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Receber aquilo que quero – 259 de 365

Receber aquilo que quero

Quando não se confia na vida, é normal sentirmo-nos desligados dela. Era isso que eu sempre sentia; um constante estado de separação entre mim e as coisas.

Tudo me passava ao lado e mesmo tropeçando em coisas importantes, parecia que não conseguia notar que elas lá estavam.

O medo de me sentir desapontada e dececionada criava em meu redor uma bolha. Não me sentia desapontada, é verdade, mas também não sentia amor, alegria ou qualquer outra coisa que deveria sentir.

Nos últimos dias tenho sentido as coisas de uma maneira diferente, como se estivesse conectada com o que me rodeia. Não é que não esteja sempre conectada (isso estou sempre), mas estando focada muitas vezes naquilo que não interessa desliga-me daquilo que realmente interessa.

Todas as possibilidades estão no mesmo lugar e aqui e Agora tenho a possibilidade de criar tudo aquilo que quero.

Mas como é que eu posso receber aquilo que quero se me encontro em todo o lado, menos no presente? Como é que posso estar preparada para receber aquilo que sempre quis se não me encontro disponível para a vida?

Todos aqueles conceitos que me faziam acreditar que a vida é sofrimento não são verdade. Afastar-me da vida trouxe-me sofrimento. Conectar-me a ela traz-me tudo aquilo que preciso para ser alguém feliz.

Obrigado!

Ângela Barnabé

 

Melhor do que eu poderia imaginar – 258 de 365

melhor do que poderia imaginar

Apesar de ter uma visão bem negativa da vida e de não me achar merecedora de nada, havia uma parte de mim que sonhava com uma vida melhor. Sonhava em ser feliz, sentir-me realizada e tentava imaginar como é que isso poderia acontecer  na minha vida.

Mas, em vez de me focar nas mudanças que deveria fazer para que a minha realidade passasse a ser a dos meus sonhos, deixava andar.

Mais tarde, quando comecei o meu processo de mudança, ficava obcecada com as mudanças que tinha que fazer e sentia que tinha que controlar tudo para que as coisas acontecessem da melhor maneira.

Hoje encontro-me num lugar muito melhor do que eu poderia imaginar. Por muito que eu tentasse idealizar como chegaria onde estou, nunca poderia prever que fosse desta maneira.

E como é que isto aconteceu? Foi por deixar andar? Foi por tentar controlar?

Olhando para tudo o aconteceu, foi uma mistura de muitas coisas. Foi o confiar, o entregar, o largar e o pôr ação. Também teve um pouco de resistência, de dúvida e de negação, que apesar de só terem servido para atrasar, tiveram um papel importante, seja na aprendizagem, seja na construção de uma maior segurança.

Cada vez vejo com maior clareza que tudo acontece da melhor maneira, sempre, e que eu se observar bem as coisas à minha volta, tudo é melhor do que eu poderia imaginar.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Medo de mostrar quem sou – 257 de 365

Medo de mostrar quem sou

Durante muito tempo pensei que enganava os outros. Pensei que conseguia esconder a insegurança, o medo e a dúvida. Sempre que alguém me mostrava que conseguia ver para além aquilo que eu queria mostrar eu ficava com medo.

Medo que me “desmascarassem”. Que vissem aquilo que eu realmente era, como se isso fosse algo mau.

Durante muito tempo reprimi muita coisa.  No meio de tanta busca pela perfeição, por padrões inatingíveis, era quase impossível conceber o facto de gostarem de mim pelo que eu sou e não pelo que eu aparento ser.

E se alguém desvendasse o que estava por detrás do véu? Será que ainda quereriam ser meus amigos?

Hoje, enquanto escrevia este texto e enquanto falava sobre ele, “caiu-me a ficha”. Eu tinha medo de mostrar quem era porque eu não gostava de mim. Se eu não gostava de mim, como é que os outros poderiam gostar?

Quanto mais tentava ser alguém que não era, menos gostavam de mim ( e pior eu me sentia). E quando alguém me mostrava qualquer ato de afeto eu sentia-me mal porque sabia que aquela pessoa apenas gostava de uma mentira.

Tem sido um grande passo mostrar quem sou realmente. E é incrível ver que quando o faço, recebo ainda mais amor do que poderia imaginar.

Muito mais amor do que aquele que recebia quando fingia ser outra pessoa e mais importante que isso: um amor verdadeiro e incondicional.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Medo de crescer – 256 de 365

medo de crescer

Em criança, toda a gente quer crescer. Queremos ser adultos, queremos ser responsáveis pela nossa vida e ser livres de escolher sem depender de ninguém. Mas quando chegamos à idade “adulta” a nossa perspectiva muda.

Escrevo esta reflexão tendo em mente todas as pessoas que me disseram que querer crescer foi a pior coisa que quiseram na vida. Escrevo-a também pensando em todas as vezes que adiei o meu crescimento.

Muitas vezes me perguntei porque é que eu não queria crescer, sabendo eu que tudo aquilo que eu queria só podia ser alcançado quando eu permitisse que o crescimento acontecesse.

Antes, o meu conceito de responsabilidade estava associado a um grande peso, como se o ser responsável fosse algo que prendesse. Os sonhos eram vistos como coisas que só seriam alcançadas por sorte. A vida era vista como algo injusto e por isso teria que ser “especial” para ter uma vida boa.

Hoje, sei que a responsabilidade é a porta para a liberdade. Sei que qualquer coisa que eu possa imaginar posso conceber. Sei ainda que a vida é aquilo que eu quiser que seja.

Tinha medo de crescer e se calhar ainda o tenho. Pode ser pelos conceitos, pela tendência a ficar na zona de conforto ou por outros tantos motivos que eu não consigo ver.

Mas sei que quando permito que a vida aconteça e uso o que acontece para o meu crescimento, as coisas fluem de uma maneira tão bela que eu fico a perguntar-me porque é que eu não fiz isso antes.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Aquilo a que eu me imponho – 255 de 365

Aquilo a que eu me imponho

Durante muito tempo vivi a minha vida de uma certa maneira, achando que era a única forma de o fazer. Perseguia uma imagem daquilo que eu devia ser, fazer e pensar, andando na ilusão que isso me faria sentir bem.

Responsabilizava a sociedade por me fazer correr atrás de um padrão de vida, quase impossível de alcançar. Seja a nível pessoal ou profissional; seja ao nível da beleza física ou de objetivos na vida; eu corria atrás daquilo que achava que me era imposto.

Mas, a verdade é que era eu quem impunha tudo aquilo.

A informação com que era bombardeada todos os dias na altura influenciava muito as minhas decisões. Mas eu podia desligar-me de tudo aquilo e ir atrás daquilo que realmente fazia sentido para mim (como fiz mais tarde).

É impressionante ver aquilo a que eu me imponho. Não tanto como antes, é verdade, mas sei que dentro de mim ainda existem ideias que eu sigo e que não fazem sentido nenhum. Mais do que isso, são muitas vezes coisas que apenas me levarão ao mal-estar.

Muitas vezes oiço que mudar não é tão fácil assim. Mas eu pergunto: será que viver uma vida de sofrimento não será bem mais difícil do que mudar?

Posso escolher algo diferente para a minha vida e em vez de passar o tempo à espera que as coisas mudem e que me “caia algo em cima”, posso mudar eu e ver a magia acontecer.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Tudo aquilo que vai mudando – 254 de 365

aquilo que vai mudando

Dia 11 de setembro de 2018 fez um ano que eu comecei a escrever (quase) diariamente estas reflexões. Isso fez com que uma grande mudança ocorresse na minha vida.

Quando tomei a decisão de partilhar aquilo que ia sentindo e aquilo que ia refletindo ao longo do dia, fi-lo porque sentia que me podia ajudar a mim e porque também podia ajudar os outros.

De tudo aquilo que eu fui lendo e vendo ao longo da minha vida, o que me fez despertar para algo diferente foi a partilha de experiências. Não foi o “falar bonito” (tema da minha primeira reflexão diária), mas sim uma partilha honesta, não só daquilo que é agradável como também daquilo que é considerado menos agradável.

E foi isso que eu fiz. Partilhar todos os passos da minha viagem: aqueles que eu achava bonitos e também aqueles que eu antes preferia esconder.

É incrível olhar para trás e ver as muitas coisas que mudaram durante um ano e também tudo aquilo que vai mudando, neste momento e a cada dia que passa.

Muitas vezes escondi os meus medos, as minhas inseguranças e as minhas limitações por pensar que isso era algo do qual eu me devia “envergonhar”. Mas a verdade é que tudo isso faz parte de mim e que tudo aquilo que eu rejeito em mim é aquilo que me traz mais crescimento.

As coisas mudam e quando olho à minha volta (“com olhos de ver”) fico sempre maravilhada com a perfeição com que tudo flui.

Obrigado!

Ângela Barnabé

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