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Fugir às situações – 248 de 365

fugir às situações

Os momentos que me trazem mais crescimento são aqueles pelos quais não tenho muita vontade de passar. Por isso, na maior parte das vezes posso dizer que fujo ao meu próprio crescimento.

A opção de evitar passar por uma situação para não ter que lidar com as coisas que ela traz parece bastante atraente e até parece que não vai trazer nenhuma consequência. Mas a verdade é que traz bastantes e não são nada agradáveis.

Se eu sei que o caminho é por ali e sei da importância que é passar por ali, se eu evito fazê-lo vai muito provavelmente surgir a culpa. Por muito que eu tente justificar e arranjar outras maneiras de continuar o percurso, convencendo-me que até são melhores do que aquela que eu evitei, eu sei que manipulei as coisas.

A perspectiva de fazer algo que me mete medo e que mexe na minha zona de conforto não é muito agradável. Mas a sensação de realização e o crescimento que fazer o que quero evitar me traz é muito superior ao desconforto de o fazer.

Fugir às situações é uma forma de adiar, mas não é uma forma de evitar por completo aquilo que tenho que fazer. Mais cedo ou mais tarde terei que passar por isso.

Se já adiei coisas no passado e me sinto culpada tenho que me libertar da culpa. Ter evitado a situação não foi inteligente, mas somar culpa à equação ainda vai complicar mais a situação.

Se adiei há que reconhecer isso, aprender a lição e estar preparada para a nova oportunidade de crescimento.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Coitadinha de mim… – 247 de 365

coitadinha

Não sei se já conhecem o termo C.D.M. (Coitadinha de Mim). Penso que já escrevi sobre este estado, mas por vezes ainda me esqueço do quanto presente ele se faz sentir.

Eu sou 100% responsável pela minha realidade. Qualquer coisa que se faça sentir na minha realidade foi criação minha; seja pelos conceitos, seja pelo meu estado emocional; tudo é meu reflexo.

Então porquê perder tempo sentindo-me a vítima do mundo? Sentindo que a vida é injusta?

Não há coisa mais estúpida do que isso: pensar que a vida não me traz aquilo que eu preciso e que apenas me traz aquilo que não serve para mim.

A vida traz-me sempre, mas sempre aquilo que eu preciso para me manter no papel que eu decidi desempenhar.

Se eu escolhi ser vítima, tudo o que acontece vai levar-me para o estado que eu escolhi. Se eu escolhi ser responsável, tudo se irá proporcionar para me manter nesse estado.

Tenho coisas maravilhosas na minha vida, oportunidades fantásticas de desenvolvimento e crescimento, motivos para agradecer.

Então porque é que eu hei-de sentir outras coisas que não contribuem para o meu bem-estar nem para o bem-estar do mundo? Porquê continuar a ser a coitadinha de mim.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Comparar-me para quê? – 246 de 365

comparar-me para quê

Já escrevi bastante sobre a comparação e sobre os efeitos que ela trouxe para a minha vida. Mas, ainda que tenha refletido sobre este tema mais do que uma vez, ainda dou por mim a comparar-me aos outros. Comparar-me para quê?

É uma estupidez e uma falta de responsabilidade comparar-me de que maneira seja aos outros, porque isso assume que eu não sou responsável pela minha realidade (quando na verdade sou 100% responsável) e parte de um conceito de que as coisas não são perfeitas da maneira que são.

Cada um de nós é um ser único, com a sua experiência única de vida. Cada um tem o seu percurso, a sua história e cada um de nós desempenha um papel crucial no desenvolvimento do planeta.

Se eu estiver a fazer a minha parte, crescendo e estando bem comigo mesma, com os outros e com o mundo, estou a fazer aquilo que é preciso.

Se os outros têm algo que eu gostava de ter, basta saber que se outros conseguem eu também consigo e pôr ação nisso mesmo.

A comparação, além de contribuir para uma ideia de separação, afasta-me do meu crescimento e daquilo que eu posso contribuir para o crescimento do planeta: estar bem.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Se me sentir bem tudo está bem – 245 de 365

sentir bem

Os momentos da minha vida em que sinto que as coisas não estão bem é quando não me sinto bem. E, ao contrário do que eu pensava, não são as coisas que causam o meu mal-estar, é o mal-estar que causa as coisas.

De certeza que nos dias em que não me sinto bem parece que nada corre bem. Atrasos, acidentes, tudo isso acontece naqueles dias em que não me sinto bem comigo mesma.

Nos dias em que me sinto bem, ainda que possam acontecer coisas que à partida poderiam ser consideradas obstáculos, tudo flui de uma maneira diferente e até há uma certa satisfação em lidar com as coisas.

Tenho estado atenta ao facto de que tudo o que me acontece é o que eu preciso para o meu bem-estar. Nada acontece por acaso.

Mas eu, na minha perspectiva materialista da vida, olho para o que parece e responsabilizo tudo e todos pelo que acontece, sem olhar para mim e ver claramente que eu sou responsável pela criação da minha realidade, a 100%.

Para que tudo flua tenho que me sentir bem. E sentir-me bem depende apenas de mim e da minha decisão para que isso aconteça.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Ter mais para dar mais – 244 de 365

ter mais

Eu sempre me contentei com pouco e penso que ainda existe uma parte de mim que alimenta isso. Nada é mais prejudicial ao crescimento pessoal de um indivíduo do que contentar-se com pouco.

Como é que eu posso crescer, ser alguém melhor, ajudar o mundo a crescer se me contento apenas com uma parte de tudo aquilo que existe para mim?

Como é que eu posso desenvolver um projeto, ter a minha casa de sonhos, viajar e outras tantas coisas se o suficiente é aquilo que eu almejo?

Tenho que valorizar e agradecer o que me é apresentado no momento, e muitas vezes confundi o querer mais com o não estar grata pelo que tinha.

Mas não podia estar mais errada. Quanto menos eu ambicionava, menos grata me tornava por aquilo que tinha. Menos valor dava às coisas.

Ter mais para dar mais é algo muito importante. É permitir o fluxo. É libertar as coisas para que mais coisas possam usufruir.

Não poderia estar neste momento a escrever este artigo se eu não tivesse sonhado com algo melhor. Estaria a seguir o percurso de vida “normal”.

Mas quis mais. Mais sonhos, mais responsabilidade, mais experiência.

Só posso dar aquilo que tenho. Como é que posso querer dar mais se não o tenho?

Obrigado!

Ângela Barnabé

Criar expectativas – 243 de 365

expectativas

Quando quero as coisas sobre controlo é fácil criar expectativas.

As coisas parecem encaminhar-se numa direção e começa-se a prever os resultados. Investe-se em algo e começa-se a pensar no que é que se vai colher.

Mas de um momento para o outro, as coisas mudam. O percurso altera-se e tudo aquilo que foi imaginado e controlo desvanece-se e fica o vazio.

É esta a minha experiência com a criação de expectativas.  Começo a achar que controlo, faço planos com coisas que são incertas e acabo desiludida.

Mas existe uma solução para isto: não tentar controlar nem criar expectativas.

As coisas acontecem sempre da melhor maneira. Tenho que fazer a minha parte e isso significa fazer o que é preciso.

Por exemplo, quero ter ervas aromáticas no meu jardim. Tenho que fazer a minha parte: preparar o terreno, arranjar as sementes e dar-lhes as condições que são necessárias.

Posso tentar prever quando é que poderei colher os resultados, mas isso é uma perda de tempo e uma maneira de estar a criar expectativas.

Existem tantas coisas a mudar constantemente, tanta coisa em movimento. Como é que eu posso querer prever e controlar algo que eu muitas vezes não consigo ver o que está realmente a acontecer?

Obrigado!

Ângela Barnabé

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