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A maldição da comparação – 96 de 365

comparação

Hoje estava a observar as flores no jardim da Casa Escola António Shiva e relembrei-me de um excerto de uma palestra de Osho que diz:

“As rosas florescem tão maravilhosamente porque não estão tentando converter-se em lótus. E os lótus florescem tão maravilhosamente porque não ouviram histórias de outras flores. Tudo na natureza anda tão maravilhosamente em harmonia, porque ninguém está tentando competir com alguém mais, ninguém está tentando converter-se em outro. Tudo é como deve ser.”

 Osho*

Observei diferentes tipos de plantas, algumas com flores e outras com maravilhosas folhas. Cada uma com a sua essência, com o seu crescimento.

Assim somos todos nós.

Durante muito tempo vivi na perseguição de uma imagem de mim mesma, criada com base na comparação com os outros. Buscava essa mesma imagem porque achava que ao alcançá-la me iria sentir bem comigo mesma. Seria como os outros e seria feliz.

Mas as coisas não são bem assim.

O bem-estar está em sentir-me bem comigo mesma, da forma como sou, com as características que tenho.

Apenas a aceitação daquilo que sou e das minhas limitações me permite ser uma pessoa melhor.

Enquanto quiser ser como os outros, enquanto comparar o meu crescimento com os outros, serei uma semente “confusa”, à espera de desabrochar, mas sem conseguir fazê-lo porque estou a ir contra a minha essência.

Por todo o lado ouvimos que temos ser quem nós somos e acho que aos poucos começo a ver que aquilo que percebi disso não é bem aquilo que eu estava à espera.

Ser quem sou não é criar uma imagem de mim mesma e persegui-la. É aceitar aquilo que sou e permitir que as minhas limitações se transformem em bênçãos e ao aceitar-me sentir-me cada vez melhor comigo mesma.

Obrigado!

Ângela Barnabé

 

*https://angelabarnabe.solucaoperfeita.com/amar-se/

Ser quem quiser ser… – 95 de 365

ser

Durante muito tempo queria ser uma determinada pessoa: segura, confiante, que estivesse de bem com a vida e com ela mesma.

A imagem que tinha de mim mesma era completamente oposta àquilo que eu queria criar na minha vida.

Para além disso, em vez de aproveitar as oportunidades para treinar, por exemplo, a segurança que queria ter, continuava a agir da maneira do costume.

Queria ser uma coisa e na “hora da verdade” agia de uma maneira completamente diferente.

Mas, a verdade é que a escolha de me sentir de uma determinada maneira esteve sempre lá.

E mais do que isso para se TER tem que se, em primeiro lugar, SER.

Hoje tenho as oportunidades, as situações porque sou. Sou mais segura, responsável e mais  carinhosa para comigo mesma.

Quem me impediu de ter a vida de sonho fui eu mesma. Porque por um lado tinha uma ideia pré-concebida de mim mesma que não permitia a mudança e por outro esperava que eventos exteriores mudassem para que eu pudesse mudar.

Eu posso ser o que quiser. Posso sentir o que quiser. Posso pensar o que quiser.

O bem-estar, a felicidade e todas estas coisas “boas” que eu hipotequei sempre estiveram nas minhas mãos.

Da mesma forma que escolhi sentir-me mal com coisas que me tiraram da minha zona de conforto, posso escolher sentir-me entusiasmada por tudo o que é novo, por todas as bênçãos que podem vir até mim.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Kelly Jean on Unsplash

Querido Março… – Inventário Mensal

Querido Março,

Há cinco anos atrás foste sinónimo de uma grande mudança na minha vida e penso que isso me trouxe muitas reflexões este ano.

Não poderia imaginar alguma vez ter a vida que tenho hoje, mas talvez por confiar que tudo ia correr bem, hoje estou onde estou mais feliz que nunca.

Uma das grandes aprendizagens que me trouxeste foi que a vida é perfeita, da forma que é. Sempre que tento manipular ou controlar alguma coisa, apenas impeço que o melhor resultado possível chegue até mim.

A forma como observo as situações, cria o resultado que eu vou receber, e ao longo destes trinta e um dias, mostrastes-me a facilidade com que eu posso alterar os resultados e criar a vida que realmente quero.

Ensinaste-me, de certa forma, a ser mais espontânea e segura, pois a postura que eu tentei e consegui manter foi a de que a vida está sempre lá para mim e que, independentemente do que aconteça, nada me faltará.

Obrigado por todos os sorrisos, todas as flores que desabrocharam e todas as bênçãos que choveram sobre mim.

Obrigado! Obrigado! Obrigado!

Obrigado Março e bem-vindo Abril!

Ângela Barnabé

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Foto original por Noah Baslé on Unsplash

Eu já deveria… – 94 de 365

deveria

Muitas vezes dou por mim a pensar que já deveria fazer ou saber alguma coisa. Apesar de antes achar que essa forma de pensar era benéfica para o meu crescimento, a verdade é que isso é um obstáculo à minha evolução.

Por achar que deveria posso parti de duas posturas: ou sei o que devo fazer para estar melhor e não o faço; ou então não respeito o fluxo e processo da vida e quero as coisas à minha maneira.

Para ambos os casos há solução.

No primeiro é deixar de adiar e pôr ação, fazendo o que é preciso.

No segundo é confiar e deixar-me de ser um bebé grande.

Na verdade, a solução para tudo é confiar.

Confiar em mim, na vida… Aceitar-me como sou e permitir-me ser uma pessoa cada vez melhor.

Viver uma vida plena e realizada é bem simples. Difícil é viver em negação e não criar a realidade que desejo.

Eu já deveria saber isso… Ou será que sei e não o ponho em prática? Ou será que essa não é já a minha realidade?

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Quino Al on Unsplash

A base das decisões – 93 de 365

decisões

É importante pôr ação, mas é igualmente importante ter em conta a base com a qual tomo a decisão de pôr ação.

Por exemplo, já tomei decisões com base no medo, no desespero ou na ansiedade. O resultado dessas decisões nunca foi muito agradável, principalmente porque, no fundo, o que eu queria realmente fazer era fugir ao que me estava a causar ansiedade, em vez de lidar com a situação.

Sentir-me bem comigo mesma e aprender a aceitar o que está a acontecer é um passo muito importante para a tomada de decisões conscientes.

A vida é aprendizagem e é claro que hoje consigo ver com maior clareza o que motivou muitas das minhas decisões.

Mesmo tomando decisões com base em sentimentos que não me traziam bem-estar, fui sempre encaminhada para os melhores resultados possíveis.

A vida é a minha melhor amiga e por isso, a juntar a tudo o que devo fazer para uma vida plenamente satisfatória, posso acrescentar o confiar no fluxo e processo da vida.

Viver é bem simples. Complicado é estar mal e não confiar!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Ricardo Gomez Angel on Unsplash

Quanto mais semeias, mais colhes – 92 de 365

colhes

Já escrevi muitas vezes sobre acreditar na sorte ou azar e sobre o como eu não me achava uma pessoa sortuda.

Apesar de saber que a sorte ou azar são apenas conceitos baseados na ignorância, é muito arrogante da minha parte achar que não era sortuda.

No fundo, eu achava que era dado tudo aos outros e que a mim nada me era dado.

Mas o que é que eu fazia para que as coisas acontecessem na minha vida? O que é que eu semeava no meu dia-a-dia para mais tarde colher?

Vivia a vida com indiferença, deixava que as coisas passassem ao lado sem tomar decisões, sem seguir os meus sonhos. Se calhar nem mesmo sonhar eu sonhava.

Como é que me podiam ser apresentadas oportunidades, se eu me fechava a tudo o que era novo e fora da minha zona de conforto? Como é que eu podia ter a satisfação de viver se me fechava ao mundo?

Hoje sei que quanto mais semeio mais colho. Se semear satisfação, realização, gratidão, irei colher isso e terei ainda mais motivos para semear.

Mas se eu escolher viver no medo, na culpa e na ansiedade (como fiz no passado), posso ter a certeza que a colheita será disso mesmo.

A minha vida está nas minhas mãos. Só eu tenho o poder de decidir, de criar e de transformar cada segundo da minha existência num paraíso e em algo que vale a pena viver.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Justin Casey on Unsplash

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