou quando não posso prever de forma nenhuma o resultado, que posso ver como realmente me sinto.

Eu agradecia os momentos de alegria, mas negava os momentos de tristeza. Aliás, sempre considerei a minha vida dividida nos momentos bons e momentos maus.

Nunca me apercebi que a maravilha das coisas estava fora do meu controlo e que a magia que eu procurava estava no momento em que eu largava.

Eu não queria agradecer tudo, porque havia coisas que eu não gostava, mas o que é que criou aquilo que eu não gostava? E porque é que eu não gostava de determinadas coisas?

Hoje, se observar a minha vida, vejo que se acontece algo que eu não gosto ou é porque eu estou em negação e nada me agrada ou porque ainda alimento pensamentos e crenças obsoletas que acabam por criar determinadas situações na minha realidade.

Se fui eu que criei algo, se é a minha postura que define o resultado final, não é melhor agradecer e aceitar para poder mudar e criar algo diferente?

Estar em gratidão é um estado que permite que as bênçãos fluam e que tudo corra sempre pelo melhor.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Os pequenos momentos – 155 de 365

pequenos momentos

Lembro-me de, nas últimas horas de cada ano, tentar apreciar a última vez que fazia alguma coisa naquele ano. Tentava usufruir, estar presente, mas assim que soavam as 12 badaladas, esquecia a intenção de viver o momento e voltava tudo ao mesmo.

Pensava que um dia ia acontecer algo tão arrebatador que ia mudar a minha vida e iria tudo fazer sentido. Estava convicta que isso iria coincidir com o momento em que encontrasse o amor da minha vida ou então quando concluísse um curso superior, ou mesmo quando comprasse a casa dos meus sonhos.

Posso dizer que esse momento tão desejado chegou, mas não foi nada do que eu estava espera. Quando despertei para o facto de que todos os momentos devem ser vividos de forma intensa ( e não só aqueles que eram supostos) e que os grandes momentos eram poucos, a minha visão expandiu-se um pouco e pude ver a ilusão em que estava a viver.

Os grandes momentos que eu vivi até hoje foram poucos. Mas os pequenos momentos, cada segundo que faz parte da minha vida, cada inspiração e expiração, cada olhar, sabor, cheiro… esses são muitos e são eles que constroem maioritariamente a minha vida.

Cada momento é importante porque o que eu já vivi ninguém me pode tirar, mas o tempo que já passou e que eu não aproveitei não o posso recuperar.

Obrigado.

Ângela Barnabé

Deixar ir – 154 de 365

deixar ir

Relacionar-me com as pessoas era algo que eu considerava difícil (talvez pelo facto de a minha relação comigo mesma não ser algo fluído). Tinha medo das pessoas, desconfiava delas e sempre tinha a sensação que não podia mostrar tudo aquilo que sentia para não me tornar vulnerável.

Eu tinha uma baixa auto-estima e por isso aquilo que os outros pensavam de mim tinha um impacto enorme na forma como eu me sentia. Procurei muitas vezes que me valorizassem e fiz muitas coisas unicamente para agradar.

Por muito que eu me tentasse desligar dos outros, acabava sempre por ficar a pensar em algo que alguém tinha comentado sobre mim.  Deixava-me envolver com as emoções dos outros e passava a carregar tudo o que os outros sentiam, ainda que aquilo me fizesse sentir mal.

Eu tinha que deixar ir. Deixar ir aquilo que não me fazia bem.

Deixar ir os pensamentos negativos sobre mim, sobre o mundo e sobre as pessoas. Deixar ir a tendência para me deixar influenciar e que me levava a deixar de ser coerente.

Tinha acima de tudo de deixar de querer as coisas à minha maneira e de aprender que tudo é perfeito e que o importante é sentir-me bem comigo mesma.

Ainda não sou mestre nesta área, mas todos os dias vou treinando a lição, porque sei que se não o fizer, aquilo que eu irei experienciar não será tão agradável como eu quero que a minha vida seja.

Obrigado!

Ângela Barnabé

A ponte para o bem-estar – 153 de 365

ponte

Muitas vezes pensei que o bem-estar era algo difícil de alcançar e que era algo longínquo. Um dia, após muito trabalho árduo e esforço, iria conseguir sentir-me bem comigo mesma.

Mas eu estava enganada. Não relativamente a que um dia me iria sentir bem comigo mesma, mas sim quando pensava que esse dia estava longe.

O dia poderia ser aquele mesmo, naquele mesmo instante em que colocava o meu bem-estar tão longe.

Para estar bem não é preciso grande coisa. Aliás não é preciso nada para além de uma decisão.

É necessário muito mais quando procuro estar mal. É preciso focar-me no que não quero, é necessário alimentar pensamentos negativos. É preciso ir contra a minha missão e contra a própria natureza.

A ponte para o bem-estar está aqui em todos os momentos. Basta dar um passo, basta tomar a decisão que tudo muda.

Antes, se acordasse e as coisas não corressem como eu queria, eu pensava que o dia ia ser uma “porcaria”. E de facto era, mas porque era isso que eu decidia.

Hoje todos os dias digo “hoje é o melhor dia da minha vida” e é isso mesmo que acontece. Independentemente do que possa acontecer a decisão é sempre minha.

Basta escolher o bem-estar para estar bem.

Obrigado!

Ângela Barnabé

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