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A beleza da mudança – 28 de 365

A beleza da mudança

Não posso afirmar que estou 100% aberta à mudança e que estou sempre preparada para que as coisas fluam de maneira diferente (e melhor).

Um dos meus grandes desafios no dia-a-dia é estar sempre atenta à minha resistência ao novo e permitir que tudo corra da maneira que deve correr sem a minha interferência e controlo.

É uma grande estupidez resistir à vida e, perante todas as evidências que a minha visão é limitada àquilo que parece, ainda pensar que sei alguma coisa.

O processo de mudança é algo belo. É algo que expande horizontes, que mostra novas oportunidades e que me leva a um crescimento constante.

É a recusa em largar o conhecido, em abrir mão de aspetos que não quero mudar; a vontade de que as coisas mudem sem que eu mude, que causa todo o sofrimento que eu muitas vezes associei à mudança.

A tendência para fazer as coisas sempre à minha maneira, sem permitir que uma visão diferente da minha surja, impede-me muitas vezes de fluir com as tarefas e de tirar o máximo benefício daquilo que estou a fazer.

A aprendizagem vem com a experiência, vem com o fazer. Se eu não experimentar uma maneira diferente de fazer as coisas, nunca vou expandir a minha aprendizagem.

Estou a escrever neste momento este texto, com uma visão bem diferente daquela que tinha há seis anos atrás, porque me abri à mudança.z

A minha vida é algo que faz sentido porque permiti que a minha visão e postura em relação à vida mudassem.

A vida é crescimento constante. É só permitir que tudo flua e maravilhar-me com a beleza da mudança.

Grata por este dia repleto de mudança,

Ângela Barnabé

O quebrar de ciclos – 27 de 365

A vida é uma aprendizagem constante e é com o lidar com diversas situações que posso aperfeiçoar a arte de viver, vendo e observando aspectos que ainda possa ter que trabalhar.

A única forma de impedir que aquilo que eu vivenciei (e que não me trouxe nenhum benefício) aconteça no futuro é quebrando ciclos.  Esses ciclos não se quebram com revolta, nem raiva.

Não é por não gostar de algo que me tenha acontecido que eu vou mudar alguma coisa. Não é por não gostar da minha postura em relação à vida que vou começar a agir de uma maneira diferente.

A mudança começa com a aceitação. Se eu consigo ver o quanto algo me trouxe sofrimento e vejo uma solução, um caminho diferente para que tudo flua de uma maneira mais agradável, é da minha responsabilidade mudar isso.

Mas é graças àquele percurso menos agradável que eu aprendi aquilo que não funciona.

Muitas vezes dei por mim dominada pela raiva por coisas que me tinham acontecido ou culpada pelo que tinha feito, dito ou pensado. O que é que isso causava? Um perpetuar daquilo que eu me estava a tentar afastar.

Mudar algo pode ser algo suave e fluído desde que a postura seja essa mesma. Lutar ou resistir não é uma boa solução para a mudança de algum aspecto.

Estou grata a tudo aquilo que aconteceu até hoje na minha vida, principalmente a todas as coisas que me “abanaram” e me acordaram para a realidade que eu estava a viver, incentivando-me a quebrar ciclos.

Quando penso na minha responsabilidade em estar bem, penso o quanto ela está conectada ao quebrar de ciclos. Se eu me focar em estar bem, independentemente daquilo que está a acontecer (treinando a minha permeabilidade), não perpetuarei mal-estar e criarei um mundo cada vez melhor ao meu redor.

Grata por este dia repleto de mudança,

Ângela Barnabé

A naturalidade da vida – 26 de 365

A naturalidade da vida

Tenho observado a forma como as coisas evoluem na minha vida; como coisas que para mim eram quase inalcançáveis hoje são feitas com uma grande naturalidade.

Penso no quanto eu resisti a essas coisas; como eu me preocupei no caminho que teria que palmilhar até que elas fizessem parte da minha vida.

Vejo com (alguma) clareza como toda aquela preocupação e ansiedade sentidas, foram totalmente em vão, porque no decorrer do processo e fluxo da vida tudo se encaixou de forma perfeita.

Cheguei à conclusão que para que as coisas aconteçam com a maior suavidade e naturalidade possíveis eu só tenho que sair do meu próprio caminho.

Se existe uma vontade em mim que algo aconteça, significa que tudo aquilo que eu precisava para que as coisas entrassem em ação já está reunido. O desejo de algo faz com que o processo entre em movimento.

Depois de pôr ação na concretização desse desejo, só preciso aguardar paciente e confiantemente que os resultados surjam na minha vida.

Tudo acontece de forma tão simples e tão perfeita.

Quando eu deixo de pensar nos “ses” e nos “comos” e me foco no apreciar dos momentos e na alegria do processo de aprendizagem e crescimento, tudo fica claro e tudo mostra a sua perfeição.

Nem sempre consigo ter esta postura em relação à vida, talvez por ela ainda ser uma pequena sementinha no terreno que é a minha consciência, mas sei que isso faz parte do processo e da naturalidade da vida.

A velocidade com que os resultados se materializam na minha vida depende do quanto eu estou disposta a baixar os braços e a deixar de achar que sei como é que tudo se devia desenrolar.

Grata por este dia repleto de “naturalidade”,

Ângela Barnabé

O mundo é um reflexo de mim mesma – 25 de 365

O mundo é um reflexo de mim mesma

Para saber qual é o estado em que me encontro, para além de olhar para as minhas ações e pensamentos, posso claramente observar aquilo que acontece à minha volta, principalmente os comportamentos dos outros em relação a mim.

Antes eu pensava que era apenas a minha perspetiva que mudava a forma como eu via as ações dos outros, mas hoje vejo que é mais do que isso.

Sendo que o mundo é um reflexo de mim mesma, o meu estado cria a minha realidade. Se eu me sinto mal comigo mesma, irei criar situações que contribuam ainda mais para esse estado. Se eu me sinto culpada, criarei ainda mais motivos para me culpar.

Era por isso que eu sentia que as minhas relações eram sempre iguais, apesar de me relacionar com pessoas diferentes. Os meus amigos, fossem de um grupo ou de outro, tratavam-me sempre da mesma maneira.

Havia dias em que as coisas eram melhores: eu sentia-me melhor comigo mesma e a realidade que criava era igual à forma como me sentia. Mas outros dias eram piores e eram resultado de eu me estar a sentir mal em relação a mim mesma.

Esta reflexão desperta-me para uma grande responsabilidade para com o mundo e a humanidade. Se o mundo em que eu vivo é reflexo de mim mesma, eu tenho que ser alguém cada vez melhor para criar um mundo melhor.

Tenho que me libertar de tudo o que me intoxica: conceitos em relação à vida. Tenho que ser aquilo que quero que o mundo seja.

Tenho que estar bem e sentir-me bem independentemente do que possa acontecer, porque quando estou bem, tudo fica bem.

Grata por este dia, neste mundo maravilhoso,

Ângela Barnabé

Aquilo que me move – 24 de 365

aquilo que me move

Um dos objetivos que eu tenho colocado para o meu dia-a-dia é sentir-me bem comigo mesma e estar atenta àquilo que vou fazendo. Tenho prestado atenção ao que me move diariamente e tenho ficado bastante surpreendida.

O que é que me vai motivando para agir? É o que é suposto ou é o prazer de fazer as coisas?

Como é que eu me sinto em relação ao meu corpo? Estou-lhe grata pelas funções que ele desempenha ou considero-o um inimigo?

Como são as minhas relações com os outros? Aceito aqueles que me rodeiam ou procuro a sua aprovação constantemente?

Isto são perguntas que me ajudam a medir o estado em que me encontro e que me ajudam principalmente a tomar consciência do quão adormecida eu estou.

Muitas vezes dava a desculpa que ao longo do tempo fui assumindo comportamentos e que era automático reagir desta e daquela maneira. Isso tirava de cima de mim a responsabilidade de agir como agia e também a responsabilidade de mudar.

Mas depressa cheguei à conclusão que eu sou sempre responsável pela maneira como ajo e que por isso posso mudar, quando tomar essa decisão. Aliás, se algum comportamento me impede de viver de maneira plena é mesmo da minha responsabilidade operar uma mudança para reverter a situação.

Existem muitos momentos (mas menos no que antes) em que ainda reajo às situações. Existem momentos em que penso na estupidez que é resistir, mas depressa me apercebo que é tudo parte de uma aprendizagem e que se aquilo que me move for o crescimento constante, não há como não ser levada para algo cada vez melhor.

Grata por este da repleto de mudança,

Ângela Barnabé

Para que algo mude eu tenho que mudar – 23 de 365

para que algo mude eu tenho que mudar

Durante muito tempo iludi-me com a ideia de que poderia mudar aqueles que me rodeavam, para que as coisas na minha vida mudassem. Focava-me no exterior, naquilo que devia ser alterado na minha realidade, para que eu pudesse ser realmente feliz.

Mas a verdade é que a minha vida e a realidade que experiencio são reflexos de mim mesma. Para que algo mude eu tenho que mudar. E ao contrário do que se possa pensar esse processo de mudança é  algo profundo.

Não basta mudar rotinas, mudar de casa, emprego ou alimentação; aliás às vezes essas mudanças são formas de fugir ao fazer aquilo que é preciso. É preciso mudar a postura e a consciência em relação à vida.

É uma mudança que abana a estruturas, que muitas vezes traz à tona aspetos que querem ser mantidos escondidos. É uma mudança que deixa irreconhecível quem por ela passa.

Muitas vezes tentei abordar esta transformação com superficialidade, procurando alterar apenas aquilo que me interessava, mas esse caminho não me levou longe.

Hoje enquanto escrevo esta texto penso em toda a mudança que se operou nestes 6 anos da minha vida. Por um lado vejo a minha resistência e todo o sofrimento que ela causou; por outro vejo a beleza de todo um processo de metamorfose que me levou a ser quem sou hoje.

Quem sabe o que o futuro reserva e as mudanças que ainda estão por vir.

Grata por este dia repleto de mudança,

Ângela Barnabé

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